Gostamos porque sentimos e muitas vezes percebemos.
Nossos gostos são aprimorados a proporção que somos despertados do banal,
Momento que ultrapassamos a percepção.
Quando vamos percebendo as sutilezas e nuances das coisas a serem absorvidas.
Quando vemos as diferenças. Então é a partir dai que passamos a conhecer a coisa.
Conhecer algo é inacabado, assim como a viver.
De forma que nem percebemos ou somos conscientes daquilo que gostamos,
Pois é a ausência daquilo que possuímos que desencadeia a nossa consciência.
A consciência é tardia e a prática de reflexão é essencial para uma tomada de consciência.
Acho que nos textos de Clarice Lispector, encontramos, a todo instante, elementos que nos despertam para a realidade das coisas na simplicidade de nossas existências.
Coisas que, na maior parte das vezes, nem nos questionamos, simplesmente aceitamos como reais.
Acho que é por isso que o outro é tão importante para nossa consciência.
Não sei ler uma nota musical, mas amo música, pois sinto...
De sorte que conheço algumas composições de ouvido.
Para o momento isso me basta.