quarta-feira, 13 de abril de 2011

Canto

As aves parecem está se aninhando, segunda feira 11-04 no fim da tarde, na praça dos cocos, sobre as figueiras, sabiás faziam uma festa, pois era uma cantadeira só. Hoje dois dias depois ouvi sanhaçus e patativas cantando numa animação, acho que estão se aninhando.


Canta o sabiá,
canta seu canto cheio de encanto,
cantem aves,
o sol está escondido,
mesmo assim o dia segue,
cantem aves
e embelezem
o mundo
com melodia,
com som,
com paz.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sertão

A vida se vive por estação,
cada estação há uma marcação,
no sertão há só duas estações,
inverno e verão.
No inverno tudo é verde e vivo,
no verão tudo é cinza e adormecido.
no inverno canta o riacho
que corta o vale rio a baixo,
zoam as abelhas, cantam as aves,
verdejante o horizonte
cheira a folha, flor e mato;
no verão água seca,
as plantas morrem,
outras perdem as folhas,
o riacho seca e cala,
as aves migra,
só resta calor, luz e sol,
mas a beleza
essa não abandona nunca o sertão,
a beleza é subjetiva,
e o sertão está dentro de nós,
cada estação está guardados
nos sulcos e giros cerebrais,
aquela beleza,
as vezes cheia de tristeza,
as vezes plena de alegria,
alegria que a natureza cria,
no pingar da chuva,
no desabrochar da flor,
no vôo das borboletas,
no canto das aves,
na boa colheita,
no bom negócio.
A vida nossa é tão subjetiva,
que acho que lugar mais belo
não há que o meu sertão,
cinza sertão,
carrego na alma o sertão,
com suas duas estações,
com minhas ilusões,
com o céu,
o doce do mel,
as abelhas,
o vento,
o cheiro do mato,
meu ser e o sertão.

Pattaro

Barão Geraldo é um lugar peculiar,
por onde quer que vá,
tem uma rua com nome Pattaro,
são muitas ruas,
Gilberto Pattaro,
Gerônimo Pattaro,
e até escolas.
Neverland,
que doce é esse lugar,
de tão rico em diversidade
cultural,
aqui mora gente de todo lugar.

Chuva da noite

A tarde partiu sombria,
foi uma tarde sem luz e fria,
o sol nem pode expressar
a rubra luz,
a noite a noite caiu
e junto com ela
a chuva veio cantar,
e como canta a chuva,
entoa seu canto,
e faz as biqueiras,
bicas e telhado
acompanhar
a sinfonia,
ah tarde já não sedes mais,
ah noite sedes,
mas a chuva tomou
teu palco.

Aromáticas

Ontem conheci um lugar maravilhoso, fica em Paulínia, é uma unidade da Unicamp de estudo de plantas que produz óleos essenciais e muitas com propriedades medicinais. O ambiente é muito gostoso, pois é bem cuidado, limpo e o único cuidado que se deve ter é com formigas, abelhas e algumas plantas urticantes, além dos muitos aromas tem o cheiro do campo. Todas as plantas vi ali eram maravilhosas, extremamente interessante, verdadeiras produtoras de essências. Algumas estavam em estágio vegetativo e outras em estágio de floração, mas isso não importava muito, pois em sua maioria as estruturas produtoras de óleos e essências estão distribuidas pelas folhas, cascas e caules. Então só precisava macerar as folhas e cheirar. Tive a oportunidade de conhecer novas plantas e sentir diversas essências desconhecidas. Haviam plantas de vários lugares do mundo. Nesta excursão fui convidado pelo professor de uma disciplina da farmácia para acompanhar o grupo, na maioria muito jovens, sem muito interesse por aquele ambiente. Mas aquele lugar, aquelas plantas com seu charme e essência despertaram logo o desejo naquela moçada. E como uma estória que vai ganhando graça, a moçada foi se interessando cada vez mais por cada planta, cada cheiro, cada forma de vida. O resultado fui muito interessante para aqueles alunos que na maioria são da cidade, e muitos desconheciam este universo das plantas. Foi uma experiência nova para muitos deles, uma nova forma de olhar para o universo botânico.

O sol

O sol brilhou no céu azul,
no meio de cúmulos alvos,
o sol brilhou e tudo iluminou,
sua luz corou as formas,
e me deu compreensão,
por minha visão,
apreendi o mundo,
dentro de mim,
e me senti grande
como o sol,
como o sol,
senti meu peito brilhar,
minha mente iluminar,
as ideias, sensações,
e agora as nuvens
escondem o sol,
mas não podem
esconder sua luz,
essa camada tênue
pode esconder muita coisa,
mas as formas
são evidentes,
por porque o sol brilha,
podemos ver,
sentir o sol,
em tudo que existe.
Viva o sol,
sem o sol,
nada seria,
nem minha poesia.

Educadores

Quantos guerreiros estão por ai, travando batalhas hercúleas entre quatro paredes. Tentando domar pessoas, pregando a educação. São pessoas comuns, mas no contexto o qual estão inseridos cabe-nos categoriza-los como heróis. A educação é uma atividade para toda a vida do indivíduo, e será essa que permitirá ao homem viver em sociedade. Mas o ato de educar não é ainda uma atividade que tenha facilidade. É necessário amor, doação, muita paciência e por que não fé. As instituições de ensino em nosso pais, Brasil, é desprovida de investimentos. Falta estímulos para os educadores. Os salários são baixos e muitos dos professores tiveram uma formação insuficiente. Mas nem por isso a rede de ensino deixa de ter verdadeiros guerreiros que a partir de esforços particulares tentam e tornam as escolas ambientes mais civilizados. Esses guerreiros tem que lutar com unhas e dentes para competir com o mundo externo, para ter o seu espaço como educador. As ruas e os meios de comunicação atraem mais aos alunos que o sistema escolar. Competir com esses meios é algo extremamente difícil, pois chamar a atenção dessas pessoas exige um certo malabarismo. E é exatamente isso que os certos professores fazem, usa de diversas técnicas para dar mais cor, sabor e luz a sala de aula. Mesmo assim a luta é muito injusta, mas não é inválida. Essas pessoas mudam a vida das pessoas dando um norte. São verdadeiras estrelas que orientam as pessoas, mesmo tendo que competir com a cultura de massa, esses professores estão trazendo do mundo da massa uma nova maneira de educar, usando a ferramenta mais antiga o discurso, a conversa. É necessário aprender a conversar com os alunos, muitos dos professores conseguem, principalmente aqueles que são plásticos as inovações, enquanto outros, moldados a antiga forma de ensinar, aqueles que acreditam no conhecimento como algo produzido e não algo a se produzir, estes estão fadados ao cansaço. E o que eu sei sobre educação, pragmaticamente nada, mas sei muito. Pois navegando na nuvem da internet, posso pescar vários blogs de professores, pessoas brilhantes que usa dessa tecnologia para iluminar esse mundo de quatro paredes. São vários os blogs que leio constantemente, pessoas que traduzem o que acontece, situações, como fizeram para mudar. Introduzindo o lúdico, a conversa estão levando os alunos a descobrir o universo da leitura. Vejo esses guerreiros, esses heróis como faróis que iluminam o mundo. Essas pessoas sempre relatam situações gratificantes e nem cogitam deixar a escola, pois amam o que faz. A luta guerreiros.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sertão

O homem precisa se expressar,
No sertão bem antes da televisão,
os homens conversavam,
se comunicavam, resolviam
seus problemas sem ambição,
os negócios era coisa simples,
vender um porco, galinhas,
bodes, e legumes e um peixinho
pra complementar a alimentação,
quando muito no fim do ano,
comprava um metro de pano,
pra uma roupa nova vestir,
usava havaiana, ou chinela
de peneu, tinha os pés rachados,
a pele tingida, mostrava
as dificuldades da vida,
na lenha fazia algum recurso,
bem como plantando algodão.
A mulher sertaneja
tinha uma destreza
de saber dividir a comida,
varrer os terreiros,
lavar a louça, pra isso
tinha que ter habilidade,
não tinha muita vaidade,
cuidava da casa,
e da divisão,
sabia bordar,
passar, lavar e cozinhar,
mas quando veio a televisão,
as coisas mudaram,
e como aprendeu aquele povo
a ver novela,
ver as coisas mais belas,
mulher e homem artista,
um povo egoísta,
cheio de malícia,
mostrava que a vida
boa estava na cidade,
e o povo humilde povo
que só sabia falar
daquele lugar, que sabia rezar,
na ilusão, passada pela televisão,
foi embora em busca de melhor vida,
e só encontrou
devacidão,
fora do seu mundo,
seu conhecimento perdeu
sua função,
no sertão sabia os remédios para
qualquer mal,
sabia tirar do mato
o sustento, mas na cidade,
o que era então,
um povo mal trapilho,
de ego ferido,
por todos ofendido,
até que chegou
a luz no sertão,
água e o povo
que já envelheceu,
aquele povo que ali
nasceu já não pode mais voltar,
e o povo novo
voltar nem pensar,
o sertão
tá virando um desertão,
e cada vez mais calado,
como o homem que
tem vergonha se expressar,
que vivia a cantar,
as cantigas do sertão
em sua animação,
maldita televisão,
maldita ilusão,
um dia volto pro meu
sertão
ah volto
aquilo lá ainda vai virar mar.

Desertão

No sertão tem beleza de montão,
as casas mais brancas,
casas de taipa feito joão de barro,
árvores cheias de ninhos,
mas nuas, cheias de espinho,
plantas com arquitetura
que é uma belezura,
cardeiro em forma de candelabro,
macambira em forma de cisal,
tem juazeiro, pereiro.
Na seca tem terra rachada,
pode ouvir aves cantando,
o vento assoviando,
os bodes berrando,
catavento rodando,
e sentir muito calor,
sentir muita sede,
sentir a pele seca,
o corpo a transpirar,
sentir o cheiro do mato,
o cheiro de bichos,
a água salobra,
Sentir no sertão todo
tipo de sensação, de desconforto.

Viver no o sertão
não é pra qualquer um não,
tem que nascer lá, senão,
não aguenta o rojão,
é forte, um herói quem ai vive,
quem ai aprendeu a viver,
é preciso muito amor,
a natureza, a beleza pra morar no sertão,
quer maior desapego?
quem vive no sertão,
quem mora no sertão,
desfruta da paz,
o que o preocupa
é só a falta de chuva,
mas nem todo quer conhecer,
ou viver no sertão,
que aos poucos
se torna o vazio,
um grande desertão.

Adeus Aranha

Meu caro João,
a amizade é tecida,
é a coisa mais rara
que pode se ter na vida,
não se compra,
não se vende,
simplesmente é
um rede estranha,
tecida no dia dia,
feito poesia
que rima nos
fonemas,
nas frades
e assim se faz um poema,
a amizade meu caro,
neste mundo é algo raro,
e de nó em nó,
uma rede vai se construindo,
e de nó em nó,
sem perceber,
algo de inestimável
se consegue,
confiança,
cumplicidade,
nada de vaidade,
eis que dai
surge a amizade,
como numa teia
hialina, os finos
são cruzados,
e algo é montado
a amizade,
xabrola,
a amizade
João Aranha,

Seja feliz
na sua nova vida,
procure ver mais formas,
mais cores,
sentir mais os cheiros,
os sabores, a textura,
porque a vida
revela-nos
através dos sentidos,
dos pequenos atos,
seja feliz,
nunca esqueça,
nunca adormeça
nossa amizade,

Seja feliz.

Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh