sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desespero

Ultimamente tenho medo do tempo,
fico paranóico, sem pensamento.
O tempo me consome, não mata minha fome,
de existir, de exprimir.

Não ultimamente está difícil,
tenho os nervos a flor da pele,
tudo me irrita, tudo me excita,
sintomas do medo do tempo.

Acho que vou tomar algum prozac,
acho que vou ler Balzac,
não sei, o tempo está me enchendo de dúvidas.

Não posso correr, sei que vou morrer,
consumindo o tempo, como cachaça,
consumindo meu medo, entregando minha alma ao diabo.

O vazio

Vazio

Está tudo vazio,
quarto vazio,
peito vazio,
aperta a solidão.
O escuro da noite,
traz um vácuo no meu ser,
extremo vazio.
Solidão?
Medo?
Não quero ouvir uma música,
pois me sinto só,
a música me trará lembranças,
não as quero agora.
Quero sentir o ruido do vazio.
Quero falar com o vazio,
com o silêncio.
Será que quer me dizer algo, este silêncio?
Quem sabe, não senti, ainda.
Só sinto o vazio,
sinto frio,
frio da noite,
sem estrelas,
sem luz,
o vento fala algo,
mas não quero conversar.
vou tocar no vazio,
da casa,
da mente,
do coração.

Cada um.

Cada um com seu cada um.
uns gostam de amar,
outros adoram viajar,
a maioria precisa trabalhar.

Um diz que quer amar,
mas só sabe viajar,
outro diz que quer viajar,
mas só sabe amar.
Alguém tem que trabalhar.

uns discutem quem deve viajar,
quem deve amar,
a maioria é mandada para trabalhar.

Queremos ser juízes de quem deve amar, viajar e trabalhar.
Eis os formadores de opiniões,
que se fazem grandalhões,
pois só sabem discursar,
bobas tramas inventar.

O que é o amor?
O que é o conhecimento?
Todos sabem que tem que trabalhar,
alguém tem que trabalhar,
para os vigaristas viajar,

com desculpa de progresso,
do melhor bem está.

Cuidado com os formadores de opinião,
formadores de conceito,
pois arrancam-lhes os do peito,
e teu coração, com a própria mão.

Gênios

Quanto brilho emana de uma mente humana?
Einstein um dos maiores gênios humano era simples, contemplava a música, a natureza e o universo. Nasceu e cresceu como qualquer ser humano, teve dificuldades como qualquer ser humano, se preocupou com a estabilidade, quis um emprego, consegui, construir uma teoria tão importante que surpreendeu o mundo. Com sua simplicidade conseguiu ser conhecido por todo o mundo. Tocando seu violino, viajou onde jamais um ser humano conseguiu chegar, conseguiu se imortalizar, com o brilho de suas ideias. Não somos gênios como Einstein, mas como cada um que ler, que pensa, que acredita, pois somos peculiares e unicos. Quem sabe se nos desapegarmos muito dos nossos desejos, se sonhamos mais, não venhamos a brilhar, imortalizar-mos para além da sepultura, das nossas futuras gerações. Vivemos no mesmo mundo que viveram homens que conseguiram construir um mundo melhor, Sócrates, Galileu, Darwin, Bach, Machiavel, Hoobes, Ford, Nietzsche dentre outros. Sim eles viveram com todas as dificuldades de humanos o que nos separou foi apenas o tempo e o espaço, no entanto suas obras estão disponíveis para todos e quem dispor a fazer uma leitura, certamente será capaz de compreender melhor o mundo. Talvez se tivermos sede de compreender o mundo, tentar fazer algo pra torná-lo melhor, talvez assim teremos maior quantidade de gênios e quiçá um mundo melhor.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A água

Água fonte de vida,
que lava a pele,
que alimenta a alma,
que sacia a sede do corpo.

Água que ao se condensar,
debruça-se sobre a natureza,
clareia as paisagens.

Água que segue o leito dos rios,
que desce ralo abaixo,
e leva nossas sujeiras,
mas não lava a alma.

dar vigor, ameniza o calor,
sana a dor.

Água divina fonte de vida.

Não laves tua calçada,
salve a vida,
varra seus problemas,
pois a água é rara pra ser desprezada.

feche as torneiras,
enxugue as lágrimas,
muita dor não merece saudade.

lave a pele, baba a água,
siga a vida, onde o curso der,
quem sabe um dia,
sintas falta,
da calma, da alma.


Brasas

Sob o céu embrasado,
brilha no horizonte
o sol, brilho jorra em fonte,
um brilho finado,
de despedida, atrasado.
se entrega pra noite,
e apaga o dia,
até a poesia,
se recata.

Cerrado

No céu encarnado,
o sol se põe,
no solo enrubrado,
suave poeria expõe...

ah que horizonte,
sem sequer um monte,
que ares secos,
no fim da tarde,
o sol ja não arde,
e deita o sol,
se entrega a noite,
sem vento ou açoite.
na calma do cerrado,
a natureza se encerra.

Sapo

O sapo
pula,
pula,
pára.
senta
a barriga,
cheia,
contempla,
buda,
sapo,
ruga,
cuidado,
sapo,
com o carro.
sapo, sapo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O café

Um cafezinho.

Nunca vai chegar numa casa no nordeste em uma casa em que o dono gentilmente não ofereça um cafezinho. Começa assim você chega, num calor dos diabos, se apresenta, e pede um copo d'água. Antes as crianças eram muito tímidas ficavam escondidas até que os pais atendiam ao visitante, aos poucos como, animais de estimação, repentinamente florava de meninos e meninas nas portas e janelas, sim porque as famílias eram enormes. Casa de chão batido, tijolo a vista, e tamburete pra sentar, água fria logo trazia a mãe, enquanto o pai alinhavava uma conversa. E sem perguntar pra visista se desejava um café o marido falava pra mulher fazer aquele café. Debaixo de tanto calor um café faz muito bem, pois a cafeína ativa os músculos. Hoje se voce chega numa casa no nordeste, com o luz para todos, não tem esse lugar que não tenha eletricidade. Quando voce chega, os meninos não se escondem mais não, são todos sabidos, são contados, no máximo três, porque criar hoje está difícil os pais pensam que os filhos tem futuro e não servem de mão de obra, pensamento, retrogrado. Os filhos já chegam falantes, pois aprendem de tudo na novela, até beijar na boca sem ter vergonha. Sim porque os meus primeiros beijos sempre eram as escondidas de minhas irmãs, mãe, pai ou família tinha vergonha, os filhos cheios de pergunta, mais parece serem reporteres, tem que se preparar senão é taxado logo de matuto. Então chama voce pra sentar, trazem água gelada, é todo mundo com o bolsa família, bolsa maternidade, ganha uns trocos e compra parcelados nas paraibanas seus eletrodomésticos. E trazem um café se tiver doce, vai de doce e o café sim aquele café. Santa Clara viu se não for essa marca, não presta, foi-se a época de café quimimo. Bem se voce não toma café oferecem um doce ou o que tiver e ai de voce não aceitar, isso é desfeita.
Mas nem sempre foi assim quando era pequeno era viciado em café com leite e o engraçado é que tomava café com leite no prato, porque o líquido esfriava rápido. Na época do Sarney que a inflação estava nas alturas, imagina que o povo vendia até galinha pra por na poupança, teve gente que achou que ia ficar rico lá em serrinha, vendeu até a última galinha, veio Collo e comeu tudo, enfim a coisa estava muito feia. Café quase ninguém podia comprar, vi várias modas, gente fazendo café de milho, até de canavalha. Era bebi lá em dona Francisca de seu Mundim café de milho. Então pra não ficar sem café papai comprava nescafé e eu gostava. Não percebia diferença. Tempos brabos. Aqueles. Mas enfim o café sempre fez parte do quotidiano nordestino. Na casa de minha tia que parecia uma creche, nunca vi tanto filho e neto, lá era pra mais de cinco pacotes por semana, os meninos eram viciados, no café, voce via os meninos bebendo café e chupando a língua pra saborear o gostinho finito do café. Quando ia lá pra tia Nina já sabia, que ia demorar, pois era dois cafés um na chegada e outro na saída. Nunca vi pessoa mais agradável até Conforça almoçava lá. Sempre o café fez e faz parte da cozinha nordestina. Não sei se é bom ou ruim, talvez não seja um café colombiano, mas cada um tem sua forma de prepará. Garanto que não é um chafé.

O café

Um cafezinho.

Nunca vai chegar numa casa no nordeste em uma casa em que o dono gentilmente não ofereça um cafezinho. Começa assim você chega, num calor dos diabos, se apresenta, e pede um copo d'água. Antes as crianças eram muito tímidas ficavam escondidas até que os pais atendiam ao visitante, aos poucos como, animais de estimação, repentinamente florava de meninos e meninas nas portas e janelas, sim porque as famílias eram enormes. Casa de chão batido, tijolo a vista, e tamburete pra sentar, água fria logo trazia a mãe, enquanto o pai alinhavava uma conversa. E sem perguntar pra visista se desejava um café o marido falava pra mulher fazer aquele café. Debaixo de tanto calor um café faz muito bem, pois a cafeína ativa os músculos. Hoje se voce chega numa casa no nordeste, com o luz para todos, não tem esse lugar que não tenha eletricidade. Quando voce chega, os meninos não se escondem mais não, são todos sabidos, são contados, no máximo três, porque criar hoje está difícil os pais pensam que os filhos tem futuro e não servem de mão de obra, pensamento, retrogrado. Os filhos já chegam falantes, pois aprendem de tudo na novela, até beijar na boca sem ter vergonha. Sim porque os meus primeiros beijos sempre eram as escondidas de minhas irmãs, mãe, pai ou família tinha vergonha, os filhos cheios de pergunta, mais parece serem reporteres, tem que se preparar senão é taxado logo de matuto. Então chama voce pra sentar, trazem água gelada, é todo mundo com o bolsa família, bolsa maternidade, ganha uns trocos e compra parcelados nas paraibanas seus eletrodomésticos. E trazem um café se tiver doce, vai de doce e o café sim aquele café. Santa Clara viu se não for essa marca, não presta, foi-se a época de café quimimo. Bem se voce não toma café oferecem um doce ou o que tiver e ai de voce não aceitar, isso é desfeita.
Mas nem sempre foi assim quando era pequeno era viciado em café com leite e o engraçado é que tomava café com leite no prato, porque o líquido esfriava rápido. Na época do Sarney que a inflação estava nas alturas, imagina que o povo vendia até galinha pra por na poupança, teve gente que achou que ia ficar rico lá em serrinha, vendeu até a última galinha, veio Collo e comeu tudo, enfim a coisa estava muito feia. Café quase ninguém podia comprar, vi várias modas, gente fazendo café de milho, até de canavalha. Era bebi lá em dona Francisca de seu Mundim café de milho. Então pra não ficar sem café papai comprava nescafé e eu gostava. Não percebia diferença. Tempos brabos. Aqueles. Mas enfim o café sempre fez parte do quotidiano nordestino. Na casa de minha tia que parecia uma creche, nunca vi tanto filho e neto, lá era pra mais de cinco pacotes por semana, os meninos eram viciados, no café, voce via os meninos bebendo café e chupando a língua pra saborear o gostinho finito do café. Quando ia lá pra tia Nina já sabia, que ia demorar, pois era dois cafés um na chegada e outro na saída. Nunca vi pessoa mais agradável até Conforça almoçava lá. Sempre o café fez e faz parte da cozinha nordestina. Não sei se é bom ou ruim, talvez não seja um café colombiano, mas cada um tem sua forma de prepará. Garanto que não é um chafé.

Meu pequeno botânico

 Ontem, Vinícius e eu saímos para ir ao pé de acerola. Nunca vi ele ama acerola. Vamos devagar e conversando. Ele teve a curiosidade de ver ...

Gogh

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