quinta-feira, 16 de abril de 2015

Três Ruas

Três ruas,
João,
Luiz Gonzaga,
Menino de Jesus de Praga,
Novo oriente,
Picuí,
Recanto das Castanholas,
Cajueiros,
Bambus,
Ficus,
Boeiro,
Ipês,
Casuarinas,
Sapucaia,
Guabirobas,
Castanholas,
Jambolão,
Coqueiros,
Pista rachada,
Spilanthes,
Urochloa,
Luehea,
Centro espirita,
Tamarindus,
Uma parada,
Um senhor ouvindo o rádio,
Doce aurora do meu dia,
Da minha nova vida,
É nela, nas três ruas que meu dia se acende!

Alfa e omega paraibano

A brisa da noite,
A lua apagada,
Cantiga de grilo,
A folha seca arrastada pelo vento,
Chiando no escuro.

Meu ser,
E seu infinito pulsar,
Rio vermelho,
Mar interno,

O que é o meu ser?

O que é minha alma?

Não sei,

Sei que um grilo pulsa lá fora,
Que a porta abriu e gemeu,
Folhas se arrastam,

Que se for lá fora verei o céu, talvez nublado ou estrelado.

Se eu for para a minha cama irei dormir,

Quem sabe onde tudo começa ou está terminando.

Azul celeste

Ah! o azul do céu,
Azul celeste,
Quando a manhã nasce,
A lua vai mergulhando no azul celeste,
E aos poucos se afoga na luz do sol,
Vai para o fundo do céu...
E no fim do dia,
Coisa de poesia,
O azul celeste revela novamente a lua,
E é tão lindo vê-la surgindo da rua...

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Acontecimento

Às vezes, falta  terra nos pés,
Acontecimentos que nos deixam desnorteados
E como lidamos com isso?
Não sei, enfrentando a todo custo?
Não sei!
Sei que tudo vai passar.

terça-feira, 7 de abril de 2015

O Passo

A cada passo que passo,
Mais um passo no tempo,
Mais um passo ao vento,
Cada passo em minha caminhada,
Mais uma página virada
Ou simplesmente um mergulho
Mais profundo para ganhar fôlego.

Passo a passo sigo e minha caminhada,
Hora marcada com o devir,
A angústia, limito-me a espreitá-la,
Sou o dono do meu caminhar,

Determinado sigo sempre em frente,
E o que vier que venha,
O que for pra ser, será.

A vida essa incógnita,
Quem desvendará,

O importante é aprender a caminhar,

Um passo de cada vez, num belo compasso.

domingo, 5 de abril de 2015

Caatinga

Como são mágicas as chuvas!
Como são hábeis em fazer germinar
As sementes e gemas dos arbustos e das árvores.

Ah! o meu sertão é tão grato,
Mais tão grato que com uma chuva,
Germinam as sementes
E florescem os arbustos e as arvoretas,
Coisas pequenas como seus habitantes,
Que explodem em flores e diferentes odores...

E me arrebata,
Pois quanta biologia ali há de se aprender ali.

E com uma câmera vou clicando,
Vou captando as formas resistentes a seca!

O agudo dos espinhos e tricomas urticantes,

A caustica faveleira, e urtigas de euforbiáceas e loasáceas,

Os acúleos das leguminosas,

O fedido das malváceas e caparáceas,

As folhas simples e as folhas compostas,

As flores dióicas dos crótons e jatrofas,

O violeta das mucunãs,

O cheiro forte dos velames e mufumbos,

O ralo capim, belas poáceas,

E o que eu vejo é mato com nome,

Mato identificado e classificado,

Os matos de Allemão, Martius, 
Os matos de Lueltzelburgue,
Matos bahianos de Blanchet,
E de tantos e tantos expedissionários,

Matos meus, herbáceas minhas,

Manhã não serei nada,

Ao menos fiz coleções de matos nomeados,

E conheci a diversidade que há no sertão do seridó e do cariri...

terça-feira, 31 de março de 2015

Cada dia

Eu ando perdido no mundo,
Olhando as coisas mais bestas,
A forma das rochas, qualquer pedra,
A forma das folhas, das conchas,
Das flores e frutos,
Paro para observar as sementes germinadas,
Para fotografar sépalas, estames e anteras...

Eu paro para ver o por do sol!
Eu ouço as aves cantarem,
E caminho devagar,
Adoro ouvir a resposta de um bom dia,

Eu ganho muitos risos com um simples bom dia...

Eu adoro as pessoas que estão em minha volta
na manhã ou a tarde,

Gosto de conhecer,

E o mundo e a vida me permite conhecer um pouco cada dia.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Impressão!

Ao longo do tempo,
Longo momento,
Longo invento,
Segundos, minutos...
Um jardim,
Uma flor,
Verdes folhas viridescentes.
E tudo que vejo,
E tudo que conheço,
O cheiro da rosa,
Um soneto,
Uma prosa,
Tudo misturado,
Feito vitamina.
Algo que me anima,
Açúcar, chocolate, vinho...
Um abraço,
Um afago,
Um carinho...

Qual a impressão me faz sentir mais vivo?

domingo, 29 de março de 2015

Noctuno

Não quero roque, clássica, forró ou pagode e nem samba,
Quero o silêncio da noite,
Quem dera um vento de acoite,
Depois de mais um dia,
Mais não o melhor dia,
Que eu conceba algo como uma poesia,
Com rima e direção,
Que exprima minhas sensações
Ou essa sensação de silêncio,
Aquilo que é grande
Que esta acontecendo,
Neste instante...
Grilos cantando,
Sapos coaxando,
Sons noturnos,
Vida noturna,
Nada mais.

sábado, 28 de março de 2015

Vanitas

Aquilo que envaidece enlouquece...
Vanitas,
Omine Vanitas,
Vaidade das vaidades,
Peçamos em oração,
Guarda-nos senhor da vaidade,
Que os anos e toda nossa idade,
Nos ensine a discernir o ser do não ser,
Dos labirintos onde podemos entrar,
Labirinto das vaidades...
Eis que o peso a ser carregado e pago,
Está na língua de qualquer ser...
Vanitas.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh