segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Stefani uma flor

Tantas coisas são importantes em minha vida.
Faz mais de um ano que não sentamos juntos,
Faz mais de um ano que ouço Noctune sozinho,
Faz mais de um ano que não ouço sua voz,
Que não almoçamos juntos, que não vejo seu riso,
Faz mais de um ano que eu ti vi...
Não sei o quanto voce cresceu,
Sei que muito voce viveu.
E cresce em sabedoria.
Faz falta...
Se gosto de Chopin a culpa é toda sua.
Se gosto do silêncio,
Se gosto do Barulho da chuva
E da chuva...
Também tem culpa.
Curto foi o tempo que passou em minha vida,
Mas muito importante para o crescimento de minha alma
De todo o meu ser.
Plantou em mim doce semente de amor.

Aprender

Ontem vivi um amor,
Ontem senti uma dor,
Ontem não estava só,
Mas parti, parti e parti
E o que me resta?
Trabalhar, construir
E reconstruir a vida,
As coisas e a história,
O tempo voa minha patroa,
O tempo voa.
Ontem é a réstia do hoje,
Sem matéria,
Só um delírio,
Uma miragem...
É preciso aprender sempre.

Espiral do tempo

O tempo em espiral,
Girando sempre sobre o centro,
Girando num mesmo movimento,
Entre o dia e a noite,
Entre a alegria e a tristeza,
Girando, girando, girando,
Sem nenhum firmamento
E o ontem se confunde com o hoje,
E o agora com o já...
E eu me perco em pensamentos,
Progressivos pensamentos,
Vivos pensamentos
Que tentam se organizar,
Que fazem sentido a minha vida.
O tempo se elevando em espiral
Fito bases nitrogenadas,
Feito DNA e Cromossoma...
Perdidos na espiral,
Vemos tudo acontecer,
Vemos tudo desacontecer,
Manuel de Barros pensando,
Uma leitura de Borges,
As Bachianas de Villa Lobos,
A velhice que chega com as estações.
Enfim, o começo do fim.

domingo, 14 de setembro de 2014

Alma da tarde

Mais uma tarde se vai,
A tarde parte crepuscular
E fria.
Ouço o estouro de bombas,
Vejo o sol criso...
Tarde que parte...
Deixa sua arte
Impressa em minha alma,
Distante e calma.

sábado, 13 de setembro de 2014

Cores, formas e memórias

A tarde,
A tarde de que cai,
Nublada, fria e solitária.
Nas ruas vazias apenas
A brisa fria corre sem destino,
Corre livre brisa,
Corre livre brisa.
Então quebro o vazio da rua,
E passo a caminhar com a brisa,
Através da rua,
A passos contados,
Olho as pedras,
Olho a rua,
E de repente percebo
A beleza das castanholas com flores coloridas,
Castanholas nuas,
Castanholas como candelabros,
Com folhas jovens sendo lambidas pela brida,
Enquanto a tarde cai,
Enquanto a tarde cai,
Enquanto caio em mim,
Ah, as castanholas fecham mais um ciclo,
A tarde cumpriu sua sina,
Volto para casa
Cansado,
Mas volto ao ponto inicial,
Com cores, formas e memórias.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Incertezas

A vida,
Os olhares,
Os risos,
O bem viver,
Fazer o bem,
Não furar a fila,
Ser generoso,
Ser paciente,
Na vinda nem sempre
Precisamos de muitas coisas.
A vida pode ser muito breve.

domingo, 7 de setembro de 2014

Interrogações

A existência,
Não podemos tocar na existência,
Não podemos nos dá a existência,
Existimos...
Existimos por um breve tempo,
Somos por um breve momento,
Breve momento em que sentimos a vida em plenitude,
Breve momento de coisas simples...
Um jardim ornado de flores belas e perfumadas,
Uma música bela ouvida de distante,
O uivá do vento na janela,
O momento de compreensão,
Uma simples epifania...
Afinal o que nos afirma
E o que nos define como seres?
Nossa sensibilidade, nossa razão?
Nossa cultura?
E o que me norteia como ser?
Os sonhos?
A morte?
O trabalho?
Algo nos dá sentido a vida.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Que sinto

A noite,
Sombras frias e fresca,
O vento soprando,
Estrelas piscando,
Céu limpo,
Céu limpo,
Grilo grilando, cantando, cantando, cantando.
Sexta-feira,
Bebe, rir, come e fala...
Tantos desejos vividos,
Vidas,
Vidas iniciadas,
Vidas encerradas,
A noite,
O vazio dos átrios da casa
Preenchidos pelo vento,
Preenchidos pela sombra da noite,
E as nossas sensações diante disso,
Céu limpo,
Céu limpo,
Seu limpo,
Que sinto...

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Xícara de chá

Uma xícara de chá,
Escoa pela boca suave e mornamente
O delicioso chá.
Aos poucos feito popoca,
Estoura um pensamento,
E outro e mais outro...

As vezes as coisas tornam-se tão
Complexas, que inibem o sono,
Mas na verdade tudo passa,
Poucas coisas valem a pena na vida
Como uma boa xícara de chá
Ou o riso frouxo dividido entre amigos.
É assim que a vida vale a pena.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Esquecimento

A vida,
Perguntei para um amigo se não temia a morte.
Exatamente pelo temor que tenho da morte.
Talvez não pela morte em si,
Mas pelo fato de morrer,
Significa para mim, cair no esquecimento,
Voltar para o infinito.
E meu amigo sensato falou que não temia a morte,
Pois viu a morte com os olhos.
Viu a morte matar o seu pai.
Que tragédia.
É engraçado a maneira como cada um se comporta
Diante das coisas da vida,
A morte é uma coisa da vida.
Morte,
Substantivo que habita sempre o meu ser,
Talvez por medo de ser esquecido,
Coisa que logo acontecerá.
Cairemos todos nós
Na sombra do esquecimento,
Sendo a morte a vertente que nos separará deste mundo.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh