quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Luar

E uma noite dessas,
Tão clara, tão enluarada,
As estrelas mais distantes,
Se ocultam só para verem a lua reinar.

Noite bela e inundada da cor prateada,
Da luz especular
Lua prateada lunar,

João Pessoa abençoada,
Cheia de luz,
De vida,
De existência.

Lá se vai

Fim de mês,
Fim de ano,
A tarde surda,
Sem som
De gente conversando,
Criança brincando,
Pássaros cantando,
Só o silêncio do tempo,
Só o eco de memórias,
O silêncio,
Solto no ar,
O tempo em pó,
E a tarde que cai,
Tem o sol partindo pelo poente,
E a luz rasgada nos ramos das árvores,
Se vai o dia, o mês e o ano.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Esperança

O que se entende do mundo,
Se compreende de desejo,
Se compreende de paixão,
Se compreende de dor,
Se compreende de momentos,
Pessoas fortes,  pessoas fracas,
Fé...
Esperança...
Um novo amanhã raiará após a noite de hoje,
E sempre raiará,
Não podemos perder as esperanças,
Uma palavra dita nunca volta atrás,
Autoconfiança,
A vida continua a pulsar,
A existência persiste até o fim,
E no fim,
Vale a pena,
Vale a pena,
A existência é superior a inexistência.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Alívio

Cansaço
Após o limite,
Aflora o cansaço
E tudo perde o encanto,
Exceto a cama,
O travesseiro,
O colchão...
Após a batalha,
Resta o suor e o sono,
Após a leitura de uma longa obra,
Vem a saudade,
Após vencida a batalha,
O alívio...

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Corrente abstrata

Um sol,
Sob um sol,
Uma manhã,
Uma tarde,
Meio dia,
O dia,
Algo encantador,
Algo desolador,
Borboletas bailando no ar,
Voam leves,
Bailarinas encantando o vento,
Fugindo do tempo,
Riacho escorrendo,
O brilho transparente,
Puro castanho da areia,
Teia de aranha,
Flor de marmeleiro,
Perfume de mufumbo,
Algo faz sentido a alguém,
Ou é pura abstração.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Limites

Limites,
Além de onde consigo ver,
Além de onde possa ouvir,
Além de onde possa cheirar,
Além da percepção,
O amanhecer, o entardecer, o anoitecer,
Ciclicamente se repetem,
E nós, nos perdemos,
Se não conectamos e não percebemos
As relações. Tudo é tudo e nada é nada.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Paixão ao inverso

Que em mim me implode?
Que em mim me explode?
Emoção,
Paixão,
Ciúmes,
Medo,
Dor,
Fraqueza,
Dúvidas,
Incertezas,
Tudo isso num coração cheio de paixão.
Quem não sofre desse mal?

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Descanso

O descanso,
Rejuvenesce,
Alma,
Noite,
Sono,
Sonho.

Caos tropical

Sol a pino,
Pente fino,
Calor, luz e suor,
Tudo que me incomoda, me provoca,
Destroi-me e constroi-me,
Ontem, hoje... E a incerteza do amanhã.
Que hei de encontrar,
Espero ser quem sou,
Amém.

domingo, 15 de novembro de 2015

Consumir

Que ocultas vida?
Bons ou maus presságios.
Se bons que esteja pronto para a alegria,
Se maus, Deus dai-me força.
Noite, dia,
Lua cheia, minguante, crescente ou nova...
Tempo intermitente,
Passa sem parar,
Os grãos de areia da ampulheta,
O tempo que escorre
Como o vento,
E nossa alma se humaniza.
Vivendo descobriremos,
Consumiremos nossa vida.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh