terça-feira, 19 de maio de 2020

36. Ser feliz

Viver é tão bom.
Ter saúde,
Poder ir e vir,
Ter o que comer,
Trabalhar sem ver o dia passar...
Penso nessas coisas.
Como era feliz vô José com a chuva no inverno.
Como era feliz vô Sinhá com nossos carinhos.
Como era feliz vô Chiquinha na presença de vô Chico.
A vida apesar de boa
É um drama,
Estamos sempre fora do eixo,
Descolado do que somos,
Na maioria das vezes não percebemos o óbvio.
Será se aprenderemos?
O será sempre essa consciência tardia?
Viver é tão bom.
Ter saúde,
Poder ir e vir,
Ter o que comer.
Com saúde até um café nos deixa feliz.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

35. Cenário

Nosso sítio.
Não, não consigo esquecer a minha infância.
A minha infância teve como cenário um maravilhoso sítio. Não que tivesse o maior pomar. Não. Era muito simples. Muito simples mesmo. Nele tinha cajueiros. Árvores que conhecia cada uma delas pela localização, pelo porte, pela doçura e pela castanha. À sombra dos cajueiros haviam as pinheiras, as goiabeiras e os araçás.
No entorno de casa tinham as cirigueleireiras, os coqueiros, mamoeiros e pinheiras. Tinha um pé de mangueira.
Que belo cenário. Tinha a área para plantar feijão, milho e fava e uma baixinha para plantar arroz. Tinham as cajaraneiras.
Tinha uma casa cheia de gente.
Tinha vacas no curral e galinhas na faxina e um porco no chiqueiro. 
Tinha muito amor.
E que cenário.
Tinham as Jitiranas, as bomba-d'água com flores azuis que me ensinaram a amar a botânica.
Tinham os vizinhos e os tios e os avós.
Tinha tudo e não tinha nada.
Hoje só restam as memórias,
Tenho tudo e mais as memórias.
E isto me basta.

34. Palavras

Palavras expressam tudo,
Mas são frias e mortas.
Palavras podem expressar meus sentimentos e minhas emoções.
As palavras são fixas, retas e exatas.
As vezes expressão emoções quando organizadas na forma de poemas.
Não sei escrever poemas e nem contos e nem escrever...
Gosto do que escrevem. 
Gosto gosto sim.
Por isso gosto de livros.
Mas não compreendo tudo que leio.
Não muitas coisas não são apenas para serem lidas, mas para serem estudadas.
Certa tarde! Estava meio nublado.
Estava no Solo Sagrado.
Não contemplei a realidade,
Mas acariciava um livro.
Era um livro de Lock.
Bom uma memória foi gerada.
A mata Atlântica,
As tibouchinas.
Tudo isso, via palavras.
As palavras nos dão um norte
Ou nos dão o caos.

33. O silêncio

O silêncio da manhã,
O vazio da casa,
Janelas e cortinas fechadas,
O escuro de uma manhã não despertada.
Pensar este vazio.
Na mente ecoam memórias
Que imbricadas não organizam um pensamento.
Só o silêncio.
Só o silêncio.
Mas há uma reação para sair desse silêncio.
Uma busca de ação para o pensamento ou um pensamento.
Faz calor.
Ligo o ventilador e sinto o frescor,
Todavia ouço o ruído do motor e das hélices girando.
O que é tudo isso?
Essa objetividade real
Que atende as leis da físicas?
Sei lá.
Só o que me interessa é o silêncio da manhã
Que se desfaz quando despertamos.
E isso é tudo.

domingo, 17 de maio de 2020

32. O celular

A noite caiu lentamente.
Caiu muito escura e fresca.
Hoje não choveu como ontem.
Nem sequer choveu.
O dia foi fresco e passou bem rápido.
A noite passou rápido, 
Envolvido com as notícias
Nem percebi o tempo passar.
Ouvi a tv e vi o celular.
Sempre buscando algo para justificar essa busca por notícias do presidente.
Notícias de oposição.
Quanta perda de tempo.
Pois é!
Posso mudar tudo.
Desligando o celular.

31. Enquanto é possível

Nos dias que vivemos, vamos capturando um ser.
Este ser que somos nós.
Nossos gostos, nossos desejos, nossas crenças, nossas convicções, nossas ações,
Às vezes servem para nos definir, 
Porém quase sempre, estamos apenas experimentando a vida.
Experimentando nossos gostos, nossos desejos, nossas crenças, nossas convicções e nossas ações.
Porque nem sempre conseguímos definir o que são estas coisas.
Desconhecemos que estas existam, como desconhecemos que respiramos.
Talvez, saber destas coisas não seja essenciais para a vida,
Sejam coisas autônomas.
Como comunicar, conversar...
Sabe, sei lá.
Talvez nestas experiências, acidentes fatais aconteçam.
E as expectativas sejam frustradas.
Viver é ação,
E não podemos ficar orbitando em torno de uma coisa por tanto tempo.
O tempo é relativo, mas como descobrimos essas coisas?
Experimentando ou sei lá.
Vivendo tudo isso enquanto é possível.

30. Caos uma questão

O caos reina em nossa mente, 
São as emoções e as paixões e as angústias e os medos e os desejos.
Às vezes, tentamos encontrar um cosmos.
Todavia, trata-se de uma relutância fadada ao insucesso.
Pensar é uma das poucas maneiras ordenar ou organizar o ser.
Pensar é organizar as ideias.
Pessoa definiu pensar como "está doente dos olhos".
Às vezes, concordo ou simplesmente discordo.
Depende do pensamento.
São muitas as variáveis tanto internas quanto externas.
Serão as impressões os canais do caos?
Será por isso que reina o caos em nós?

sábado, 16 de maio de 2020

29. O caos continua

Bem, faz dois meses que estamos em casa em quarentena.
Parece que nada amenizou, pelo contrário.
Chegamos a média de mais de 800 mortes diárias.
Isto porque há uma subnotificação imensa.
O ministro da saúde Nelson Teich pediu demissão.
Que cenário triste estamos vivendo.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

28. Gostosa

A chuva chovendo bem de mansinho.
Na sombra do quarto,
O calor do corpo,
A preguiça desejada,
Sexta-feira chegou,
E agora!
Viver este momento pleno.
Este momento quimérico.
E tudo se vai,
Vai, vai,
Como o vento numa manhã fresca,
Gostosa...

quinta-feira, 14 de maio de 2020

27. Chuva

Chove ao longo da manhã.
A chuva chovendo é bonito e é agradável.
Bonita porque faz um barulho tão gostoso,
Ver a água escorrer também é bonito,
A água transparente escorrendo.
A gente ver de perto a lei da atração dos corpos
A força da gravidade,
A mágica que são os rios aéreos.
É um dos fenômenos mais impressionantes,
E importante para a nossa vida.
Fonte de água celeste.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh