O que são as coisas?
Singularidades ou totalidades?
O que nos constitui de importante?
Pensar é uma dádiva ou um carma.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
O que são as coisas?
Singularidades ou totalidades?
O que nos constitui de importante?
Pensar é uma dádiva ou um carma.
A noite caiu escura.
Fria e estrelada,
Mais tarde a lua nascerá,
Lua minguante,
Após o dia
Por trás do dia
Há uma poesia,
Alegria ou coisa do gênero,
Algo foi desvelado,
Algo acabado.
Em busca de uma categoria.
A tarde cai fria como a tempos não percebia,
O vento frouxo de junho atravessa a janela gelado.
A tarde cai nublada.
Até as aves se calam.
Silêncio!
Som de vento.
Som de vento.
É o vento pela janela.
É o vento e o tempo.
O lugar sólido pouco muda,
Paisagem petrificada.
Vida dura,
Vida no cruzamento
Entre o espaço e o tempo.
Amanheceu silenciosamente,
O sol nublado, quarando as nuvens,
Pardais piam,
Um galo canta,
Um cão late.
Deito no sofá,
Ouço o mundo,
Em busca de consciência,
Tentando atingir uma conexão com o inconsciente.
Amanheceu simplesmente.
Domingo é assim com missa!
Com descanso!
A tarde cai,
No meu inconsciente há uma dúvida.
O que é ser e não ser?
Talvez entenda melhor se a pergunta for o que é vida e morte?
Simplesmente somos,
Momentos depois deixamos de ser.
Do ser surge o não ser...
O corpo é enterrado.
Será o corpo descartado?
Ou será a alma descartada?
A sombra da noite essas dúvidas se fazem mais afloradas.
Essa dúvida ainda vai me matar.
Que tarde ensolarada e fresca,
Sol ao pino,
Vento frouxo,
Assobiando nas janelas,
Levantando areia,
Agitando folhas de palmeira,
Que tempo é esse?
Tempo exterior,
Tempo interior...
Desconheço uma conexão.
O tempo a passar,
Tarde atrás de tarde,
Alegria e tristeza.
O que é a vida?
Vento soprando frouxo,
Vento do litoral,
Aves piando na tarde ventosa.
Assim se faz o dia de sexta-feira
Nos Bancários de João Pessoa.
A lua está cheia,
A noite está nublada,
Neblina e passa!
Escura noite silenciosa de São João.
Hoje mamãe me falou que Evaldo morreu.
Evaldo era um moço deficiente,
Por natureza tímido,
Calado, quando era novo ele conversava mais.
Usava bigode e chapéu de palha,
Tinha uma cadeira três rodas,
Devia ter seus 50 anos.
Mais um de serrinha do canto dorme na eternidade.
Pessoa de minha infância,
Teve pólio.
Como outros.
O que é a morte?
O que é a vida?
Algo muito estranho de se definir.
Hoje sou,
Amanhã posso deixar de ser.
Doido demais.
A noite esta escura,
Bonita demais para pensar nessas coisas.
À tarde cai fria,
Vento soprando frouxo sem sentido,
Um pacum voando verde no céu nublado,
Dia de São João,
Sentado olhando o tempo passar,
Pensando no que pensar,
Decidindo o nada.
Cães ladrando longe,
Vinícius vocalizando.
Eu aqui tentando alguma conexão.
Hoje noite de são João!
Cadê o fogo da fogueira?
Cadê o dançar da labareda?
O laranja lambendo as sombras das noites frias de junho,
Cadê o milho para assar,
Cadê papai para acender a fogueira...
A eternidade levou.
Viva viva viva!!!
A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...