quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Coisas simples

Um rouxinol canta feliz na borda da mata.
O sol quara as gotas de orvalho da noite passada,
Ramos e folhas estáticos são acariciados pela luz solar.
Tudo passa devagar,
E embalados em nossas ideias,
Nem paramos para contemplar
Coisas simples.
Estamos perdidos em fazer
Algo, sabe lá pra quem ou pra que.
Então toma os sentidos
E vive um momento
Mesmo que breve,
Vive o mundo que o cerca. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

O giro dos sonhos

A noite cai,
O corpo cansa,
A alma viaja,
Sonhos,
Estrelas,
Cama e cansaço.
Tudo turvo,
Tudo curvo,
Nas órbitas dos olhos,
Giram os sonhos,
Giram os sonhos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Tutano

Objetos, no espaço,
Os sentidos,
As formas,
As texturas,
Os aromas,
A delicadeza de perceber,
Uma flor,
Um gato,
Um ser.
A água que molha tudo,
Que faz germinar a semente.
A sutileza de tudo,
Muitas vezes ocultos.
É preciso ter calma para perceber,
É preciso calma para viver,
Porque quase sempre não percebemos nada,
Apenas o que nos interessa,
E tudo permanece oculto,
No curto tempo de uma vida.

domingo, 17 de agosto de 2014

Contas a pagar

Como bichos,
Vivem os homens encarcerados,
Em suas aconchegantes celas,
Olhando através de suas janelas eletrônicas,
Sonhando em ter mais, ganhar mais,
Se destacar mais e ser mais...
Trabalhando sem parar,
Sem saber quando nem por que parar.
Os homens estão cada dia mais loucos.
Uns acumulam tanto
E outros não tem nada.
É o paradoxo da contemporaneidade.
Omni vanitas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Manhã amanhecendo

Manhã de agosto,
O vento venta soprando forte,
O galo canta atrasado,
Canta, canta...
Canta também o bem te vi.
Daqui posso ouvir,
O mundo a acontecer,
Cachorro a latir,
Carro a roncar,
A manhã a despertar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Revelado

O tempo,
O espaço,
Os seres vivos,
O seres não vivos,
Tudo em meu entorno,
O que eu percebo
O que está oculto,
Tanta coisa oculta
A minha percepção
Que pode ser revelada,
Pela poesia,
Pela alegria,
Pela simplicidade,
No tempo e no espaço.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O olhar

Que lindo é ver a lua nascer,
Lua cheia,
Lua grande,
Lua prateada.
Grilos cantando,
Vento ventando,
Estrelas brilhando,
A noite caindo,
Cheia, plena...
Uma poesia sendo parida,
Uma poesia ganhando vida,
Em versos tímidos e lúdicos,
Cheios de nada,
Ocos...
Como o quengo do autor...
Mas ao menos mostra a beleza
Do singelo,
Todo o mundo é belo,
Dependendo do olhar.

domingo, 3 de agosto de 2014

Angústia

Tenho no peito
Qualquer coisa que me causa pavor,
Tenho no peito
Qualquer coisa que me causa dor,
A angústia angustia nossa alma
E nosso corpo,
Nos tira a razão
Nos tira a calma,
Como viver assim,
Temos que ter uma fé,
Temos que nos entregar ao divino
Que nos preenche,
Que nos anima,
A viver mais um dia,
E no dia seguinte
Tudo pode ser diferente.
Sem angústia ou dor.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Os mistérios da noite

O silêncio da noite,
Compacto nas janelas
De luz branca fria,
Pessoas sozinhas,
No celular no leptop.
Televisões desligadas,
O vento sopra na janela,
A música baixa,
O corpo cansado,
A vida vivida cotidianamente.

Existencialimo

A gente vive,
A gente vive tateando no mundo, nas coisas, nas relações, nas nossas percepções.
E assim vamos experimentando e vamos nos alimentando de nossas vidas.
Vamos alimentando nossas vidas ao mesmo tempo que consumimos nossos tempos.
A vida é um mistério, a alguns longa e a outros curta.
Alguns aprendem a viver cedo,
Outros vivem uma vida longa de desconhecimento...
A gente vive,
A gente vive,
A gente conhece gente, se relaciona com gente,
E sempre se surpreende com a gente e com o outro,
Muitas vezes nos desconhecemos,
Conhecer a si mesmo, eis algo sobrenatural,
Entender os próprios erros...
A gente constrói o que a gente é.
Existencialismo.

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh