terça-feira, 5 de março de 2013

Questões banais?

Hoje ao me deitar lembrei dos moradores de rua. Próximo a EMBRAPA há um grupo de moradores de rua composto por quatro pessoas. Montaram uma cabana sob os grandes eucaliptos.
Então penso o que fazem durante o dia? Onde depositam suas fezes? Como conseguem comida?
Como é viver sem tomar banho ou ter roupas limpas? 
Vejo sempre que há uma senhora, idosa, que aparenta ser mais velha que realmente é. Ela fica sentada, as vezes tem uma mais jovem. Já ouvi elas falando sobre não se meter com a vida dos outros. Ali mora também um senhor de barba, outro dia, um domingo, o vi mexendo no lixo de nosso prédio.
O vi sentado com olhar perdido a fumar um cigarro. Pensei: Que será que pensa?
Não sei, mas podia ser eu, podia ser um irmão, um amigo ou qualquer pessoa...
Este é apenas um retrato, um pequeno retrato,  pois as cidades estão cheias de pessoas na mesma situação ou pior, pessoas viciadas.
Gente que vive sua miséria calada.
Gente como eu, humana de carne e osso e pensamentos.
E o que fazemos para mudar?
Como dormimos sossegados?
Como queremos os melhores objetos e nos esquecemos das reais necessidades humanas.
Temos até medo de olhar no olho daquelas pessoas, parece que aquela realidade não nos afeta,
já é tão banal.
Eles falam, se organizam, mas não tem um norte.
Vivem perdidos, angustiados?
Sabe-se lá!
Nem sei o que fazer, nem por onde começar.

Passagem

O céu azul, o sol brilhando
E a manhã segue bela.
As aves buscam as matas
e cantam timidamente.
Hoje não há brisa
Apenas a luz do sol.
E muita gente com suas perspectivas.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Dissolver a alma

Segunda-feira depois de um longo dia de luta a tarde cai. 
É uma das lindas tardes que já vi. 
A brisa sopra frouxa e fresca.
Os eucaliptos faz sombra nas calçadas.
Saio para caminhar e vejo o lago Paranoá
Que está tão calmo. Suas águas
Mais parecem um grande espelho.
O céu estava tão azul com umas
Nuvens perdidas.
Os aviões se perdem em tamanha imensidão.
Aves voam de volta para seus pombeiros,
Voam um voo rápido e ágil.
É tão imensa a tarde
E tudo que ela alumia.
É tão pequeno meu ser,
São tão pequenos meus sonhos
Que se dissolvem nesta tarde tão bela.

sábado, 2 de março de 2013

Chove chuva

A noite caiu bem devagar e quente.
A chuva veio cantar em minha janela.
Chove chuva,
Chove chuva...
Chove chuva,

Vem e desperta em mim
memórias de alegria,
Vem chuva e me trás
Os sonhos que preciso sonhar,
E quando acordar
Que eu me sinta mais forte.

Estou feliz, com sua companhia chuva,
Estou feliz com a música de Dvorak,

Com os meus livros,
Com o meu autor favorito Borges...

Chove chuva,
Que a noite é bela
e não vai acabar de uma hora para outra,
Servirei-me de um chá,
E a noite sumirá no amanhecer.

Profunda noite

A noite já é profunda.
Quando é noite profunda 
E o movimento para,
As pessoas sozinhas
Em suas casas,
Consomem sua solidão
ou desfrutam da companhia
De quem ama...
Uns esperam,
Outros vivem
E a vida passa.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Ócio da noite

É noite.
Tudo em silêncio, exceto o ar condicionado do shopping vizinho.
O escuro da noite é quebrado pelas luzes frias da rua que ilumina com um verde escuro
a grama do jardim.
Através da janela nada de interessante para ver.
A quitinete vazia e silenciosa. Abro o computador, ponho pra tocar algo.
Faz calor, ligo o ventilador... e tento fazer coisas relacionada ao meu trabalho ou a estudo, mas não consigo. Não me concentro em nada. Parece que há algo me revelando que neste momento estou só.
Vou a estante olho meus livros, objetos e imagens... o ócio me consome.
Posso fazer mil coisas como ler, ver um filme ou fazer o que deveria fazer, mas me recuso
a fazer qualquer coisa. Pego o telefone e ligo, a conversa não me agada então desconverso e desligo.
E o dilema e a angústia me consome porque não faço o que devo fazer.
E a noite passa.

Paixão as palavras

Os livros por que lhes amo tanto?
O lugar onde cresci era o meu universo e tudo era tão imenso e havia tantos momentos de ociosidade o tempo se alongava tarde a fora. A noite via novela e o Jornal Nacional.
Quando a tarde caia, em minha casa, só restava dormir, sair para o mato ou não fazer nada. 
Então ficava ali na frente da casa na área olhando homens passarem a cavalo de jegue subindo e descendo com cargas de capim ou lenha. Uns apressados outros lentos, cada um a seu ritmo, gente passando com gado.
Então descobri as palavras e os livros que explicavam gramática, matemática, ciências entre tantas coisas. Descobri os livros não didáticos. Todos os nossos livros eram velhos e perfumados pelo tempo... Descobri um maravilhoso de Mahatma Gandhi, achei maravilhoso. Lia e relia as máximas que mais gostava. Li outro de Bruce Lee...
Lembro do primeiro romance que li o Cortiço de Aluízio Azevedo. Achei muito bom...
Aos poucos a leitura foi sendo inserida em minha vida, fui ocupando o ócio com textos, gostava de textos curtos... Depois vieram os romances. Praticamente lia tudo que caia em minhas mãos.
Aos poucos as coisas começaram a fazer sentido. Comecei então a me orientar por um universo paralelo ao que meus pais e os meus amigos diziam...
No início a leitura era apenas para matar o tempo, mas depois passou a ser o meu norte. Fui encontrando nos livros o alimento necessário ao meu bem estar. Aquelas histórias, instruções, questionamentos. Achava o máximo falar sobre os autores, sobre obras... Eu queria ser famoso como os escritores.
E foi assim que me tornei quem sou um eterno amante das palavras e dos livros

Coisinhas boas

Hoje a manhã amanheceu suave,
Nublada e leve.
Uma brisa fresca corre pelas ruas,
Faz balançar os ramos das árvores,
Os bambus parecem dançar.
As folhas esvoaçam
O cheiro do tempo,
das folhas e flores...
O tempo corre
E a vida segue...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Crianças egoístas

Ver criança brincar é uma graça. Vou sempre aos fins de tarde a academia de idosos do PIE. Lá fico curtindo a tarde, fazendo exercícios físico e observando as pessoas, os pais e as crianças, às vezes até cachorros. É muito engraçado ver como as crianças se comportam. Na verdade não sei se é engraçado. Porque na verdade as crianças são egoístas... Sim são... Hoje tinha um bando delas seis, nem vi os pais delas. Tinham entre cinco e sete anos. Três meninas eram as mais novas, uma loira e duas morenas... A loirinha era a bola da vez. Era ela quem escolhia a amiguinha. Então ela escolheu a mais serelepe de cabelos cacheados para ser sua amiguinha. A outra ficou excluída. Tadinha... A escolhida como amiguinha da loirinha ficou bulinando falando que ela não era amiga das duas... Para se proteger foi muito bonitinho a excluída tapou os ouvidos e saiu dali, no entanto ficava sempre rodeando... Que dó...
A escolhida tagarela falava alto para chamar atenção... que chata.
Tinha uma maior e dois meninos...
A maior era cortejada por Nicolas e Artur... Ela queria Nicolas o maior para brincar junto. Artur foi excluído... mas ele era mais forte e maior e sempre se sobre saia... e ficava perto da menina.
Até que apareceu uma menina magra e perguntou que serie Nicolas estudava, mas acho que só tava chamando a atenção de Artur... então os dois Artur e a menina de pernas finas foram brincar no balanço...
E as duas meninas continuaram excluindo a menininha.
Fui embora...
Crianças egoístas.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Essencial

Não te aborreças um só minuto a vida é curta demais para coisas pequenas. Ame a vida, seja pragmático ou seja teórico. Colha flores e enfeite sua casa, elas perfumam e embelezam tudo.
Gaste seu tempo com um pouco de arte, música e risos. Não sabemos o que nos reserva o amanhã.
Saia para caminhar, olhe para o mundo, para a aurora, para o dia ou para o fim da tarde.
Ame a lua ela te iluminará pela eternidade.
Muitas coisas não nos são reveladas sobre nós, melhor assim. Nos envolvemos tão fácil naquilo que nos diz respeito e nos enganamos, nos aborrecemos com coisas simples por puro capricho.
A vida passa como a brisa passa, como o dia passa. Depois que a vida passa nada fica.
Só uma ou outra lembrança que logo será apagada pelo tempo.
Pensar nisto faz bem.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Partiu

A vida é assim, um dia chega ao fim.
Passamos a maior de nosso tempo
numa busca, nem sabemos que procuramos,
mas continuamos nessa jornada.
Vivemos dias difíceis,
dias do ócio, dias de alegria,
dias de vitórias... Vivemos...
Mas um dia a vida chega ao fim.
Algo acontece conosco,
o tempo cai, o corpo aos poucos
segue a lei da entropia
e a vida se vai...
Se vai sem nos dar tempo para refletir.
Não que joguemos tudo para o alto,
mas busquemos mais a felicidade,
talvez seja isso que buscamos.
E quando a morte vem,
nada, absolutamente nada nos deixa levar.
Em um instante nossa alma
deixa nosso corpo...
E nada mais faz sentido.
Hoje, mais um partiu,
uma pessoa que conheci por toda
a minha existência.
É um parente, mais um que partiu...
Ontem dormiu bem,
e hoje seu corpo é só um corpo...
Deita e dorme a eternidade
Chico de Leão.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Decisões


Quando se vive só,
Sentimos viva nossa solidão.
Os átrios vazios da casa,
O telefone mudo...
O único barulho que ouvimos
é o motor da geladeira...
E a noite cai
e o dia vem,

A vida passa,
Não sabemos porque
escolhemos está só,
Talvez foi a vida que escolheu.

E vamos ficando cheios de manias.

A solidão nos impõe manias,
Meditações profundas
chegamos a beira da loucura.

Certas escolhas como a de viver
só, as vezes é o eco da loucura
nos dominando,

Num próximo dia quem sabe
não dominaremos nossas
decisões.

Chuva

A tarde quente se desfez
Quando uma nuvem
Desfiou uma suave chuva...

A dias que não chovia,
A poeira já sobia,
Então nesta tarde
que agradável,
ver a chuva chover.

A tarde ficou mais curta,
mais amena...

Ao vento

Hoje a tarde se revelou mais linda, mesmo estando nublado.
A finitude da vida povoa minhas ideias. Infelizmente penso muito nisto.
Enquanto caminhava recordava a casa de meus avós,
suas imagens, as visitas que lhes fazia. Tudo ali era simples e rústico.
Sem conforto algum... Corpos cansados da luta que é a vida.
Roupas velhas do cotidiano, com cheiro peculiar de seus corpos.
Cansaço e um horizonte próximo.
Vô José levantava, tomava café e sentava na frente da casa. 
Vô Sinhá ainda se mexia, fazia café, comida, mas a limpeza
da casa era feita por Nana ou Lera... Lentamente meus avós
materno foram cedendo suas atividades. A casa foi ficando
escura, mais vazia...
Estas ondas chegam a casa de meus pais
e na minha nem começou... Não tenho filhos ainda...
Mas já sou cheio de manias.
Pequenas coisas na minha tarde se tornaram grande,
ouvi que a vida é como um sonho
quanto mais a queremos, mais ela se vai...
Vejo minha vida com profundidade,
alguns que riam comigo
já dormem...
As vezes nossas esperanças parecem tão tênues.
Por que há pessoas que creem ser imortais?
Vitae breve...
E a tarde nublada foi muito excelente...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Domingo

No domingo sempre acordamos indispostos, pelo menos pessoas normais. Saímos da cama mais tarde... Tomamos um café menos frugal e reservamos o ócio para nós mesmos. A inércia nos domina. Há quem goste de cozinhar, sair para pescar, bater uma bolinha, tomar uma cerveja, ou fazer um churrasco. Domingo é o nosso dia. Domingo é dia de missa, de culto a Deus, há aqueles do contrário que fazem o culto a Dionísio.
Bom, mas tem aqueles que trabalham nos domingos, ou tentam fazer para recuperar o tempo perdido ou para ganhar tempo...
Quanto a mim, já renunciei tantas vezes os domingos e continuo a renunciar... Estudar, corrigir artigo ou escrever um projeto.
Quem dera que o corpo entendesse tudo isso, pena que viva uma inércia. 
As formigas não tem essas coisas trabalham diariamente. Serão as formigas felizes?
Acho que sim, acho que a palavra felicidade é uma palavra que nos trás a reflexão sobre o seu significado... Felicidade; Eu sou feliz? E ai lá se foi nossa felicidade.
As formigas certamente são mais felizes que nós. Pensar nos leva ao ócio...
As abelhas também trabalham nos domingos, os cupins...
Somos mamíferos como vacas que levam o tempo a comer...
Ah, já entendi, há os homens bois que levam o tempo a comer. Opâ, homem boi não é uma boa frase, visto a conotação boi, "xifres"; talvez homens rezes fique melhor.
Há os homens leões, que saem a caça... Há os homens... bem é melhor deixar pra lá.
Que texto machista. E as mulheres...
Bom isto fica para outro domingo.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Tempo para si


É necessário um tempo para si, mesmo que seja um breve momento de contemplação e reflexão.
Contemplar uma paisagem, um jardim, uma flor, uma pintura ou alto que nos traga admiração. Em seguida refletir sobre a beleza, a ordem ou desordem, a combinação de formas e cores ou a arte. Contemplar e refletir é parte de nossas naturezas. No entanto o que fazemos quando o mundo contemporâneo em que vivemos nos arrebata, nos rouba atenção, nos tira o tempo e nos sufoca com tantas informações? Temos a internet e tempos a televisão canais que aparentemente nos revela o mundo. Temos que trabalhar para adquirir conforto, sucesso e tudo que a contemporaneidade nos alicia.
Somos seres que vive para o obter, para o poder consumir, nos sentimos felizes em poder comprar, em poder ir e vir, em poder conhecer de imediato... Coisas que o dinheiro pode comprar. Uma linda casa, equipamentos sofisticados, livros, roupas, sapatos... Imediatamente tempos a sensação de que estamos completos até percebemos que tem algo com mais função ou mais belo...
Na minha infância o desejo de ter, de consumir era o mesmo, queria todos os brinquedos, todos doces e roupas, queria ser o centro das atenções... Não nego isso, tinha em mim todos os desejos que as crianças de hoje tem... Se já existisse Macdonald em Serrinha, claro que eu queria Mac lances feliz...
O fato é que meus pais não tinham como dar o que almejava. Não era não e pronto.
Nosso sítio, era o maior universo que podia ter... Tinham árvores, no inverno ervas, animais e o ócio...
Que fazer com tardes longas, noites escuras? Fins de semana? Ocupava o meu tempo brincando de criar coisas, dissecar flores, girinos, caçar pássaros... A vida era longa. Sair para o mato, sentir o cheiro do mato, sentir a terra quente ou úmida... ou não fazer nada. Chegar para onde estavam os adultos conversar e ouvir as conversas. Ficava feliz em conhecer pessoas desconhecidas com outras histórias...
E a tarde contemplar o belo por do sol ou ouvir a chuva e nela banhar-se.
Mas a vida sempre segue, e apesar de bom, queremos mais. Desejamos poder ajudar nossos queridos com algo, poder presenteá-los e vê-los felizes.
Então imergimos nesta aventura que promete progresso e melhores dias e esquecemos de viver cada dia.
Não que almeje viver o que vivia, mas sei que mesmo naquela vida de privações havia algo de bom
e resgatar por meio de minhas reflexões aquelas coisas boas poderá me fazer bem e completo.
Hoje não nos dominamos, usamos remédios, fazemos terapias... Porque o mundo está muito desregrado, não sabemos dizer não a certas coisas. Um pai não sabe dizer não ao filho nem que seja para o seu bem... Não sabemos dizer não aos nossos desejos.
- Não, hoje não vou a loja.
- Não, hoje não vou a livraria.
- Hoje vou ao parque!
- Hoje não vou entrar no facebook!
- Meu Deus estou sem internet, como vou viver...
- Com o vou saber o que acontece com meus amigos, o que estarão fazendo?

Acho que tínhamos mais tempo para nossos amigos ou para nós mesmos.

Você tem tempo?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mudar

Somos o que somos, mas podemos mudar.
Podemos mudar nossos pontos de vista,
nossas ideias sobre as coisas, nossa maneira
de agir. Mudar não significa ser fraco,
ao contrário significa abri-se para uma nova
perspectiva de vida.
Mudanças muitas vezes são necessárias
para um melhor convívio no mundo.
Aceitar a madeira do outro agir
é ser superior... Poucas coisas podes
fazer para mudar o outro,
se queres  mudar o outro por que não
tentas mudar a se mesmo...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Memórias de Barão

As memórias
Minhas memórias,
Tudo poderia ter sido melhor ou pior...
É certo que as coisas que vivo despertam em mim memórias adormecidas.
Agora mesmo vendo uma aula sobre Urticaceae, lembrei da rua José Martins em Barão Geraldo.
Logo que passamos o colégio objetivo em direção a fazenda, depois que cruza um riacho tem um pé de Boehmeria caudata e mais adiante tem um lugar onde as pessoas costumam por lixo e tem muitas Urera bacifera, sob ciprestes e uma grande Paineira ali é mais fresco. Era por ali que toda tarde passava de bicicleta, ou certas vezes passava pra Unicamp quando dormia na Kit da Ana...
E de que me servem estas memórias...
As vezes acho que são memórias de louco...
Sempre passava ali, classificando as plantas em ordens do APGIII...
Rosales, Malvales, Lamiales, Sapindales, Poales, Caryophylales, Fabales, Malpighiales,
Cucurbitales, Commelinales, Gentianales, Zingiberales, Asterales, Ericales, Dipsacales, Apiales...
Para que? Para que?
Boa tarde seu Antônio...Igrejinha, por do sol...
Malpighiales... que deliciosa Acerola...
O velho do caldo de cana sobre a Paineira... Acho que não vai com a minha cara...
O bar da esquina com música piegas...
Sexta-feira tem pastel do japonês simpático...
Magnoliales, Apiales...
Chego em casa, guardo a bicicleta, lancho e vou para o mundo de sofia... 

Bruma

Sentando na manhã,
o sol nascendo,
espero a bruma,
que vem e acarícia
as flores, e leva embora
folhas soltas.

Leve passa a bruma,
enquanto durmo
e quando acordo,
nem percebi sua passagem,

Bruma suave da manhã,
refrigera minha alma,
traz me a calma,
Que a vida é passageira.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cinzas da noite

A cinza da noite apaga as cores do diz,
O sol já partiu. Na natureza tudo é silêncio...
Suave uma brisa desfia do nascente,
Noite eterna noite...
Meus olhos se fecham e tudo é noite...
Assim é a morte? eterna noite,
Eterno sono profundo...
Hoje dormem pessoas que quando nasci
viviam, pessoa que tinha a lua como luz,
e palavras como conforto e melodia...

Quando a noite cai tudo está tão próximo,
Tudo é tão finito, sem luz, só lua e estrelas.

Quando temos flores, mariposas voam
sob suas asas suaves em busca de néctar,
mas em noites profundas de calor,
até a natureza se dobra diante da noite...

A noite passada, quase não dormi,
só para entender a noite
e sua face oculta, mas nada encontrei...

Noite

A noite eterna solitária
Quando cai a tardinha,
A natureza se recolhe,
As aves se aninham,
Os animais descansam.

A noite eterna solitária,
Sempre calma marca
O fim de mais um dia,
Algumas vezes fecha um ciclo,
outras é um dose desabrochar
um beijo de adolescente.

A noite quando cai enluarada,
toda a natureza pára
e observa a majestade
eterna da noite e da lua...

Os anos caem,
A juventude cai,
mas a noite é eterna,
nós morremos com os nossos corpos,
mas a natureza se recria
noite após noite...

A noite é eterna solitária
por ser eterna...
Por ver gerações contemplarem
e desaparecerem,
como vemos as flores
e nem percebemos
quão quimera são elas...

A noite nos faz dormir,
quiçá eternamente.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Vírus

Meu corpo quente feito chama
Me faz suar. Sinto calor, sinto dor,
Parece que minha alma quer
desencarnar.
Este vírus que me incomoda,
Sei que não me mata,
mas tira todas as minhas vontades.

Sinto um forte calor,
não consigo dormir,
minha garganta e meu nariz
estão incomodados,
minha garganta coça.

Vírus bendito,
viestes não sei de onde,
nem foi como me acometeu,
agora só me resta
paciência e descanso,
logo estarei bom,
logo tu passarás...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A mariposa

Na noite escura, oculta voa a mariposa. Que busca luz ou flores para saciar-se.
Voa, voa com suas leves asas, que batem sem parar. Leves asas que levam
noite adentro ao teu destino. A mariposa que suave voa, já foi pupa encantada,
que sofreu uma grande metamorfose, que se enterrou no solo e certa noite
como uma flor desabrocha, mariposeou.
Saiu de seu casulo bateu assas e voou, toda a noite.
Saiu beijando as flores e seguiu a luz de minha casa.
Lembro que acordei ouvindo o som do bater de suas asas...
Se debatia no escuro, não creio que via.
Acendi a luz e vi aquela linda mariposa
de escamas escuras, dorso veludo,
olhos brilhantes... Ela voou até a luz,
com suas asas leves voava, mas parecia flutuar no ar.
Tomei-a na mão, senti o veludo de de suas pernas,
suas asas descamarem em minhas mãos.
Segurei-a com uma mão, abri a janela.
Como eram belas suas antenas e veludosa sua textura.
Abri a mão e ela voou para o infinito de minha visão,
num instante sumiu na escuridão...
De onde veio e para onde foi aquele ser mágico?
Sabe-se lá...
E o que veio buscar em meu quarto escuro?
Nem chovia...
A noite mais uma vez mostrou-me um pouco de seus mistérios,
o voar da mariposa.

Mulher

Adorada e doce flor,
Sedes tu mulher,
Sedes tu como a terra,
Fecunda e terma,
O mais agraciado
De todos os seres,
Em teu seio é gerado a vida.
Em teu seio fecundo
Foi que fomos gerados,
E em teus braços fomos criados,
Dia e noite nos destes
Tua atenção e o teu carinho,
E é nos teus braços
Que encontramos conforto,
E é no teu seio
Que sentimos amor.
Mulher sedes flor,
Sedes tudo que precisamos,
Sem ti, nada somos,
Senão um ponto final
De nossa existência. 

Clima

O tempo está uma loucura. Depois de muita chuva, agora faz um calor em Brasília que tira todas as energias, triste de nós se não fosse o Lago Paranoá com seu espelho de água. Desde cedo faz calor até muito tarde... Espero que as chuvas voltem logo.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Solidão

E o dia se vai, e a noite se vai...
Resta o silêncio, resta a solidão.
Há lugares que são solitários,
Sinta o sertão com sua imensidão.
As vezes a vida é assim
um desertão,
Quando alguém parte,
deixa saudades e solidão...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Lago ondulando

No fim da tarde ventava,
As águas do lago agitadas
Ondulando, ondulando, ondulando.
O sol foi caindo devagar,
E as águas ondulando,
E uma nuvem em brasa ardendo
E a tarde se desfez majestosa,
E a tarde se desfez augusta.
Os biguás nadavam
E mergulhavam e voavam
Pareciam dançar no lago...
A lua apareceu pálida
e a noite se fez...
Até parece que as chuvas
Partiram, se foram,
Fez tanta luz, tanto calor,
Céu limpo e azul,
vento soprando
e o espelho do lago ondulando...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Tarde de calor

Caiu a tarde quente, nem uma chuva mais apareceu, está tudo secando.
Falta disposição pra fazer qualquer coisa, que preguiça...
É tarde de quarta-feira de cinza, só o que resta do carnaval.
Calor, indisposição e mais nada.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Sertão

O campo dourado de grama madura vasta paisagem.
O vento sopra suave ondula e leva o cheiro maduro da grama
para longe, para além do horizonte.
Riachos secando e aves voando para longe,
o sertão abandonando.
Os pássaros cantam felizes,
e a vida segue suave até um próximo inverno,
agora só restará o verão, solidão e cinzas
e a incerteza e dúvidas, ano que vem haverá chuvas?

O sertão é um mar de solidão.
Céu azul, nu, vazio de nuvens,
de noites escuras e estreladas,
de lua cor de leite...

Que ocupa o campo de grama?
Cinza, poeira e o vazio.
Mais nada. 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Tempos idos


O sol já foi mais belo no amanhecer. Hoje, a vida me ensinou muitas coisas que descoloriram e tiraram o doce de meus sonhos. Descobri a realidade e as outras faces das coisas. São poucas coisas que me despertam interesses. Isto é envelhecer?
Não sei, mas ao mesmo tempo que estou distante de meus entes queridos, criei uma carapaça ou uma forma de mimetisar a vida.
E as pessoas partem, e os mistérios das pessoas são revelados e as coisas perdem a complexidade e seus segredos, só me restam os livros, as músicas e as lembranças alheias que me servem para contar uma história a me convencer de minha história.
O sol já nasceu mais belo...
No carnavais, me assombravam os papangus de Martins. Hoje sei que eram pessoas fantasiadas,
como as datas perderam a graça. Com a partida dos amigos de meus pais, meus avós... Cresci
e as coisas tornaram-se reais.
Já não é doce a bala, continuam perfumadas as flores, sei como se chama as fulanas e ciclanas...
A aurora já foi mais bonita, mais prazerosas feito fins de semana com bolo de ovo.
Hoje, não restam mais nada dos tempos idos, apenas lembranças.
Mais nada.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Outros carnavais

O tempo passa tão depressa
que nossas perspectivas
se apagam junto com nossos sonhos.
É como se fossemos dunas
movidas pelo vento e pelo tempo.
Carnaval, em outros tempos
seguia para onde houvesse folia,
mas hoje, curto mesmo o feriado...
E o tempo passa tão depressa
e leva toda a graça,
toda a juventude,
Toda nossa coragem
e o que fica,
senão a experiência, 
mais nada...

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Aflito

O dia está muito bonito,
não sei porque me sinto aflito.
O sol brilha no céu,
nuvens somem e aparecem
mostrando o azul celeste.
Aves já relaxam o calor do meio dia.
Ainda assim me sinto aflito.
Uma amiga me falava que era frescura,
essas minhas aflições,
mas é uma sensação
de aperto no coração.
Nem o dia bonito,
nem os trabalhos a fazer,
nem os livros para ler,
me tira esta sensação...
Vai passar, antes que me consuma,
vai passar, logo a vida apruma.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Pela manhã.

Caminhando pela manhã depois de uma noite de descanso com a mente relaxada, posso sentir o pulsar de minha vida. Sinto o aroma fresco das ervas, das flores, dos frutos maduros, posso sentir o frescor da brisa da manhã. Eu vejo as cores revelando as formas das coisas. Eu sinto o pulsar de minha vida. Caminhando pela manhã, percebo quão bela é a vida. Pela manhã as abelhas visitam as flores, pessoas iniciam suas atividades e assim segue o dia...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Mesma manhã

Suave cai a manhã e com ela uma brisa corre acariciando as folhas e flores.
Sinto a manhã e a brisa que despertam em boas memórias da infância.
Na infância mal acordava e já tinha que sair andando no frio da manhã
sobre um jegue em busca do córrego em busca d'água e era lindo
ver os primeiros raios do sol desfiando no nascente e dourando o mundo,
se derramando e dando cores ao mundo. O barro poeirento e frio,
o cheiro de estrume seco. O desespero das ancoretas que fazavam
gotas. O acelerar do jegue. A escola logo em seguida. O encontro
com os meninos e os deveres da professora Lenita...
Hoje não mais aquela rotina, menos sonhos, mais realidade,
mas a manhã continua a mesma.  

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Quaresmeira

As quaresmeiras estão tão lindas floridas,
flores rosa e lilás.
Plantas pequenas, árvores enormes,
flores rosa e lilás.
São tão belas e delicadas suas flores,
pétalas, estames...
Enfeitas o mundo, oh quaresmeira...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Caminhar

Caminho com calma, como quem vive e gosta de viver.
Minha trajetória é longa e meu itinerário desconhecido.
Sigo sempre em frente desde o amanhecer ao anoitecer
e as vezes sigo noite adentro. As vezes perco a paciência,
mas a vida se encarrega de me trazer a calma.
Nessa longa caminhada, muitos companheiros seguiram
juntos, mas todos tomaram seus rumos.
E enquanto caminho sempre faço amizade
para não me sentir tão sozinho...
Quantos não chegaram ao seu itinerários,
vô José e vô Chico, vó Sinhá e vó Chica
e alguns amigos camaradas chegaram tão cedo.
A caminhada continua. O tempo tira nossas forças,
mas nos trás experiências...
As vezes penso nisto, não sei por que se só me resta caminhar...
Acho que aprendi com meus medos, melhor esquecer
e caminhar...
São muitos os faróis por onde quero passar
e seguir caminhando até chegar lá. 

Suave manhã

A manhã segue fresca, suave. Sentado, olhando através da janela vejo brisa suave acariciando as folhas de bambus. O solo vermelho úmido fresco abriga folhas secas de bambus e ervas.
Segue manhã sem nada. O mundo que se arrume, eu tenho que fazer minhas coisas, embora roube um pouco de meu tempo para observar a manhã e lembrar de manhãs suaves.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Noite

Noite

Noite escura estrelada.
Calma caiu a noite
escura como um breu.
Toda a profundidade do mundo
ficou tão próxima...
Estrelas no céu
e o que me certa
a noite apagou.
A luz se dissolveu
no escuro da noite.
Mariposas andam
seguindo odores,
morcegos seguindo,
e os gatos com seus
olhos fosforescentes.
Noite, noite, noite.
Em ti tantos encantos.
Luz bruxuleante de lamparina,
amarelo querosene.
Noite e mitos
mais nada.

Palmeiras


Copas pequenas crescem aos céus
feito estrelas verdes ou varas
de condão, caule retinho,
cresce sozinho lá para o céu.

Plantas simpáticas,
de flores amarelas,
são todas belas,

Palmeiras ou coqueiros
assim são chamadas
com folhas usadas
no artesanato
e em tantas coisas...

Palmeiras enfeitam as paisagens,
crescem tão belas.

Coqueiros, pupunhas,
catolés...
São todas tão belas
e brasileiras...

Flor amarela


Anemopaegma de flor amarela,
perfumada e muito bela.

Essa planta crescia
bem ali no meu quintal,

as flores amarelas,
as folhas verde escuro,

Quem diria,
que seria uma Anemopegma,
aquelas flores amarelas,

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O tempo apaga

Silencioso o tempo desbota tudo que existe. Tudo oxida, tudo passa, tudo se acaba. Toda a matéria viva.
Algumas coisas reagem ao tempo, veja a lua, veja o céu e veja o horizonte. Estes parecem ser eternos como o tempo.
Nós somos ínfimos interpretes destes universais.
Hoje somos jovens, amanhã adultos e depois idosos e depois dormiremos e assim a natureza segue ocultando tudo.
Quando volto a casa onde morei que já não é a mesma de muito tempo atrás. Sinto a falta de minhas energias e os meus sonhos, muitas coisas ganharam sentido e realidade e outras perderam sentido e ingenuidade... Nada do que me fazia feliz faz mais, brinquedos e doces... Hoje são marcas do passado.
As flores ganharam nomes e perderam seus mistérios.
O tempo nos leva para o universo de onde viemos o nada. Há quem descreia disso, mas respeito
e respeito a mim mesmo.
Com a vida tudo se fez e ganhou sentido e quando a vida partir
o que restará?
Só o silêncio do tempo, só o céu e a lua e o horizonte.

Na infância guinés e galos cantando e aves e poeira e chuva... Tanta coisa era bela e simples.
Coisas que o tempo e a distância apagaram. Pessoas que dormem e que viraram simples personagem de uma história que a muitos nem chegou a existir.

Mas o tempo vai apagar a tudo que damos sentido só vai restar a vida, o céu, a lua e o horizonte.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Lentamente

Sábado, fim de tarde.
As ruas, os estacionamentos
tudo está tão vazio.
O sol brilha no céu,
seus raios aos poucos
tornam-se tênues
e a tarde vai partindo.
Lentamente,
bem lentamente...

Ecos do passado

Hoje apenas o vento ecoa onde pessoas falavam felizes ou tristes, as matas apagaram os terreiros, chiqueiros e currais, o tempo fez em ruínas as casas, casas de farinha e engenhos; onde havia baixas de cana a seca transformou em árido lugar. O vento que sopra do norte agita os ramos secos das árvores, a velha grande cajaraneira comprova que ali vivia gente. Homens gastando suas forças nas roças, no trato com o mato, em suas roças de milho, feijão, gerimum, melancia, e mandioca. Sob a cajaraneira dormiam cães, galinhas e porcos, quando não se fazia um chiqueiro. Aquelas cajaraneiras fartas de frutos amarelos, acridoces. Nos arredores daquele lugar havia uma faxina que protegia as galinhas das galinhas das raposas e gaviões. Havia ali no baixo cana-caiana e um engenho de onde saiam doces rapaduras, mel e alfinim. Havia casas grandes de farinha de tijolos enormes, coxos e prensas de madeira de onde se extraia a goma e a farinha...
Hoje o que resta? Apenas ruínas e poucas memórias aos poucos as memórias se apagam ou adormecem  na grande passagem da vida.
Já não existem chamas de lamparinas, nem lenha, nem noite de breu...
Hoje a natureza apagou tudo.
Mas ainda carrego na memória a época em que as noites escuras eram iluminadas pela lua e pela lamparina. Época em que as flores mais belas eram as dos jardins.
Carrego na lembrança a alegria do cair das primeiras chuvas, plantar a roça no barro umido, ver a babugem crescendo, córregos escoando a água que sobrava do solo, as sabiás cantando do alto das aroeiras, a planta da mandioca.
Hoje árido torrão de terra que arde o calor do dia... As chuvas e o inverno voltarão, sempre se foram e voltaram como fazia a fauna... Amanhã quando voltarem chuvas será tudo diferente, não haverá mais força física, nem disposição para trabalhar, nem precisão. Nos mudamos, nos perdemos no mundo em busca de outras memórias...
Amanhã não restará nem memórias, ninguém sabe contar as histórias, todos se alienam frente a televisões, desvalorizam os pequenos valores...
Os tempos são outros, a geração é outra...
Que bom que restam estas miseras memórias que logo se apagarão no tempo.
Sem eco, sem tempo, sem nada, nem um romance será, nada mais.  

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Ruínas do tempo

Naquela casa  antiga não havia luz elétrica. As noites eram escuras. Apenas uma lamparina se acendia na sala, a cozinha, os quartos e o banheiro ficavam no escuro. Os sapos a noite saiam de seus buracos e vinham para o esgoto do banheiro ou para o banheiro para se refrescar e respirar melhor com suas peles rugosas.
Um lamparina velha com um pavio de algodão e querosene a queimar uma chama amarela e a soltar uma fumaça escura que se acabava no escuro da sala.
Os homens a contar causo e os meninos a correr ou se entretiam ouvindo as histórias.
Naquela casa antiga, metade taipa e metade alvenaria, com caibros de marmeleiros velhos e linhas de aroeira e telhas sem capricho no fazer abrigou meu avó José e minha avó Sinhá.

Quantos segredos não lhes foram confessados? Quantas coisas ali não foram vividas que o tempo ocultou e consumiu as pessoas e as coisas.

Hoje aquela casa é uma ruína. Aquela casa sempre foi rústica do começo ao fim...
Nela todos se sentiam aconchegados, homens e bichos...

Parece tão antiga, mas é tão jovens se comparado as rochas, e as terras que ali existem desde muito tempo...

O tempo consumiu tudo que parecia tão longo, mas foi curto...

Tempo...

Vô José não sabia que aroeira era Miracrodum urundeuva e isso é tecnologia?

A casa se foi, meu avó se foi...

E a casa e as lembranças e as saudades... tudo isso está em minhas memórias
e tudo isso foi já não é... e o mundo continua.

Meni

A lua é tão bela quando cheia
que revela os mistérios da noite.

Lua cheia que inunda
os vales com luz
espelhada do sol...

Lua singela,
noite bela,

Cantos de aves,
Cantos de grilos,
soa o vento,
canta a chuva...

Noite de lua
sem rua,

sem chuva.

O gado rumina,
sob a noite enluarada,
o cheiro frio das coisas.

Madrugada e dia,

Foi-se a lua,

É dia.

A realidade

O mundo é tão vasto, tão diverso e nos somos tão pequenos diante desta imensidão.
São tantos os mundos num só mundo. Cada vez que vivemos e viajamos
descobrimos um pouquinho mais de sua imensidão...
Coisas sutis como o cair da tarde se tornam pequenos, mas como somos
únicos e peculiares temos o nosso mundo e no nosso mundinho
coisas pequenas como o cair da tarde são tão amplos
e muitas vezes nem percebemos a beleza da vida que está em todos os lugares
até os mais ermos até lá há a realidade.
Realidade das montanhas, da neblina, da chuva, das matas, dos musgos,
das rochas nuas, do vento a agitar as folhas e flores...
Realidade das águas correntes,
Realidades da riqueza e da pobreza...
Coisas que só o mundo,
coisas que só a vida podem realizar.

Coisas que nem percebemos, mas que exitem
como as manhãs de inverno ou de verão
ou tardes de inverno ou de chuva...

As aves que aparecem depois vão para longe e desaparecem,
as lagartas e as borboletas...

Os peixes nadando...

As ondas da praia...

Conheço gente que nunca saiu de onde nasceu...

Quem conhece maior realidade
essa realidade que é o mundo...
Que é a vida...

As vezes a poesia nos fazem sentir isto,
as vezes a música.

E tudo se passa diante de nossos olhos,
sem que percebamos...

A vida passa, nos passamos...

Mas a realidade permanece,

mais nada.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ouro Preto

Ouro Preto que linda terra
cidade sobre as serras.
Ouro preto das ladeiras,
dos antigos casarões.

Ouro Preto das igrejas belas,
onde as nuvens muitas vezes
escondem o Itacolomi.

Ouro Preto da UFOP,
do professor Badini...
Paraíso do João...

Cidade sobre 1500m de altitude,
nunca vi cidade assim,
Cheia de repúblicas,
de estudantes que sobem e descem
as ladeiras...

Cidade de festas e carnaval,
Cidade histórica

Ouro Preto...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Chuva é vida

Choveu em Serrinha. Após quase oito meses sem cair uma gota. Semana passada choveram 80 milímetros. Só que já passou precisão de água sabe o  quanto uma chuva é divina. Primeiro há o drama da seca, os animais passam fome e sede, a água fica muito escassa, a vegetação é reduzida a cinza e pó de verde só se ver palma, a natureza parece dormir. Os carros quando passam levantam a poeira latente nas estradas. Então a chuva é um ato divino que lava e enxuga todos os males da seca. Assim como muitos nordestinos já vivi este problema e compartilhei desta felicidade... Chuvas escassas... Quando a chuva cai temos no dia seguinte tudo modificado. Os troncos cinzas ganham cor, saem da latência. O solo úmido e frio apalpa nossos pés. As aves começam a cantar e em poucos dias a rama das árvores e a babugem no solo tingem de verde a paisagem da caatinga.
Época de chuva é o inverno e a seca o verão...
Vivemos lá porque conhecemos, porque ali nascemos como arbustos adaptados.
Vidas nascem e morrem e o sertão continua o mesmo ad eternum.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cair da tarde

Enquanto a tarde cai,
desfia do céu uma suave chuva.
Então o som da maritaca longe,
o som dos pássaros
e das biqueiras
dão um tom tão agradável.
E a tarde cai suavemente...
Sem vento,
sem calor,
pacientemente cai.

Vazio

O vazio ecoa em minha mente e provoca em mim a sensação de solidão. As vezes sinto que o vazio me deixa contente e as vezes me deixa triste.
Busco encontrar o que nem imagino... o acaso que geri o mundo.
Minha mente é povoada pelas coisas que devo fazer, mas fico procrastinando.
Pensando no vazio... Por que sou assim?
Não sei dizer.
Flore são só uma parte de uma planta. Exuberantes ou não são apenas flores.
Cada coisa tem a sua essência.
Mas o que é uma essência?
Tento responder quem sou e assim quem sabe responderei o que é uma essência...

Manhã pluviosa

Calma e úmida nasce a manhã.
O sol nem apareceu.
O céu está coberta por nuvens chorosas.
As árvores gotejam e parecem
chamar a água condensada nas nuvens.
Verdes gramas, rufus barro úmido.
Caminho pela calçada olhando
o mundo. Eu observo as ervas,
as aves, as árvores e tudo isso
cai no vazio de meus pensamentos.
Não o vento não apareceu,
mas a manhã continua fresca,
doce e suave...
Ah, como é boa a chuva,
Como é bom o inverno
de manhã pluviosas.
E assim vamos atravessando
mais uma estação.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Árido Sertão

Ah, sertão, sertão, sertão...
Fostes vazio, oh, sertão
Sedes quente, sedes árido
mas já sedes vazio.

Sertão, árido sertão,
Quem em ti habita,
são teus filhos,
São teus filhos,
de cor tingida pelo sol.
São tua geração,
de prole vinda de longe,
para te ocupar, o sertão...

Mas a ti árido sertão,
viver não é para os fracos,
é preciso fé,
é preciso ser teu filho,

Só quem ama o cinza
das plantas retorcidas,
só quem ama as plantas armadas,

só quem em ti viveu cada estação,
habita em ti,
habita em ti
Árido sertão

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Saudades

Saudades da rua Felizberto Brolezze onde morei, em Campinas, por quatro adoráveis anos. Aquela rua pacata onde só passava os ônibus 25 e 26 a cada meia hora. Rua em que cumprimentava a vizinhança, a esposa de seu Cláudio que acordava cedo para varrer as folhas da sibipiruna, a senhora enfermeira que chegava do trabalho, a mulher gordinha que saia de moto... Saudades da minha acacia de flores amarelas, da magnólia de flores amarelas e odor doce, dos pássaros que vinham comer a frutas que ofertava sobre o muro, das plantas que nasciam no muro, minha querida Dichorisandra, minha nefrolepsis...
Saudades das calçadas velhas, das murraias, dos ficos da praça, do cachorro quente servido com purê de batata vendidos pelo Mineiro em frente ao ex-superbarão.
Saudades da Unicamp, dos Joões, do Tamashiro, da cabeção... esse povo sumiu ou eu sumi...
Ruas, gente, plantas, gente...
O estilo de Campinas, nem acredito que logo fará um ano que sai de lá... Parece que foi ontem...
Por isso saudades, saudades e saudades.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Viagem ao pensamento

A sala vazia,
o silêncio da manhã...
Aqui há um marasmo,
mas em outros lugares do mundo,
em outros lugares
muitas coisas acontecem.
Coisas boas e coisas ruins.
Enquanto aqui tá frio
e choveu a semana toda,
no nordeste está quente
faz tempo que não chove
a vida segue ardente.
Coisas acontecem além
do nosso redor,
coisas e pessoas muito interessantes
impressionam outras pessoas.
E a vida segue
e o mundo segue
com ou sem nós.
Somos um grão de areia sobre
ou sob a duna...
Nada mais.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Depois da chuva

E a chuva abriu a manhã.
Foi uma chuvinha.
Quase uma neblia
que caia fora de minha
janela.
Acordei, abri a cortina
e vi os pingos pingando.
Dizendo para eu dormir,
dizendo que minha cama
me chamava para seu aconchego.
Mas ai, o trabalho
falou mais alto.
A chuva só passou
a tarde.
Foi uma tarde tão bela.
O lago estava lotado
de pessoas
que aproveitava que a chuva
havia partido.
Gente pescando, gente brincando,
gente se exercitando,
gente namorando...
Como é bom
uma tarde depois da chuva,
depois do trabalho...
E volta-se para casa
feliz aguardando
a noite e suas peripecias.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Minha mente

Posso está longe muito longe, fisicamente longe,
mas a minha mente está sempre presente,
minha mente sempre me mostra um caminho,
neste labirinto que é a vida.
Posso está cansado,
derrotado, triste, vencido,
minha mente contem a essência
de que sou feito.
Minha mente  me mostra que é
a energia que faz tudo gerir...
Energia, suor e trabalho...
Onde quer que eu vá,
ainda que seja muito longe
a natureza se encarrega de me trazer
a realidade...
Minha mente fonte de ideias
berço de significado de minha existência
por mais curta que seja.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Seguir adiante

Hoje olho para trás e o que vejo?
Vejo um passado subjetivo longo,
mas não passa de poucos anos,
Vividos, bem vividos.
Cada dia vivido adocicado de felicidade,
amargurado de tristezas...
Eu vivi tudo intensamente ou não tão intensamente.
Vivi cada momento de minha vida.
Eu fiz de cada momento uma luta,
a qual venho travando cotidianamente,
as vezes abaixo a cabeça, mas é só para
a reflexão...
Tento aprender com os grandes mestres
através de minhas silenciosas leituras...
Sou um eterno lutador
e a vida é minha divina mestra.
Temo muito a morte,
como temo a morte,
porque temo a dor,
e a morte sempre é sinônimo de dor,
de partida...
Por isso mesmo odeio despedidas,
ainda mais aquelas eternas...
E faço de cada momento
um raio de esperança...
O tempo marca minha face,
meu corpo, mas mesmo assim
sigo feliz ou triste.
Leio o que acho que me faz bem
e o que acham que devo saber...
Seguir a vida adiante,
sempre...
A vida é uma luta perdida,
mas é assim mesmo uma 
dádiva do existir, do ser
e mais nada.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Peltophorum

Não vejo mais os grandes guapuruvus de Campinas
nas praças, nas ruas ou parques.
Quando vejo é um ou outro perdido, mirrado...
Saudades dos grandes guapuruvus de Campinas.
Também nem época de guapuruvu florir.
É sim época dos majestosos Peltophorum
que floriam ali do lado da moradia,
em frente ao ex-superbarão...
Mudei, se fui... Hoje nada de volta de bicicleta.
Nem seu Antônio curtindo o resto de tarde.
Brasília dos grandes Peltophorum.
Estão todos floridos
nas praças, nas ruas,
nos canteiros das empresas.
De longe vemos copas brasileiras,
copas amarelas, lindas.
da vontade de viver pra ver
tanta beleza, de manhã e a tarde,
nesses dias reinam singelas
árvores em Brasília
de horizontes largos
e flora bela...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O Sol

O sol nasceu, parecia rir.
Sua luz jubilar
inundou toda a terra,
os vales, os campos,
os mares e montanhas.
Se fazia calor ou frio não sei.
Só sei que o sol
quando apareceu
revelou todas as formas,
todas as cores,
e me fez conhecer
a vida e a matéria.
Não sei qual era a estação,
mas quando o sol nasceu,
foi coroado pela aurora,
que tingiu de um vermelho
augusto todo o céu para que
seu nascimento
fosse um evento.
A noite se afastou
a noite apagou
as estrelas e a lua,
e o sol reinou até o ocaso
e depois se cobriu
com o manto de Nix,
e assim o fez
por todas as gerações,
já vivas
e ainda se revela supremo,
e se revelará
por todos os tempos.
Amo o sol,
fonte geradora de toda a vida,
Amo as águas,
e tudo que me faz ser quem sou,
um ser que busca felicidade,
mais nada.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Primeiro dia de 2013

A noite de ontem
Na noite de ontem ainda era 2012,
na noite de ontem haviam 364
dias, quase um ano passado,
mas na manhã de hoje,
todo 2012 é passado.
Na manhã de hoje se inicia
2013.
Antigamente, nossa, tinha tantas esperanças.
Tantas esperanças...
O primeiro dia de aulas,
os problemas não eram meus
eram de meus pais...
Esperávamos as chuvas,
a babugem crescer,
as cebolas-brabas
cresciam e floresciam nos campos limpos.
Ontem tinha memorias do ano velho,
continuo tendo memorias velhas...
As memórias são sempre passado.
Bem já que é assim devemos cultivar
as boas memórias e deletar as ruins.
Devemos ser como o primeiro dia do ano
impares.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Ano, estações e vida

Estações.

Fim de ano,
agora é verão,
sol quente, chuva forte.
Agora é verão.
Dezembro, último mês do ano.
Ano que parece longo,
mas passou tão rápido.
Penúltimo dia!
Nossa alma se enche de emoção.
Vitórias ou derrotas logo mais serão superadas,
após a meia noite de depois de amanhã,
recomeçamos tudo novamente...
Logo passará o verão,
virá o outono, a primavera
e o inverno.
No ano quantas coisas não acontecem,
quantos se vão, quantos não nascem.
Precisamos de esperança e fé,
para superar as adversidades
da vida 
e cultivar diversas belezas.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NATAL

Noite de NATAL.
Ruas escuras!
Garotos soltando bombas,
pisca-pisca,
perniu e peru...
Noite de natal,
luzes coloridas,
Pena Branca...
Noite de natal
de 2012.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Espelho do lago

Hoje a tarde estava tão quente.
O sol brilhava intensamente.
As águas do lago estavam calmas,
paradas.
As águas do lago formavam
um espelho de tão parada.
O céu estava azul.
As plantas não estavam floridas,
estavam verdes.
Nada aconteceu demais,
foi uma tarde agradável,
foi uma tarde excelente,
tarde de sol.
A noite caiu limpa
e escura.
Estrelas brilhavam
no céu.
Estrelas de natal,
noite de natal...
Os últimos dias do ano
se desfazem,
desfecham...
E lá se foi mais uma tarde,
uma noite de dezembro,
de minha vida...
Ao menos vi mais uma vez
o lago espelhado,
mais nada.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Monotonia

As ruas ficam vazias
nos feriados e fins de semana.
Nada passa, nem mesmo um vento...
O tempo passa,
e tinge de cinza
tudo que há na vista...
O tempo se encarrega de apagar tudo.
Ruas vazias...
Que são as ruas sem as pessoas,
que são as pessoas
sem os dias?
Talvez tudo se esvazia
a vida vira uma monotonia...

sábado, 15 de dezembro de 2012

A natureza

Nunca pensei, não gosto muito de pensar. 
A vida toma de conta do meu ser.
Pensar!
Vivi sempre o mundo,
as coisas, as plantas floridas ou não,
as rochas, os objetos e a arte neles impressa!

Pensar, quem pensa quando apenas vive...

Viver o presente, sentir as coisas...
Sentir o calor ou o frio de cada lugar,
olhar o capricho da natureza
e de admirar.
Se admirar com a beleza da flor,
com a leveza e a beleza da borboleta
e do beija-flor
que cultiva as flores
por um pouco de mel.

A natureza é tão perfeita.
A vida é tão cruel
e nós imersos na vida,
imitamos a natureza
na pela beleza,
e nos apegamos
ao belo artificial
e destruímos o real pelo
artificial...

Tigres enjaulados.

Nossos filhos,
nossos netos,
quem sabe só reconhecerão
a natureza e sua beleza através de imagens,
nada real...

Casa, carro, rio seco,
mata devastada...
Soja, gado, mais nada.

Não gosto de pensar,
pois quando penso em nosso futuro,
penso que tudo que vivi
e existiu não existirá mais.

Cadê o preá? Cadê as lendas de onça em Serrinha dos Pintos,
o velho alto do Barroso, devorado por uma onça...

Mitos, nem nos trazem mais risos.

O meu mundo era tão pequeno,
mas tão grande, cheio de imaginação...

Desvendei o mundo real
e descobri a realidade...

A arte humana que humaniza,
A técnica humana que desumaniza,
desnaturaliza...

Pensar!

Gosto de comer livros,
e nem isso posso fazer,
tenho que tentar ser o melhor,
mas ser o melhor não significa nada,
não diz nada...

E enquanto isso, ficamos mais glutões
e natureza mais estiolada.



Cada segundo

Como o mundo mudou! ou serei que estou ficando velho?
Adoro caminhar na beira do lago Paranoá. Quase todas as tardes estou eu lá malhando na academia que meu amigo insiste que não é academia. Adoro sair para caminhar e ver as águas do lago, as aves voando, um ou outro avião, ver as pessoas pescando, as vezes noivas sendo fotografadas
e muitas crianças. Elas, as crianças são tão felizes! tempo melhor na vida não há, usam todos os equipamentos da academia, pulam, correm... E o mais interessante! As crianças, as vezes com dois anos não podem ver uma câmera que já fazem pose! Meu Deus sou um bicho do mato! Quando tinha 6 anos tirei minha primeira foto e foi um evento em minha vida! tive que tomar banho, vestir a roupinha que minha madrinha me deu! E hoje as crianças posam rindo, fazendo pose e tudo mais.
Fico me acabando de rir por dentro... Como o tempo muda, como as gerações mudaram em pouco tempo!
Ainda bem que tem o lago para caminhar e pensar na vida, ver quantas coisas acontecem
sob o nosso nariz.
O mundo mudou mesmo e estou ficando velho,
apesar de tudo a vida vale a pena a cada segundo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

12-12-2012

O tempo faz curvas
como o vento.
O vento passa
como o tempo,
mas o vento acaricia
as coisas e o tempo
desgasta as coisas.
O tempo passa sem parar,
a vida é consumida
a todo instante pelo tempo.
Hoje dia 12-12-2012,
quanto tempo passou,
quando tempo passou
e quem eu sou?
Ah, a vida é um grande
aprendizado,
mais nada!

domingo, 9 de dezembro de 2012

Divino

O que nos prova a existência do divino?
Acho que o céu azul,
a chuva chovendo,
o vento ventando,
as flores cheias de cores desabrochando,
as flores florindo,
o rio correndo,
as aves cantando,
estrelas brilhando,
a vinda surgindo e partindo...
Tudo prova a existência
do divino...
Mesmo que tentem dar outro nome,
tudo é tão belo para
surgir do acaso e do tempo...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Pedro nasceu

Dias de felicidade!
Hoje nasceu mais um ser,
hoje Pedro aqui veio viver,
Veio pra uma família feliz e unida,
em ceia de natal reunida,
vamos celebrar sua vida,
A muito que esperávamos sua vinda.
E hoje quando nasceu,
quando tudo correu em paz,
Aleluia, aleluia,
que seja bem vindo a vida.
Papai e mamãe são novamente avós,
nós os tios, somos novamente tios.
Felizes.
De certo hoje é um dia
pleno de felicidade e alegria
em nossa vida,
por isso essa pequena poesia.

Seja bem vindo Pedro
a vida e ao seio de nossa família.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Céu, amanhã

Um céu mudando de cor,
um céu que foi azul
agora escurece.
As vezes somos como céu
estamos vivos e estamos radiantes
e azul...
E há momentos
que nos escondemos nas sombras
mais profundas de nosso ser.
Uma música pode nos fazer feliz,
uma lembrança...
Mas quando ficamos sós
como encontrar
esses veios de felicidade?
Então escurecemos
sob a noite
ou sob a chuva...
Ah, mas como o céu azul
sempre aparece,
temos ainda uma esperança
no amanhã.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Tarde de domingo

Domingo,
A tarde vai caindo devagar.
Que tarde fagueira!
Paro, deito, penso no passado,
penso no futuro,
penso na família,
penso nos amigos,
quase ninguém lembra de mim,
mas eu penso em todos eles...
Embora tenha muitas coisas
com que me ocupar,
mas caio no ócio,
e penso,
penso,
penso que há tanta gente por ai
como eu no ócio,
pensando no que fez e no que vai fazer.
Há pessoas deitadas que não podem levantar...

A parte isso a tarde continua caindo.
Agora mesmo desfia do céu 
uma leve neblina,
o chão quente libera um cheiro
de chuva...
Causou-me surpresa saber
que esse cheiro de chuva
é na verdade cheiro de um fungo...
Pra mim vai ser sempre cheiro de chuva.
A verdade as vezes soa mal...
Prefiro mitos muitas vezes.
E a tarde se vai,
e a vida se vai,
e eu procurando
saber quem eu sou,
quem eu fui...
Tanta coisa se passa em minha cabeça
numa tarde vagabunda
de domingo...

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Viver

Viver,
A vida se passa cotidianamente.
Horas sucedendo horas, dias sucedendo dias.
A vida se passa rotineira mente,
do nascer do sol ao luar,
o crepúsculo matinal, aurora,
ao crepúsculo terminal.
A vida se passa a cada estação,
a vida se renova através da paixão, do amor.
A vida se renova através de cada flor.
A vida e o seu sentido é como uma longa
corrente em quem na sucessão de avó para pai,
de pai para filho, os fatos caem
no esquecimento, mas o saber
vai crescendo a cada geração...
A vida vale tanta coisa
e tudo que nela ocorre
são elos que compõem
sua corrente,
viver é tudo,
morrer nada.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Lua

Noite escura noite,
Noite de lua cheia...
mas cadê a lua?
Não apareceu na rua.
Ah, lua cheia,
ah, vida cheia...
Não faço tudo,
não faço nada.
Sou o que faço,
quase sempre nada.
Como a lua tenho
fazes...
Hoje a lua está
cheia,
mas parece escura.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Na noite

E  quando a noite chegar
quero descansar...
Vejo meu tempo passar,
e não vivo para mim,
não vivo um viver,
vivo em função de objetivos....
Ah, quero descansar a noite,
quero ler, quero dormir...
mais nada.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Crepúsculo

É tarde finda.
O sol já sumiu,
mas ainda  vejo sua luz.
Ainda posso ver sua luz
encarnada.
Vejo de minha janela,
nuvens tingidas de encarnadas,
acesas feito brasa.
Brasa de um dia longo
que se apaga.
Se apaga a luz,
se apaga o calor,
nem chuva,
nem luz...
Os fatos do dia
estão consumados
e o dia apagado.
Só resta a luz embrasada
que vai apagando,
lentamente,
feito brasa,
mais nada.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A chuva

É tarde,
a chuva chove sem parar,
chove forte,
chove vinda do poente.
A chuva chovendo canta,
é um canto tão doce
que até as aves calam
só para ouvir
a chuva cantar...
O vento que acompanha
a chuva não apareceu...
Ainda bem!
A chuva chove
e deixa esta tarde de segunda
mais viva,
mais feliz...
Tão doce quanto flore de jasmim.

domingo, 25 de novembro de 2012

O dia passou

E o dia passou
e a noite chegou,
e se passou mais um dia
na vida.
E neste dia me senti tão só.
Feliz? talvez ou não.
Domingo...
Tudo se passou como sempre se passa,
os lugares são outros,
as pessoas, os hábitos...
O dia passou...

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Caos

As vezes me sinto atribulado, amedrontado.
Mas de que me adianta estes sentimentos?
O medo é inerente ao ser humano,
então só poderei ser mais ou menos medroso.
As vezes parece até que perdi as esperanças,
ainda bem que os humores mudam,
ainda bem que as coisas acontecem
e a vida continua de qualquer forma
então pra que se atribular e temer?

O lago


O lago no fim da tarde estava tão tranquilo
que suas águas pareciam um imenso espelho.
Não vemos nada no seu fundo,
mas o peixes ali nada.
Em suas bordas pessoas
caminham,
em suas bordas aves e homens
pescam.
A luz do sol se vai
e o escuro da noite
cobre com seu 
mando escuro e frio
as águas do lago...
As luzes são refletidas
nas águas do lago
e se foi mais um dia
em que guardei em mim
um pouco do lago
um pouco do nada.

A chuva

A chuva chegou
na tarde,
levou o calor,
levou o sol
e trouxe tanta coisa,
trouxe o som
dos pingos,
o som das águas,
trouxe alegria.
A chuva chovia 
na tarde.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A tarde

É tarde quase noite
o céu nublado
e o sol já partiu.
Tudo é silêncio,
nem mesmo uma coruja canta.
A natureza toda se recolheu.
Mas para nós, seres humanos,
estamos condenados a trabalhar,
a estudar, a produzir...
Queria ler um livro,
mas quem disse que posso,
pois tenho que estudar,
sabe lá pra que!
Fazer o que gosta no lugar que gosta?
Queria agora ouvir o canto do bacurau.
Bem, mais uma tarde vai passar,
outras seguirão pela eternidade,
mas qualquer dia posso dormir
e as tardes continuarão.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Estações

As flores desabrocham belas e perfumadas.
Flores de flamboiã, de baru, de sesbania,
de ipomoea...
Plântulas crescem do chão.
Depois da chuva a poeira apaga
e a lama tinge as calçadas...
É época de chuva,
é época de ver a chuva cair,
pela manhã, a tarde toda
ou ouvir a  noite...
Flores, mais tarde frutos,
mas tarde sementes,
verão e chuva,
como um rio segue o curso
as estações seguem
suas situações.

domingo, 18 de novembro de 2012

A natureza

A natureza é tão maravilhosa e bela.
Como é bom poder observá-la
e senti-la. Perceber que fazemos
parte dela.
O céu azul ensolarado,
a chuva, o dia e a noite.
Os animais e as plantas,
as rochas...
E nós que damos um sentido
além da existência.
Criamos tantas coisas
para dar mais significado a vida
que é natureza...
Somos um cosmo
indecifrável
como a natureza que até pode
ser descrita,
mas nunca completamente desvendada.
A natureza se diluí e se dissolve
em energia
e mais nada.

Esperança


A vida sem esperança é uma agonia.
Como seria acordar e não espera
que algo bom aconteça.
Como seria olhar para o futuro
e não ter  o mínimo de esperança?
Desde o nascer ao por do sol,
temos que ter esperanças.
Esperança de tempos melhores.
A esperança e os sinais de que tudo pode ficar
melhor nos faz sentirmos felizes.
Algumas pessoas cultivam grandes esperanças
enquanto outras são modestas. Que assim seja.
Já não basta a vida ser curta, já não basta
muitas vezes vivermos infelizes e com medo...
Se a esperança foi a única coisa que sobrou
da caixa de pandora e se é a única coisa que temos,
então que tenhamos esperança. Porque a vida é breve. Porque a vida é breve. Porque ao vivermos, vemos as nossas histórias e percebemos as histórias dos outros.
Sem esperança, tudo seria mais sofrimento.

sábado, 17 de novembro de 2012

Quase meia noite

É noite,
noite de sábado.
Tudo é silêncio,
tudo é escuro.
O eco do  mundo,
o silêncio surdo da noite.
O vazio em meus pensamentos.
O tempo...o presente,
memórias do passado,
perspectivas do futuro...
O silêncio solitário da noite.
O vento passa,
a vida passa,
mais nada.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O silêncio

Silêncio
http://www.youtube.com/watch?v=39DNaNAMKAU

O silêncio nos incomoda, pois quando nascemos o silêncio é quebrado.
E por muito tempo o silêncio fica adormecido dentro de nós,
mas ele aos poucos vai revivendo dentro de nós.
E vai nos revelando sobre a vida...
Até que toma conta de nós completamente,
até que somos esquecidos...
E o silêncio reina completamente.

Partida

Pessoas morrem todos os dias. Mas quando são pessoas muito próximas, de quem gostamos, sentimos uma grande perca. No decorrer da idade, quando nos tornamos adultos percebemos que os adultos de nossa infância se tornaram idosos e aos poucos partem. E na idade adulta passamos a entender mais a vida. Celebramos os nascimentos de nossos filhos e choramos a morte de nossos entes queridos. A morte é um mistério indecifrável. Hoje que vejo os amigos dos meus pais partindo, vejo o lugar onde parti diferente, habitado por pessoas que não conheço, sinto que parte de mim também está sumindo. Restam pedras, vegetação e memórias. Elita e Joazinho de Licor sempre foram parte da família, mesmo não sendo do mesmo sangue. Eles nos viram crescer naquele sítio de cajus e areia branca. Conhecia-os desde que me entendo por gente, sempre percebi um clima de forte amizade entre eles e meus pais. Desde que sai de casa em 2000 sempre que voltava para visitar meus pais, recebia a gratificante visita do casal. Este casal que sempre desejou tudo de bom para nós. Agora partiram ambos. Primeiro foi Joaozinho e ontem Elita adormeceu eternamente... Que vá em paz. Amém...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A gente cresce

A gente cresce.
Chega o dia que a gente cresce.
Chega o dia que partimos e temos que deixar
tudo para trás e recomeçar a vida.
Vi muito os filhos serem separados dos pais
para tentar a vida lá fora...
Senti isso na carne meus irmãos
como cipselas partindo do capítulo,
primeiro foi um, e foi seguindo,
fui o último a partir
e hoje vejo pessoas partindo.
É doloroso recomeçar.
Mas é bom quando se quer recomeçar
e trás consigo esperança,
a esperança de que tudo vai melhorar.
Tomamos em nossas mãos a
propriedade de nossas vidas.
A gente cresce e nem percebe.
E a vida passa.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Silenciosa

Silenciosa chega a manhã.
Chove devagar,
ou melhor neblina.
Pingos, gotas caem 
das folhas.
As flores estão banhadas.
Do céu cinza pinga,
pingos suaves,
que banham a manhã,
está linda manhã
que antecede o feriado.
E a vida continua
silenciosa.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cotidiano

Após o dia,
após mais um dia,
uns dormem, outros se divertem,
alguns nasceram e outros morreram.
E a história continuará seu desfecho.
O nosso cotidiano
as vezes parece tão medíocre,
mas é nele que temos que apegar,
pois é só ele que temos...
Tudo que temos
se passa no instante presente,
o eterno vir a ser.
Tudo que temos
não nos pertence,
pois nos é apenas emprestado,
nossa infância,
nossa juventude,
nossas forças,
nossas saúde,
temos, mas não sabemos até quando...
Felizes os que nascem e crescem
na graça de ter uma família,
casa e um cotidiano besta.
Porque quem não o teve,
adoraria ter,
para ser feliz.

domingo, 11 de novembro de 2012

A vida

Moiras=deusas que traçam o fio do destino

Que viver é uma arte, todos já sabemos.
Saber viver feliz é o que cultivamos diariamente.
No entanto não é possível ser sempre feliz. 
Aprender a viver bem é muito difícil, 
pois a vida tem seus labirintos, 
faces ocultas que não sabemos
como contornaremos
ou encararemos.
A vida se revela de forma diferente cada pessoas,
embora tenhamos experiências que nos norteie. 
O desfecho de cada história toma um rumo que lhe convém, 
muito embora possamos imaginar o que pode acontecer, 
mas não sabemos o que vai acontecer.

Fernando pessoa no seu maravilhoso poema TABACARIA,
cunhou uma frase maravilhosa.


"Sempre o impossível tão estúpido como o real".

É nesta frase que muitas vezes tento me apoiar diante das dificuldades:

"Sempre o impossível tão estúpido como o real".

Porque na vida muitas coisas não tem explicação.

E a sorte pode acontecer!


sábado, 10 de novembro de 2012

Após a noite

Após uma noite de chuva
o sol sempre aparece.
E quanto mais cedo ele surge,
mais viva parecem as ervas.
O solo perde a umidade.
Flores desabrocham tão plenas.
Quantos milhões de anos
isto já não aconteceu...
Mas fomos nós que demos
sentido aos dias
que se sucedem noites de chuva.
A vida é tão curta
para não curtir
os dias após a chuva.
A vida é tão curta,
embora muitas vezes
os momentos possam parecer
eternos ou ínfimos.

Ah, como é bom poder
ver, ouvir, sentir
a presença de um dia
após uma noite de chuva.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Chuva de inverno

Após chover a poeira apaga,
as sementes germinam,
os arbustos se vestem de folhas.
Após a chuva tudo fica verde,
e limpo e vivo.
Tanajura a voar,
sapo a coachar,
e os meninos a correr.
A vida a se refazer
e desfazer...
Tudo segue o movimento,
o tempo...
Chuva de inverno.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Noite de chuva

Quando é noite e chove, 
os pingos das goteiras
se quebram no chão
e ecoam em nossa alma.
Os pingos da chuva noturna,
não são transparentes,
são escuros e não são
silenciosos, cantam
para nossas almas.
A chuva tem o poder
de nos fazer adormecer.
Pingos caídos do céu escuro,
pingos de água fria, gelada
que caem e cantam e escorrem.
Pingos que inibem o cheiro noturno das flores brancas,
que faz as pessoas dormirem em paz,
que esfriam a noite de verão...
Quando é noite de chuva,
ah, minha cama cai como uma luva,
Durmo bem e feliz.

Estação


Após a chuva,
quando as nuvens
partem e o sol
aparece a vida
parece tão enérgica e plena.
Folhas verde viçosas
abre e se enxugam
a luz do sol.
Formigas caminham entorno do buraco.
O céu azul,
crianças alegres,
e o lago calmo, calmo.
A tarde cai deliciosa
e a vida passa alegre.
São sinais de mais uma
estação...

Manhã de chuva


A manhã de chuva é tão deliciosa.
O sol nem apareceu, os pingos 
desprendem das folhas e das flores,
o solo úmido é tão cheiroso.
As aves cantam e calam 
despreocupada com o dia.
No meu quarto, demoro
a levantar, os livros que me cercam
me chamam pra leitura,
o chá quente,
o som dos pingos da chuva.
Suave se torna o dia,
a vida parece uma poesia,
numa doce manhã de chuva.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A mesma noite

A noite caiu nublada,
as estrelas não apareceram.
Só o escuro, a ausência
da face do sol.
A noite veio convidativa para
deitar e dormir...
Fresca e silenciosa.
Mas a vida moderna,
as luzes, a internet
e tantas coisas
para fazer,
por que se render a noite?
Sei lá, meus antepassados
o faziam
e vivam tão felizes...
As noites são as mesmas,
mas as pessoas e os hábitos
são completamente diferentes.
Chegará o dia
que seremos como
nossos antepassados
e a noite continuará a mesma.


domingo, 4 de novembro de 2012

Está de volta

Voltar a casa tão vivida,
tão amada. Rever as ruas,
as árvores as pessoas,
as construções...
Voltar a casa.
Despertar saudades,
despertar vida adormecida.
Ver as coisas
em seus lugares,
os lugares de bons
acontecidos,
momentos  maravilhosos vividos...
reviver... rememorar.
Como é bom está de volta.
Ouvir a voz e o rizo amigo,
ver as plantas queridas.
Queria voltar,
mas a vida segue seu curso,
mas a vida não dá uma
segunda chance, pois o preço
é muito caro.
A sensação de está de volta é tão
maravilhosa,
tão boa...
Estou feliz.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

São Paulo

O dia nublado e frio
é típical da capital,
típico de São Paulo.
Cidade de muita riqueza,
mas também cidade
de favelas, ruas, construções
tristes, cinzas e sujas.
Cidade onde o trânsito pára,
onde seus passageiros
são conduzido feito gado,
não se pode sequer falar,
não se pode respirar...
Uns de pé e outros
sentados...
Não se respeita
idosos ou crianças...
Quanta distância
a percorrer...
Esperar e viver,
E se cansar, não se pode
falar
aqui é a cidade mais rica,
e daí...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Aniversário

Hoje é meu aniversário...
Os aniversários as vezes são momentos de pura reflexão.
Há quem fique feliz e quem fique triste.
Acho que estou no meio termo.
Ontem tinha 32 e hoje 33 anos...
E assim segue vida a fora,
mas com uma diferença,
com os anos, quem amamos
muitas vezes não está mais ao nossos lados.
Nossos avós, as vezes nossos pais...
O tempo e a distância se encarregam
desta separação.
Alguns partiram para outro mundo,
outro tem suas vidas.
Portanto, nem sempre teremos
quem amamos ou gostamos
ao nosso lado...
Nos aniversários...
Refletimos a realidade da vida.
Por isso é sempre bom
celebrar a vida, a saúde
o amor e as vitórias,
porque sempre
caminhamos para o fim,
sem fé ou esperança
a vida é um mar de trevas e solidão.
Viver esse dia tão belo,
dia de completude,
significativo para nós
é chegar abraçar a sabedoria,
porque tudo passa.

Chuva

 A Chuva é plena, Ela nos envolve, nos aconchega, Ela é tão plena que toda a natureza se recolhe para contempla-la As aves se calam pa...

Gogh

Gogh