sábado, 6 de agosto de 2011

Londres

    Caminhar, calmamente, pelas ruas de Londres e muito muito interessante. Sentimos algo extremamente intenso, nao sei se sao as pessoas ou as construcoes. O fato e que por aquelas ruas antigas onde muitos fatos aconteceram e entraram para a historia, alimetam a imaginacao de quem por elas transita. Podemos perceber ou ver diversos detalhes nas fachas, nas janelas, nas portas, nas calcadas, nos muros, nos telhados. Percebomos ainda que as pessoas sao muito reservadas, alem do mais, acho que e mais facil encontrar  um indiano ou um japones por estas ruas que um ingles propriamente dito. Talvez seja porque eles ficam enclausurados em seus quartos escuros ou entre seus jardins observando o que acontece na rua. Nao sei por que, mas sensacao que temos e que estamos sendo espionado a todo instante.
    O tempo que na maioria das vezes esta nubaldo nao contribui com para torna-los expressivos. Acho que  talvez seja o habito de gostarem tanto de jardins que acabaram se assemelhando muito com as plantas em seu silencio.  No entanto as pessoas daqui sao muito bem humoradas, parecem rir de tudo e quando conversam usam muito os gestos que tornam muito mais engracado. No comeco acho que ria deles, mas agora estou aprendendo a rir com eles, nao sei se chegarei a tanto. O fato e que andar pelas ruas desta cidade e algo muito agradavel, sinto, realmente, que sao pessoas acolhedoras e generosas. Acho que sao muito timidos e muito  contidos em suas expressoes. Bem acho que o tempo e a sombra e o escuro das grandes construcoes silenciaram as geracoes que se sucederam. Talvez nao tenha entendido nada do que percebi. Quem sabe. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Silêncio


Às vezes nosso corpo faz silêncio
E nossa alma fica calma.
Às vezes o mundo faz silêncio
E nós nos apavoramos com o silêncio,
Pois cremos na força do movimento
Que a vida é movimento contínuo.
Então o tempo passa,
Com seu movimento contínuo e
Desapercebido e no silêncio
Do tempo as coisas
Se constroem e se destroem,
Isso é parte do mundo
E parte nossa.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Age

Meu irmão hoje completou quarenta,
daqui a nove anos serei eu,
pensa que estou feliz?
Não sei.

Verão

Flores nos jardins,
flores perfumadas
flores enfeitadas,
flores nos jardins,

o sol brilha no céu,
o céu todo azul,
nuvens feito véu,
o céu todo azul,

quente o tempo,
quente o tempo,

sob a sombra
das árvores
sopra o vento,

e pessoas fatigadas
cochilam após comer,

assim é o verão,
com flores,
jardins
e chás...

As rosas nunca
tiverão tão belas,

nunca estive aqui 
no verão
e a primeira vez,
é emocionante
...

Resfriado

A tanto que me conheço,
e desconheço meu corpo,
que as vezes fraco adoece,
sinto minha garganta colar,
sinto calor, sinto frio,
isso me dar um vazio
algo anormal,
mexe com meu existencial,
e se muda o tempo,
se faz calor,
ah o cansaço,
toma espaço em minha mente,
acho que estou doente,
sei que é só um
bendito resfriado,
mas que essa praga
não mata, mas incomoda paca.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tudo que vejo

Tudo que vejo,
nem sempre vejo,
às vezes vejo as cores,
às vezes vejo as formas,
e às vezes, olho e nada vejo.
Vejo o que conheço,
porque conheço,
porque gosto do que conheço,
o que desconheço,
muitas vezes muitas vezes
não estou aberto a conhecer,
simplesmente não quero ver,
mas o tempo me ensina a ver
as coisas e também me
ensina a não ver as coisas.
Percebo o que quero,
percebo o que quer ser
percebido...
As flores querem ser percebidas,
pois exalam cheiro,
e chamam atenção
com suas cores
e sua delicadeza,
vejo o que quero,
pois sou o que
entendo ser
um ser vivo
efêmero.

Meu lugar onde buscar

Caminhando pelo mundo e pensando na vida, encontrei o meu lugar. Sim o meu lugar está aqui, bem dentro de mim. Está comigo a todo momento, o meu lugar é o meu corpo, minha mente, minha alma. Por mais louco que pareça. O meu universo carrego nos giros de minha mente. É lá que encontro tudo que quero que preciso, onde posso viajar a velocidade da luz. Posso ir além da física é lá que busco tudo que preciso para me manter vivo. É onde guardo tudo que necessito. Descobri ainda que o mais difícil é organizar, ou domar esse universo, talvez seja impossível, mas ao menos podemos tentar. Eu descobri um monte de coisas interessantes, mas muitas vezes só depois que havia passado, muitas vezes mesmo sabendo eu me perdia no meu universo. Continuo tentando como antes, só que cada vez mais cauteloso.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A tarde

O vento sopra na tarde de sol,
uma tarde tão clara, tão limpa,
tão suave tarde de verão,
no começo da tarde cheguei
a cochilar, mas depois despertei
da sesta. E o sol foi cruzando
o céu limpo, só umas frouxas
nuvens e alguns aviões
maculam o azul do sol.
E o vento que sopra
torna este lugar uma delícia.
O rio está cheio agora,
cheio de suas águas turvas.
Fui tomar o chá,
e que delícia de costume
chá com leite...
Encontrei até umas pessoas,
mas não prestei muito atenção
no que eles falavam,
não preferia ver a luz do sol,
ouvir o som do vento,
acho que é mais interessante
que ouvir ingleses
falando de seu quotidiano
ou aprender meia dúzia de palavras.
Fiquei mesmo sentindo
o sabor do chá com leite quente,
e vendo a paisagem
que do refeitório é linda,
olhando o rio, as bétulas,
e tantas outras plantas belas
europeias, e viajando em
minha mente,
terminei o chá,
desse chau e sai sem
uma palavra ou algo
que me interessasse
em inglês.
A tarde está muito bonita
como nunca esteve.
Acho que é porque faz sol,
porque o céu brilha, ou
simplesmente por minha existência.

O sol e a alma

Adoro os dias ensolarados
em que o vento sopra solto.
Adoro ver o verde intenso
das folhas refletindo a luz
do sol. Adoro ficar com
a cabeça no vazio,
me sinto mais vivo,
sim mas tudo passa na vida,
é preciso muita força
para viver, para amar,
para ser.

Humanos

As vezes a vida parece tão longa,
as vezes somos tão impacientes
que a vida é uma eternidade,
não somos como o rio
que espera pela chuva
pela água para transbordar seu
leito ou como as plantas
que esperam pacientemente
por melhor tempo
para florir,
somos humanos,
animais e o fluxo que
corre por nosso corpo
certas vezes queima.
Somos cheios de loucuras, de belezas,
porque somos humanos.

Velho

 Acho que estou ficando velho. Ficar velho sempre parte de um referencial. Quando dizia que estava ficando velho para minha avó ela dizia, v...

Gogh

Gogh