segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Tutano

Objetos, no espaço,
Os sentidos,
As formas,
As texturas,
Os aromas,
A delicadeza de perceber,
Uma flor,
Um gato,
Um ser.
A água que molha tudo,
Que faz germinar a semente.
A sutileza de tudo,
Muitas vezes ocultos.
É preciso ter calma para perceber,
É preciso calma para viver,
Porque quase sempre não percebemos nada,
Apenas o que nos interessa,
E tudo permanece oculto,
No curto tempo de uma vida.

domingo, 17 de agosto de 2014

Contas a pagar

Como bichos,
Vivem os homens encarcerados,
Em suas aconchegantes celas,
Olhando através de suas janelas eletrônicas,
Sonhando em ter mais, ganhar mais,
Se destacar mais e ser mais...
Trabalhando sem parar,
Sem saber quando nem por que parar.
Os homens estão cada dia mais loucos.
Uns acumulam tanto
E outros não tem nada.
É o paradoxo da contemporaneidade.
Omni vanitas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Manhã amanhecendo

Manhã de agosto,
O vento venta soprando forte,
O galo canta atrasado,
Canta, canta...
Canta também o bem te vi.
Daqui posso ouvir,
O mundo a acontecer,
Cachorro a latir,
Carro a roncar,
A manhã a despertar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Revelado

O tempo,
O espaço,
Os seres vivos,
O seres não vivos,
Tudo em meu entorno,
O que eu percebo
O que está oculto,
Tanta coisa oculta
A minha percepção
Que pode ser revelada,
Pela poesia,
Pela alegria,
Pela simplicidade,
No tempo e no espaço.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O olhar

Que lindo é ver a lua nascer,
Lua cheia,
Lua grande,
Lua prateada.
Grilos cantando,
Vento ventando,
Estrelas brilhando,
A noite caindo,
Cheia, plena...
Uma poesia sendo parida,
Uma poesia ganhando vida,
Em versos tímidos e lúdicos,
Cheios de nada,
Ocos...
Como o quengo do autor...
Mas ao menos mostra a beleza
Do singelo,
Todo o mundo é belo,
Dependendo do olhar.

domingo, 3 de agosto de 2014

Angústia

Tenho no peito
Qualquer coisa que me causa pavor,
Tenho no peito
Qualquer coisa que me causa dor,
A angústia angustia nossa alma
E nosso corpo,
Nos tira a razão
Nos tira a calma,
Como viver assim,
Temos que ter uma fé,
Temos que nos entregar ao divino
Que nos preenche,
Que nos anima,
A viver mais um dia,
E no dia seguinte
Tudo pode ser diferente.
Sem angústia ou dor.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Os mistérios da noite

O silêncio da noite,
Compacto nas janelas
De luz branca fria,
Pessoas sozinhas,
No celular no leptop.
Televisões desligadas,
O vento sopra na janela,
A música baixa,
O corpo cansado,
A vida vivida cotidianamente.

Existencialimo

A gente vive,
A gente vive tateando no mundo, nas coisas, nas relações, nas nossas percepções.
E assim vamos experimentando e vamos nos alimentando de nossas vidas.
Vamos alimentando nossas vidas ao mesmo tempo que consumimos nossos tempos.
A vida é um mistério, a alguns longa e a outros curta.
Alguns aprendem a viver cedo,
Outros vivem uma vida longa de desconhecimento...
A gente vive,
A gente vive,
A gente conhece gente, se relaciona com gente,
E sempre se surpreende com a gente e com o outro,
Muitas vezes nos desconhecemos,
Conhecer a si mesmo, eis algo sobrenatural,
Entender os próprios erros...
A gente constrói o que a gente é.
Existencialismo.

Ser o ser

Queria saber inventar, contar histórias,
Escrever contos, crônicas, ideias...
Quando quero, quero demais,
Contar contos como Veríssimo,
Contar histórias enigmáticas como Borges,
Coisas divertidas como Millor,
Mas não,
Não sei copiar,
E o que invento, não dá para pagar um café.
O gato gateia,
O sapo Sapeia,
E eu identifico plantas.

Felicidade

A noite,
A música,
O chá,
Os livros...
Pensamentos, ideias e memórias.

Quando a tarde cai doce,
Quando a noite chega alegre, suave,
Com coisas simples como ensinar...

O corpo entra em estado de êxtase,

Uma sexta-feira,
O quebrar da barra,
A leitura reflexiva,

Pedalar em busca da felicidade,
Parar, fotografar,
Contemplar a mata,
Ver as mulheres generosamente
Varrerem o campos,
Os corredores,

O café da manhã,
O riso dos amigos,
A comida gorda,

As conversas ricas e sabias,
Outras nem tanto,
A generosidade de Vera,

A manhã partindo,

O encontro na geografia,
Bartô e seus orientandos,
A irreverência de Mônica,

O almoço com pessoas inteligentes,
No Lando,
O ir e o voltar,
Doces conversas, com pessoas generosas e inteligentes,


A tarde vindo com os risos,
Das amigas e um lauto almoço,

E a tarde se passa,
Brindando-me com a companhia,
Das minhas estagiárias,
Manu, Rayana e Sâmara,
Que me ensinam a aprender,
Coisas simples,

O aconchego do lar,

A saudades da família,
E assim segue a vida.


Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh