quinta-feira, 10 de março de 2011

Extra

Contemplo o mundo fora de mim,
a natureza cheia de beleza,
me vejo fora da natureza,
me vejo no meu mundo subjetivo assim,

o sol a brilhar, o céu azul,
as nuvens brancas,
as plantas verdes,
fungos, flores,
tijolos, prédios
e construções,

Todo o mundo fora de mim
e minha vida assim,
intenso brilha o sol,
espatodeas vermelhas,
verdes flores,

o mundo fora de mim,
o mundo caos do mundo,
e no meu mundo,
extrapolo pra sugar o mundo
além de mim,
é assim meu mundo,
é assim o mundo.

Matéria

Sei que a matéria fica,
sim ela fica, e nos
passageiros que somos
quantas vezes nos iludimos,
somos frutos de nosso tempo
e nosso tempo tem vencimento,
e a natureza selvagem continua
a rua é renovada, e o meu novo
é antigo, e o meu abrigo com o tempo
perde a tinta, cria mofo,
a nossa pele ganha rugas,
os cabelos tingem de branco,
ontem na catedral da Sé
tiramos fotos,
vi a magestade daquele templo
e a eternidade das pedras de sua fundação,
olhei para sua frente e vi
as palmeiras reais que parecem
estarem no fim da vida,
percebi a beleza das tipuanas
cobertas de microgramas,
as tipuanas adultas parecem que logo partirão,
quantas pessoas não as veem,
o que elas já não viram,
e logo essas plantas partirão,
e quantos de nos partiremos,
a praça pode ganhar uma nova cara,
mas a catedral vai está sempre lá,
então pensando como somos passageiros,
tal qual um formigueiro,
as vidas não fazem a mínima diferença
a catedral, no futuro o que restará?
o tempo e a matéria.

Algo em mim sorri

Algo sorri em mim,
apesar de sentir
e ver no próprio corpo
as marcas do tempo,
sinto que nem sempre
me sinto plenamente descansado,
vejo as marcas na pele e a falta
de pelos em minha cabeça,
quando vejo o calendário,
me acho centenário,
mesmo assim
algo sorri em mim,
é um riso tímido,
mas doce, um riso que diz
quanto já vivi,
quanto superei,
e esse riso vai se tornando
gargalhada quando tomo conta
o quanto sou ignorante e o quanto tenho para aprender,
ai vem uma intensa sede de ler, aprender e viver,
ah, viver quanto mais melhor
assim será um riso pleno,
um riso de contentamento,
que transforma em mim
o emocional em racional.
Há dias acordo e vem a minha mente,
a luz clara, da terra molhada,
e a babugem nascendo,
as plantas rebrotando,
o mundo claro, limpado
pela chuva,
que lava a poeira,
nesse momento sinto saudades,
do tempo que era
oculto, mas era,
então meu riso fica tímido,
penso o quanto caminhei,
e onde cheguei, e meu riso cala,
já não vejo as terras abrejadas,
não vejo a mata floridas,
intensamente odoriferas,
a terrinha de meu pai,
vejo que tudo se vai,
a vida,
e faço da minha realidade vivida,
breve poesia,
e enche meu peito de alegria,
e algo dentro de mim sorri,
esse riso peculiar,
que me faz viajar,
voltar para o meu mundo,
imagino um dia
poder voltar,
e encontrar a casinha
do meio da terra de papai
erguida, varrida,
limpinha, com um panela de feijão e torcinho,
e arroz, e eu na minha infância,
meus pais, irmãos,
queria sonhar e nunca mais acordar,
sabe lá,
Não sabia que a vida era complicada,
que a vida sempre segue pra frente,
e algo em mim sorri,
me leva além daqui,
e para onde irei,
bem não sei,
mas sempre levarei,
meu mundo internamente,
dentro de mim.
Algo em mim sorri.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Carnaval

No carnaval houve quebra pau?
houve muita dança, fui uma festança,
houve muito calor,
desejo e forte amor,
foi muito intensa a cor,
muita pele nua na rua,
morenas, claras, brancas,
de diversas faces,
mascaras, afinal
quem é quem no carnaval?
Toca uma marchinha
aquela bandinha,
e segue as pessoas jogando farinha,
eita que festa é o carnaval
que festa carnal,
avante baco, dionizo,
embreaga
esse povo, essa gente,
que vive muitas vezes
na ilusão das cores,
das danças
da vida,
é carnaval e ainda tem todo o ano,
pra sofrer
então vamos viver o carnaval.

Pensar o pensar

As vezes tento não pensar em nada, mas não consigo, de qualquer forma estou sempre pensando. Olho para o céu vejo escuro estrelado, a luz difusa, vez por outra uma brisa é soprada do pente. Então penso no meu pensar, penso no meu existir e nada me inspira não consigo pensar em algo cosmológico sim tudo permanece caótico em minha mente, tento ordenar minhas ideias, canalizar as informações que trazem meus sentidos, vez por outra vejo o brilho de minha mente, mas tão logo se apaga, penso em sistemática, filosofia, história e me enfado. Não consigo não pensar em nada, estou sempre pensando, sou um ser pensante.

terça-feira, 8 de março de 2011

Ser

Oras sinto-me pleno oras sinto-me vazio.
A plenitude se encontra na consciência do saber.
O vazio se encontra na consciência da existência da morte.
Há dias que acordo pleno como o sol,
e há dias que o frio da chuva e do nublado
negam minha existência.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Feriado

A chuva já cai a mais de uma semana,
não é chuvona, é chuvinha fininha,
neblina, mas o tempo mudou, agora
refrescou, deixou as árvores mais verdes,
as briófitas e pteridóficas mais viçosas,
até os basidiomicetos e ascomicetos
apareceram, o sol sumiu, acho que
saiu de férias.
A noite se vai,
o carnaval se vai,
só sobrará o resto do ano.

Carnaval

O que se pode esperar de um carnaval? Diversão, folia, pula-pula, bebedeira, sexo e drogas, mas todo mundo gosta disso? Não nem todo mundo é adepto da euforia do carnaval, algumas pessoas usam apenas o feriado para viajar, relaxar e descansar. Nunca fui uma pessoa que gostasse de carnaval, bem na infância ficava apavorado com medo dos pagangus pessoas que se mascaravam e saiam para amedrontar e bater nas pessoas, os pagangus eram muito comuns na cidade vizinha da minha cidade, nunca fui adepto e durante este período lembro feliz que fazíamos mascaras com meus amigos pra sair pelas ruas, nada de assustador só mágico para nos crianças. Mais tarde quando me tornei adolescente passei a ignorar completamente os movimentos, certo carnaval, eu e meus amigos juntos fizemos um carnaval no mato ou melhor saímos para acampar, aquele foi um dos melhores carnavais que vivi. Quando vaio a adolescência então entrei para a igreja e fui participar de um grupo de jovem o "Me chamaste" a partir de então meus carnavais eram todos religiosos, sempre tinha retiro espiritual, eu adorava ficar louvando ao senhor, mas quando passei no vestibular e fui embora de minha cidade, quando comecei a cursar Biologia deixei de ir aos retiros, certa vez quando voltei para casa e então fui para o primeiro carnaval profano em Alexandria, foi então que tomei cervejas, não usei outro tipo de droga além do álcool, mas aquele não foi um bom carnaval, e em seguida ainda fui umas três ou quatro vezes, mas sem magia. Depois que vim para o sudeste o carnaval para mim não significa mais nada. É uma festa distante onde posso parar um pouco minhas atividades, está com meus irmãos, descansar. Carnaval uma festa que para mim nunca existiu ou me animou. Todavia há gente que não vive sem, e assim são as pessoas todas diferentes.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Epistemologia

Epistemologia Excelente

Estação

A neblina cai por toda a tarde,
pingos, mais pingos formam
gotas que se junta nos
pecíolos e ráquis nus do Phyllanthus.

e os pingos caem
contando o tempo,
contando os segundos da tarde,
a chuva e a tarde caem
frescas, mudando
totalmente o ambiente,

do sol e calor,
veio a chuva e tudo apagou,
a tarde que ardia,
agora se encontra fia,
tarde de sexta feira,
sentado a uma cadeira,

vejo a chuva cair,
e a tarde a partir.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pálida tarde.

O silêncio da tarde,
o silêncio do frio
me causa arrepio,
é quando a saudade arde,

distante das estrelas,
sinto meu peito puslar,
vejo a vida passar,
tudo isso numa tarde
fria e chuvosa,
numa tarde sem sol,

numa tarde em que me sinto só,
sinto meus pais distantes,
meus irmão longe,
e eu simplesmente me sinto isolado,

nem a beleza da vida me encanta,
sinto uma forte emoção,
sinto vontade de chorar,

mas não adianta
a vida é efêmera,
sabe disso a rosa,
que murcha no fim de um dia,

sabe disso quem
conta a vida em meses,
em dias,

a vida sabe ver a beleza
e o sabor da vida,
em poder respirar,
cheirar, ver
pessoas que conseguem criar
o próprio mundo,
e que trás parte deste mundo
subjetivo para embelezar a vida,
contribuindo com música,
poesia, pintura, ciência e suor,

quando paro para pensar,
numa tarde fria,
de céu branco,
uma planta nua,
que anuncia o outono,

provavelmente tardes virão,
e passarão como
numa melodia de Bach.

limpo

O sopro do vento,
ao longo do tempo,
o som do riacho,
água a baixo,
água transparente,
a areia lavada,
o calor, a textura,
do mundo, natural,
no período de chuva,
sol, luz e paz,
o sopro do vento,
o som do riacho,
agua abaixo,
radiante
o sol sorri.

Abandonado

Vive na rua,
quase nua,
a criança
sem esperança,
sem pais, parentes,
crianças com fome,
com medo,
muito cedo,
perde a infância,
desconhece o amor,
sabe o que é dor,
criança de rua,
seria tua,
e só sua
a dor,
porque lhes falta amor,
curtas palavras,
ingênuas palavras,
um palavrão,
reflete o que percebes,
crianças de ruas
sempre quase nuas,
animais marginais,
banalizados,
desumanizados,
nas ruas,
nuas.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Viagens

Já fiz diversas viagens onde conheci diversas paisagens, pessoas e costumes. Percebi que em cada paisagem havia uma organização, uma beleza, um complexo composto por uma diversidade de plantas, de cores, de animais, além das riquezas minerais. Os rios com águas cristalinas, as rochas graníticas imponentes com seus minerais longa e profundamente formados, os solos fundos ou rasos e horizontes de tirarem o fôlego dava-me vontade de voar, sentia uma certa liberdade ao sentir a brisa na face e o horizonte tão grande quanto o de um mar. Gosto sempre de registrar os ambientes por onde passo e dentro deste contexto as paisagens favoritas são os crepúsculos, onde o sol se punha diante de rios, palmeiras ou simplesmente no horizonte, com seu alo dourado, brindava o fim de mais um dia cansativo, mas rico em imagens e paz. Nestas viagens tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, conheci muitas e uma das mais especiais foi a Laura de riso fácil, olhar termo e solícito, sulmatogrossense de corpo e alma, junto a ela seu cunhado uma pessoa sensacional Sandro um historiador filósofo, cheio de leituras, me apresentou ao Fantástico Deleuse. Conversamos muito, achei uma pessoa sensacional e com um senso de humor maravilhoso. Conheci ainda o Leandro de Nova Xavantina uma pessoa super inteligente, mas tímido que dói na alma, de família muito humilde, mas que está vencendo na vida, estava no último ano de mestrado. Conheci também a Beatriz Marinon uma professora espetacular, extremamente comunicativa, com uma enorme habilidade de resolver coisas complicadas. Nestas viagens aprendi a beber terere, a comer melhor, a ver o outro de uma maneira mais humana, a me comunicar e ser entendido com as pessoas, a incerteza do acaso, a docilidade das pessoas simples do interior e a frieza das pessoas das cidades grandes, conheci os mais variados sotaques, as mais variadas piadas, os modos de sorrir e as diversas formas de ser.
Visto tudo isso até parece que conheci vários paises, mas na verdade conheci apenas um país, e quase me restringi a uma região, mas foi o suficiente para viver fortes emoções que ficarão marcadas por toda a minha vida, quantos quilometros eu andei? não medi. Quanto gastei? Nem sei, mas valeu a pena cada metro viajado. Quantas coisas aprendi, senti e vivi, palavras não seria suficientes para expressar, mas são importantes para se ter uma moção do que pode um ser munido da vontade de viver.

Sol

Esse sol que me alumia,
esse sol que trás o dia,
é o mesmo sol que certo dia,
brilhou para meus antepassados,
que agora estão deitados,
já não podem ser levantados,
esse sol que ao mundo
de energia alimentou
que alimenta,
que parece eterno,
tanto já inspirou,
Ra, Apolo
dentre muitas civilizações
que o agradeceram
e agradecem pela existência,
esse sol que me alumia,
esse sol que vai
e que volta,
nem vai e nem volta,
é o sol
coroado de brilho
de luz,
o sol que gerações
puderam e viram
as luzes e as cores,
é o sol
que parte a noite
e volta pela manhã
é o deus
que nos sustenta.

Chuvas

A chuva
caiu pela manhã,
pela tarde,
pela noite,
a chuva caiu
a manhã partiu,
a tarde partiu,
e a chuva caiu
durante todo o dia,
pinto,
pingo,
a chuva intermitente,
caiu todo o dia de quarta,
e mesmo assim
fez calor,
a tarde partiu,
e sumiu,
são as chuvas
de março.

terça-feira, 1 de março de 2011

Rosa

Seria a rosa a mais bela das flores,
seria por sua cor, a cor do amor,
a rosa e seu doce odor,
é deveras divina encantadora de amores.

A rosa vermelha,
a rosa amarela,
são todas belas,

As flores invejam-na
e rubra rosa,
canta uma melodia,
espalha magia,

e encanta aos homens,
hipnotiza-0s

estes a endeusam,
seleciona-a, cultiva-a,
és deveras endeusada
a rosa, deveras mais suave,
mais agradável,
mais humanizada
a rosa está presente
na vida humana,
a tempos,

a rosa pode não ser
a mais bela das flores,
mas deveras é a mais amada.

A carta

Certa tarde fui caminhar no parque das dunas, o sol brilhava forte, fazia calor, caminhar no parque entre e sob as árvores, num dos dias perfeitos. Pisando sobre as folhas só para ouvir o chiar das folhas secas. Então de longe percebi sobre a mesa um livro. Olhei para os lados para ver se não tinha ninguém, um possível dono, mas não vi ninguém, fui me aproximando da mesa curioso, já que adoro livros. Sobre o que trataria aquele livro? Quem seria o autor? e fui me aproximando, então quando estava quase na mesa, olhei novamente para os lados pra ver se alguém se aproximava. Não tinha ninguém, aquele livro alí abandonado ou poderia dizer perdido. Timidamente me aproximei e vi aquele livro azul com flores pintados como numa aquarela, seriam rosas, com título "As primaveras" de Casimiro de Abreu, olhei e pensei será um romance? Então abri e comecei a folhear e vi que eram poesias. Sorri por dentro e pensei acabei de ganhar um livro, então voltei para a contra capa para ver se não tinha um nome, endereço, telefone e nada, então vi que no centro tinha algo, pois sentia entumescido no centro, abri então para ver o que era. Era uma carta uma carta de amor, datada de agosto de 2003, escrita em grafite, nela estava escrito.
"Meu amor o tempo passa e não me esqueço, o dia em que lestes para mim o poema, MEUS OITO ANOS, foi tão forte, tão mágico que cheguei a me imaginar na carne do Casimiro, então desde aquele dia puz-me a decorar cada palavra, frase " A que saudade que tenho de minha infância querida.", naquele dia de chuva, nós dois passamos o dia enlaçados, eramos namorados, nos amavamos, logo depois abriu o livro e recitou aquele poema, enquanto ouvia no fundo a música da Cássia Eller, me arrepio só de pensar, mas nossas vidas tomaram caminhos diferentes, voce partiu foi para longe, em busca de algo que te preenchia e deixou em mim o vazio, escuro e frio, hoje ando pelo parque, chorando, soluçando e recitando nosso poema, ah meu amor onde quer que voce esteja, saiba que te amo.
Foi muito forte ler tais palavras, então comecei a folhear o livro e vi ali grafado todas as letras daquele poema, a quem pertenceria tal carta? Quem seria? Seria homem ou mulher? algo ou baixo? Claro ou escuro? Isso não importava, mas sim os sentimentos impressos naquele papel,
estava ali derramada uma alma, estava ali quarada em palavras a alma que tanto amava alguém.
Caminhei pelo parque para ver se via alguém, mas nada encontrei. Então segui caminhando até a portaria, o sol brilhava intensamente, as aves cantavam, o vento soprava vindo do mar e o verde das árvores reluzia intensamente. Fui até a portaria, perguntei se o guarda avistara o alguém com um livro na mão, mas ele tinha chegado para o segundo turno e fazia pouco tempo que pegara no turno. Tomei o livro e o entreguei para o guarda caso o dono resolvesse reaver. Segui para casa feliz ao saber que na alegria ou na dor, onde há o amor, o sentimento humano há esperança no ser homem.

Botrytis cinerea

Morangos frescos com o calor
criaram bolor,
Botrytis cinerea,
como neve o morango,
nevou,
depois as hifas,
cinereas em divisão,
conidiósporos
criou,
o morango mofou,
secou,
e os as hifas
enegreceram,
a matéria acabou.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Amor e Vida de Uma Mulher

Apesar de tudo de mal que o homem é capaz de fazer, apesar de sua finitude, os sentimentos humanos são capazes de construir coisas maravilhosas.

De Schumam

Amor e Vida de Uma Mulher


Seit ich ihn gesehen

Seit ich ihn gesehen,
Glaub ich blind zu sein;
Wo ich hin nur blicke,
Seh ich ihn allein;
Wie im wachen Traume
Schwebt sein Bild mir vor,
Taucht aus tiefstem Dunkel,
Heller nur empor.

Sonst ist licht- und farblos
Alles um mich her,
Nach der Schwestern Spiele
Nicht begehr ich mehr,
Möchte lieber weinen
Still im Kämmerlein;
Seit ich ihn gesehen,
Glaub ich blind zu sein.

Desde que o vi

Desde que o vi,
Penso que ceguei.
Para onde olho,
Só o vejo a ele.
Como num transe,
Surge-me a sua imagem,
Emergindo da escuridão,
Mais brilhante que nunca.

Tudo é escuro e sem cor
À minha volta.
Os jogos das minhas irmãs
Já não me interessam;
Prefiro chorar
Em silêncio no meu quarto.
Desde que o vi,
Penso que ceguei.

Desespero

Era sábado, acordei muito cedo, quase não havia conseguido dormi, pois estava muito ansioso, perdi tempo na noite anterior lendo, e quando acabei de fazer a mala já era quase meia noite, tomei um banho e fui deitar, demorei a dormir, naquela madrugada que tão depressa chegou, acordei antes do celular despertar, fui a cozinha, tomei um café reforçado. Fui ao banheiro tomei banho e quando já estava pronto acordei meu colega que iria me levar ao aeroporto, tão depressa levantou tiramos o carro e fomos para o aeroporto, ele ainda bocejava, trocamos poucas conversas, conversamos sobre concursos sobre a vida. A noite estava estrelada, limpa, as luzes amarelas dos postes clareavam as ruas. Bem seguimos conversando quando vi estávamos numa praça de pedágio, então meu colega perguntou se estava perto de Viracopos, a mulher respondeu que tínhamos passado a quatro quilômentos atrás, então pegamos o próximo contorno logo voltamos e então chegamos ao aeroporto que ao chegar fui logo pegando uma fila na azul, um baiano simpático, acho que passageiro de primeira viagem puxou uma conversa, mas logo teve que buscar outro guichê, então fui fazer o checkin na máquina, não consegui então pedi para a atendente que o fez tão prontamente, então fui e entrei para a sala de espera onde sentei e fiquei lendo um livro, comi uma batata com um suco, e meia hora depois ouvi a voz que dizia para enbarcar, tirei meu RG e o cartão, a mulher conferiu então segui para o avião ainda estava escuro, entrei no avião que me pareceu aconchegante, sentar-me-ia na poutrona 17 A, janela do jeito que gosto, me surpreendeu o fato de ter uma tv, muito bacana, mas o cara que estava do meu lado parece que não tinha dormido, sério que só. Então a mulher entregou fones de ouvido e o avião partiu para a pista de voo, mas passamos quase meia hora esperando o avião engrenar, algo estava errado, nem imaginava o drama que me esperava, então o avião decolou, e a viagem foi tranquila, no alto saquei minha câmera, ah se eu soubesse não teria feito, e fotografei depois guardei a câmara, mas a maldita carteira caiu e não percebi, a viagem foi tranquila, sem trepidações, a comissária serviu suco e algo que não me lembro, chegamos na hora exata, 7:30, desci do avião, começará já meu drama, peguei a bagagem, e fui ao banheiro, em seguida fui para o ponto de ônibus que estava sendo lavado, e então chegaram dois homens, perguntando se ali tinha ônibus para a rodoviária e o atendente disse que sim, então chegou um casal com gêmeas, desprovidas de beleza, perguntaram ao cobrador, então começou o drama, procurei na bolsa minha carteira e pra meu desespero não a encontrei, não vi mais o chão sobre os meus pés, voltei para o aeroporto sentei num banco e retirei todas minhas coisas, minha carteira, ah não, isso não está acontecendo, meu corpo gelou e começou a suar, minha carteira! o que vai ser de mim agora, voltei fui a loja e pedi para verificar se no avião não estaria minha carteira, mas o desgraçado da loja simplesmente passou um rádio e a mulher que estava no avião disse que não havia encontrado nada, também com 120 reais será se a mulher diria que tinha achado, pensei, então me desesperei, liguei para Ana minha namorada desesperado, pensei na prova que ia fazer, no ônibus que saia para Dois Vizinhos as 10h, então me desesperei fui novamente na Azul, só que dessa vez fui ao lugar do check in, onde desesperado contei minha situação o rapaz não se deu ao trabalho de pedir para alguém ir a cadeira onde estava sentado conferir, simplesmente disse que o avião tinha partido. Sem dinheiro, conhecido, documento estava na roça, entrei em desespero, senti fome e não tinha como comer, então liguei novamente para Ana, que ligou para várias pessoas e uma destas foi a Ju uma amiga nossa que tinha um tio em Curitiba, a negociação demorou cerca de quatro horas de desespero, enquanto isso fui ao guichê da Azul, ver se achava uma solução, então lembrei que podia movimentar a conta do Banco do Brasil pela net, fui falar com alguém de lá que tivesse conta do mesmo banco, minha ideia era fazer a transferência para a pessoa que tivesse conta e assim a pessoa sacasse e passasse o dinheiro, mas ninguém tinha, me desesperei quando tudo parecia perdido, chorei. Bem quando consegui falar com o tio da Ju ele falou que poderia me emprestar, foi simpático, então tinha que ir a rodoviaria seria lá que ele me passaria a grana, então como ir até lá, sentei num banco fora do aeroporto onde sentou uma galega e com sua mãe dela, falei do meu caso, ela teve compaixão me deu quatro reais, foi assim que consegui ir para a rodoviária, então recebi o dinheiro, as 13 h, comprei a passagem e esperei até as 22:30 para pegar o ônibus e fui a cidade. Estava tão cansado que logo dormir. No domingo a tarde minha irmão ligou dizendo que minha carteira tinha sido encontrada em Fortaleza, descansado, passei aquele domingo lendo e ouvindo música. Aliviado do dia passado.

Música

Ainda temos muito a aprender,
ainda nos resta viver,
aprender com a natureza,
aprender com a beleza,
por quanto temos que ceder,

a curiosidade,
desfazer da vaidade,
o tempo alinear,
a ciência, a razão,

temos que misturar
tudo e ser emoção,
bradar forte como o trovão,
sentir pulsar forte o coração,

homem que é razão,
a arte ensina,
a cultura empilha,
mas se não houver o homem,
toda a obra a ser usada,
toda a cultura

é lixo,
não se der ao luxo,
de viver com a razão,
sinta a emoção,
porque há muito que viver,
há muito a aprender.

Continuo

Quem disse que não há mágica?
de certa forma um maestro
não seria um mágico da natureza?
Com a batuta que mais parece
uma vara de condão,
a graça das mãos,
ordena e os músicos,
fazem seus instrumentos
soarem, oboe, flautas,
contrabaixo, violinos, violocelos,
bumba, triângulo,
suam graciosamente na
tarde que a chuva umedece,
o som suave,
a emoção,
os sentidos,
a singela vida,
a sinfonia,
a magia,
quanta harmonia.
E a mágica daquele
que gerencia
com a batuta,
as letras da música,
a tarde eterna.

Sinfonia

Sinfonia

A serpente entra e com o olhar faz todos os animais calar,
olha fixo, cada um dos animais como vítimas,
inspira e expira e anuncia, Hoje iremos tocar,
uma peça de Bethoveen, e uma adágio,
é preciso silêncio, e começa a suar,
a harmonia, mas a chuva não cala,
assim como os bichos,
carros de supermercado passam,
então viajo no tempo,
sim quantos milhões de anos
não chove na terra,
quantos milhões de anos
não banham as árvores,
volto e olho a expresão e a destreza da
serpente,
que parece dançar,
acaba a peça e
a serpente anuncia um baião,
não vai ter o adágio,
Vai ter um baião,
de quem? Só conheço Vila Lobos!
Não sei,
toque o baião, lindo brasileiro,
a serpente parece dançar,
findo o baião,
toca Sibelius,
Música pra ser tocada no silêncio polar,
que sem muita graça
toca,
e fim a serpente anuncia última peça,
como assim só três peças,
e acaba a serpente sai ondulando,
e a chuva não cala,
raios aparecem,
trovões bradam
é tarde e o céu
escuro,
o dia escuro,
dia de chuva,
e sinfonia.

Blue

A tristeza, como todos os sentimentos humanos, compõem parte de nossas vidas, está sempre presente entre nós, algumas vezes com maior ou menor intensidade. Na verdade nunca nos acostumamos e nunca nos acostumaremos, é uma condição humana. Sobreviveremos, renovaremos sempre, mas a sombra da tristeza sempre vai está presente. Cremos quando sentimos uma grande dor, uma perda, que ali é o fim da vida, mas não o é. O tempo como o vento molda dunas, apaga os rastos e aos poucos faz-nos seguir em frente. Nunca estaremos completos plenos, nutrimos sempre uma saudade por quem parte, sim essa doce sensação de ter vivido, compartilhado, nos faz muitas vezes perceber quão efêmera é a vida, faz-nos abrir os olhos para o viver, mesmo na ausência, pois está na nossas mentes presente o sentimento de ausência. As pessoas partem, as coisas não dão certo, de certa forma temos a liberdade de escolha, mas decidir por algo significa renunciar algo, isso gera angústia e isso gera tristeza, nunca estaremos plenos, ou então busquemos apagar de nossas mentes todas as lembranças. A tristeza está presente na nossas mentes, está presente em nosso ser, só o tempo pode amenizar, mas sempre há uma angústia em viver por saber que somos mortais, por isso realizamos algo, por isso vivemos mesmo na tristeza.

Moacyr Scliar


Ontem faleceu um grande escritor Moacyr Scliar gaúcho, escreveu vários livros, em entrevistas sempre bem humorado contava sua trajetória, suas paixões pelas histórias pelos seus pais, porque escolheu medicina como profissão. Esse gaúcho de origem humilde, mas que nem por isso deixou de atingir o panteão sentou na cadeira de número 31 da academia brasileira de letras. Tomei contato com o autor no programa sempreumbompapo, onde fiquei encantado a primeira vista. Não tive a oportunidade de ler seus livros ainda, mas certamente está na lista de prioridade. O Brasil perde um dos grandes escritores. Soube que ele muitas vezes era convidado e ia as escolas dar palestras incentivando a leitura. Esse brasileiro é um guerreiro e um herói no nosso mundo, será imortalizado. Vai em paz Scliar.


“A literatura não pode mudar o mundo, mas a minha geração achava que sim. Da mesma forma como acreditava a geração de Jorge Amado, Graciliano Ramos e Raquel de Queiroz. Em todo caso, se a literatura mudar pessoas, isso já é suficiente. E ela muda.”

“A morte de Ivan Ilitch, do Tolstoi, é uma verdadeira lição de vida, e a prova de que alguns livros de ficção podem ensinar mais do que qualquer manual de medicina.”

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Triste

Quanto a noite
teu corpo não quer descansar,
quando não consegues dormir,
o que fazer?
Não tem como fugir,
o homem angustiado,
sente o medo da morte,
acredita na sorte,
na imortalidade
que a juventude o faz
beber, o faz alucinar,
mas a noite
escura não oferece
conforto,
nada oferece conforto,
a solidão,
a ilusão,
viver sem esperança
caminha,
respira,
olha o horizonte
isso vai passar.

Noite longa

O dia clareou só hoje,
não vi o sol nascer,
quando acordei
já tinha partido,
perdi o ônibus hoje,
fiz porque quis,
acordei a luz
que entrava
janela adentro
clareava parcialmente
o quarto abafado,
acordei com sono,
visto que perdi-o antes
de dormir,
a noite foi tão
longa, as coisas
sem graça,
não despertavam nenhum interesse,
e só sentia o sabor
da solidão.

Solidão

A solidão me consome,
me trás uma certa fome,
uma ansiedade,
a solidão durante o dia,
durante a noite,
a solidão torna as
coisas mais tristes e vazia,
as noites são mais escuras
e sem estrelas ou lua,
os dias silenciosos
sem criança,
a solidão consome
qualquer homem,
faz nos mergulhamos
no interior, sentir
dor sem enfermidade,
sentir um vazio frio,
sem arrepio,
sim quando falta força,
é como se mergulhasse num
poço.
A solidão sufoca,
nos tira o chão,
fecha os olhos e dorme.

chuva da tarde

Na tarde de sol veio o trovão e anunciou a chuva, as nuvens como lesmas se arrastavam no céu azul, devagar e sempre chegaram e se derramaram por todo o resto da tarde numa neblina suave, esfriando todo o calor, desfazendo a imagem de dia claro se revelando tarde de verão.

Sono

A noite está muito quente,
não consigo dormir
com essa noite escura,
silenciosa, ai se não
fosse as cantigas dos grilos,
a noite seria mais
agradável,
mas perdi o sono,
e a noite parece longa,
eterna, o tempo se arrasta,
o canto do grilo não me encanta,
até o som das bandinhas de carnaval
já se calaram,
um ou outro carro passa,
já passa da meia a noite,
esse silêncio,
este escuro sem sentido,
falta sono,
quero ficar bem,
dormir bem, mas
nao vêm o sono.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Respira

Quando o sol frouxo no céu
parte para o poente,
uma brisa quente,
sopra do poente
e refresca a alma,
o corpo pede calma,
infla o peito, respira,
sente o aroma do mundo,
o aroma da vida,
quando as cores
das flores
te atraem a atenção,
quando a vida parece
última,
eterna seja a música,
a poesia, para que
possas refrigerares
o espírito,
o corpo envelhece,
a matéria quer renovar,
nessa vida breve,
finita
que nos resta senão viver,
sofrer,
crer e amar,
quando a brisa
depois do meio dia soprar,
quando de barriga cheia
estiver,
respira,
olha as flores,
sente o aroma
da vida
e agradece,
pois pode ser o último momento!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Noite num bar

As vezes as coisas não fazem sentido no mundo fora do nosso mundo subjetivo e quando saímos de nossas rotinas, achamos que estamos em outro mundo. Hoje a noite sai para fazer um social com os amigos em especial a um que acabara de entregar a tese para defesa. Saímos e fomos para um bar famoso aqui em Barão Geraldo, o bar da Coxinha, fomos, conversamos muito, tomei uma coca. Conversamos muito, mas as horas se passaram, então voltei para casa. Vim caminhando. Aquele mundo escuro cheio de luzes, pessoas diferentes, o escuro, as estrelas, os bares a noite. A noite que não me encanta. Voltei para casa contando os passos, olhando as estrelas, vendo a luz amarela das ruas vazias, esperando que algum vento soprasse, mas para meu desespero o vento não veio, só senti calor. Quando pensei na vida, pensei nos dias, meses e anos que vivi e percebi que muitas coisas fazem sentido, mas outras não fazem. Pensei num raio, enquanto olhava para as estrelas em tudo isso, lembrei então de quando morava em Serrinha, quando olhava para o céu, para as estrelas e pensava no futuro, hoje meu futuro está tão próximo, que as coisas tem que serem realizadas num curto tempo. Mas assim o é. Vivendo neste mundo com estas condições no consolidamos, solidificamos e nos transformamos nas pessoas que somos, cheias de receios inseguras. Tudo isso se passou em minha cabeça. Finalmente a noite acabou.

Forma

Sedes como a água
e toma toda forma,
se está quente evapora,
se está frio congela
e se precipita feito chuva.
se adiciona açúcar adoçada fica,
se sal, salgada fica,
toma a alma da água
para ti, atravessa toda
dificuldade, sedes
onipresente,
do nascente ao poente,
derramas tua alma,
em busca da calma,
sedes pleno,
e vivo, vai além da água.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Rosa

Há muitas coisas na vida que me encantam. Mas as coisas que mais me encantam são as coisas belas. Uma bela história, uma bela mulher, uma bela conversa, uma bela paisagem, uma bela imagem. Bem adoro boas histórias, por isso gosto muitas vezes de ler algum romance, ouvir as pessoas contarem os casos. Uma bela mulher nenhum homem deixa de dar uma olhadinha, mesmo que seja de lado, não é machismo, as mulheres o fazem com os homens e além de olhar ainda comenta conosco. As conversas são para pessoas comunicativas, é muito bom está num ambiente com alguém que tem uma boa conversa, mesmo que falte com a verdade. As belas paisagens são coisas puramente subjetivas, o que pode ser pra mim não o é para outra pessoa, sem o argumento de o que é belo simplesmente é, mas ainda assim acho que é subjetivo. E o que é uma bela imagem senão algo que faz bem pra nossa alma. As coisas que me encantam são simples, no entanto é preciso aprender a arte de viver. E dessa forma ser encantado com a vida.

Certo dia vi uma rosa desabrochar,
era uma rosa vermelha,
com forte odor de rosa,
com a maciez de uma rosa,
com folhas compostas,
serreadas imparipinadas de rosa,
certo dia percebi
quão efêmero
são esses momentos,
vi na rosa a beleza,
não ignorei os espinhos,
porque descobri
que a rosa era a vida.

Está

Quando não estamos bem
as coisas perdem a magia,
ficamos sem alegria,
mas não caíamos nesse mal,
renovemos as folhas,
suportemos os maus momentos,
logo tudo vai passar.

Mal está

Ultimamente não estou me sentindo bem de saúde, mal começou a semana já tive mau estar na região nasal, acabou e surgiu uma coceira desgraçada na garganta e uma afta. Nossa isso me dá uma impaciência tremenda, sinto vontade de sair correndo, mas pra que só se for para tossir até por o pulmão pra fora. Que coceira chata, que calor. Imagina que ontem quando deitei perdi o sono, meu colega foi dormir começou a roncar e o sono não veio. Puxa vida não dar para curtir mal estar no corpo, o pior que estou me cuidando. Encho meu corpo de vitamina C, suco de limão e laranja, tomo água a manhã toda, mesmo que seja adicionado terere, como no horário, tomo mel, como fruta, mas puxa vida nada disso funciona. Estou ficando um saco, quero dormir hoje como uma pedra se pudessemos desmontar as partes hoje dormiria sem a guela. Mas é isso há de passar o mal está físico. Ultimamente não estou me sentindo nada bem.

Phyllanthus acidus

No pátio da taxonomia tem um grande Phyllanthus acidus que todos os anos sobre molestados por lagartas. Ano passado passou intacto, mas esse ano já está nu. As lagartas vieram e não deixaram um foliolo a vista.

Sol nascente

Belo o sol,
quando sorrir
para a terra,
tinge de cores,
todas as partes,
faz rir as flores,
belo o dia,
então sorria,
o céu azul,
o verde das plantas,
as cores das flores,
luz pura luz,
límpida como cristal,
o sol sorrir,
e ao tingir
o mundo,
abre minha mente,
ao mundo sensual,
apetece minha visão,
e revela o mundo.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Precioso

Certo dia acordei
para a vida,
certo dia acordei
para o mundo,
foi quando percebi
que ainda está em tempo
de viver tudo que for possível,
além da carne,
além da matéria,
além dos sentimentos,
acordei para a vida,
a vida é unica,
os momentos são inpares,
a vida é preciosa.

Chuva das plantas

Hoje algo muito lindo aconteceu,
quando acordei, o relógio não despertou,
mesmo assim não me irritei,
acabei de acordar, comi algumas frutas,
fiz suco de laranja e tomei,
comi uma colher de mel,
tomei um banho e sai, para
minha surpresa, achei que chovia,
sim chovia, mas
não era chuva comum,
as plantas transpiravam,
literalmente gotejavam,
neblinava sobre as árvores,
a água molhava todo o chão,
escorria pelas ruas,
segui na bicicleta
e percebi que a rua em partes estava
seca, nunca tinha visto isso,
as árvores fazendo chover,
vi nitidamente
galhos gotejando,
chuvia dos ramos,
dos ápices,
parecia que as folhas suavam,
fiquei muito curioso,
mas não indaguei ninguém
só curti,
a manhã em que as plantas choviam.

Dor

O mundo não gira ao meu redor,
tenho que ter paciência senão viro pó,
já estou cansado, do dia ensolarado,
da garganta doida,
com a cabeça cheia,
com as pernas cansadas,
em minha cara está estampada
o cansaço, o tempo parece se arrastar,
as coisas não se resolvem,
parece que estou nadando contra corrente,
mas tudo vai passar,
esse dia de fevereiro
vinte e três de fevereiro,
e mais parece um dia de meio de ano,
há algo tão carregado,
minha mente anda cansada,
minha vida atribulada,
mas qual o ser humano não é assim,
minha garganta irritada,
minha cabeça carregada,
tudo vai passar,
como brisa no fogo,
que faz arder o calor,
que provoca dor,
mas logo passa,
passa como ondas que quebram
e aparam imagens na areia,
nem o canto de sereia me encanta
quando estou cansado,
e finalmente digo vai
dia,
saia uma poesia.

Calor

O sol que aqui brilha
que faz o mundo arder,
dar uma desesperança,
quero o mundo parar,
quero ver
o mundo parar de arder.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Autoengano

Que alegria,
que fantasia,
poder viver,
poder aprender,
poder ensinar, ´
poder ser,
nem todos podem,
nem todos são,
por que razão,
sem alegria,
sem poesia
o que é que são?
O mundo sem admiração,
é um mundo em vão,
a alegria
que me contagia,
é poder viver todo dia,
a oportunidade,
a vaidade de escolher
o que vou fazer,
por isso escolhi
viver para aprender,
hei de ser,
pleno,
mesmo que insano,
mas feliz por sempre
querer
aprender.
que alegria,
que ilusão.

Corpo

Quão longo é o dia quando se acorda cedo e mesmo que faça, veja ou viva tanta coisa, o dia ainda assim parece não render o que almejavamos. Queremos sempre mais e parece que o tempo encurta, as vezes não queremos respeitar nossos corpos queremos ficar enfiados no mundo das informações, mas nosso corpo orgânico não aguenta, pede um descanso. Apelamos para tudo, café, chá e nada funciona o melhor que fazemos é respeitar o corpo e ir dormir e aguardar o novo dia.
Boa noite.

Fim da tarde

E quando cai a tarde,
o sol indo já não arde,
a luz se recata,
o céu azul,
as nuvens brancas,
o crepúsculo,
o fim da tarde,
é sempre
pleno, intenso.
Nos entregamos
a fisis, somos natureza,
encantados com a beleza,
esquecemos do mundo,
e nos tornamos natureza,
onde estamos,
vibramos,
e nos entregamos a
noite,
a lua,
voltamos da rua,
nos recatamos
em nós,
no fim da tarde.

mundo

Meu mundo é tão subjetivo,
quando vou aprender a viver,
no mundo complexo,
no mundo fora de mim?
As vezes me perco,
as vezes me encontro,
simplesmente sou.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Partir

Parti,
segue em frente,
parti não olhes pra trás,
segue sempre se vai,
a vida não para um segundo,
o mundo não para um segundo,
a vida gira,
o mundo vive,
a lua estará sempre
presentes em cada fase,
as estações serão sempre
as mesmas,
não te apegues as coisas,
não te apegues as pessoas,
não te apegues a vida,
segue porque novos sabores,
novas cores, novas formas serão descobertas,
desprende de tudo,
segue,
quando menos esperar,
a vida já passou,
as pessoas passaram,
as coisas passaram,
e voce vai ter o que contar,
vai ter porque chorar,
porque se emocionar,
um dia mamãe chorou minha partida,
achei que ia morrer,
mas renasci,
redescobri uma nova forma de viver,
de amar,
de ser,
por isso partes,
sempre que a vida lhes permitir,
pois os anos sempre passam,
ciclicamente passam,
se pararem
nunca mais poderás parti,
então segue
sua vida,
ler uma poesia,
e segue...

vai verão

Quase não tenho horizonte,
meu horizonte não passa das
árvores, dos prédios,
simplesmente tenho o céu
para contemplar,
tenho o céu para perceber
a grandiosidade do mundo,
da vida,
então olho para o céu azul,
para o sol que brilha intensamente
e tenho um dia
ardente, todo quente,
em que as chuvas sempre caem
no fim da tarde,
nessas tardes de verão,
em que as briofitas
e as samanbaias
murcham e turgecem
num mesmo dia,
sol, luz, baixa umidade,
verão,
chuva,
que organismo não
gripa,
agora é suportar,
sem o horizonte,
sem o frio,
isso é o verão,
mas as águas de março,
logo se irão
junto a essa gripe.

Gripe

Hoje acordei com resfriado ou foi gripado não sei, mas não me senti bem o dia todo, pois a minha região nasal está doendo o dia todo. E todo esse calor, essa noite muito abafada, parece fazer 50°C sequer posso ligar o ventilador, que sansação ruím, pra piorar no fim da tarde ainda caiu aquela chuva de verão que parece não adiantar de nada. Acho que a noite vai ser longa hoje.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Felicidade

Um dos dramas da vida
é saber buscar a felicidade,
saber o que é felicidade.
Passamos a vida buscando
a felicidade, mergulhamos
na ansiedade,
vivemos com nossas vaidades
e será que encontramos
a tal buscada?
Resolveremos esta tal
busca?
Quem sabe?
Um riso no rosto,
a escolha no gosto,
quem sabe?
Não será tudo vaidade.
só a idade vai dizer,
só a idade vai interpretar o teu ser.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Meu mundo

Campos vazios,
campos cruzados por rios,
onde o loiro trigo,
maduro acena para o vento,
que sopra contando os fatos do mundo,
e eu a olhar
para o horizonte,
sobre o monte,
vejo o paraíso,
vejo e tento
entender Gogh,
ouço Mozart,
e viajo nos meus sonhos,
sinto meu interior risonho,
sinto minha alma leve,
sinto que a vida é breve,
minha mente branca como a neve,
sente-se fazia, as vezes fria,
então me apego a fantasia,
subo no monte
e faço dele meu mirante,
ouço Mozart,
vejo Gogh,
e sinto o vento
tocar minha pele,
meu rosto,
ouço ele falar
quantas belezas há na vida,
descanso,
sinto a luz do céu,
ouço o som da água corrente,
sinto o cheiro da umidade do ar,
ouço o chiar das espigas
do trigo,
minha alma carregada,
minha vida calma,
então respiro e volto a vida.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

noite de lua

Noite que me agrada,
vem e me apaga,
em sonhos me faz
viajar,
me leva pra o céu,
pelas asas dos anjos,
desvia-me dos enganos,
noite,
noite,
minha noite de lua,
minha noite na rua,
clara alma,
me faz dormir,
e um dia
me faça reluzir.

Dia!

Hoje, acordei feliz, parece que acordei mais cedo,
minha boca amargou, e aguardei o sol sair,
ele saiu, claro como fogo em pavio,
senti o frio da manhã, o doce arfam,
vontade de viver, de sair por ai,
andando dando minha cara ao vento,
perdendo totalmente a noção do tempo,
acordei feliz, pois era sexta feira,
depois de uma noite chuvosa,
o dia nasceu viçoso,
as briófitas e pteridófitas,
verdes folhosas,
túrgidas deixavam os
caules esperançosos, verdes.
Mas deus é grande,
São Francisco é um santo
forte, há de curar logo
o Alexandre que está com meningite,
mas ele é beber,
vai sair bem,
vou acender uma vela
em meu coração para
São Francisco curá-lo.
Assim seja,
Amém.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Esperança

Posto que a esperança como semente mesmo parecendo está morta, viva está. E neste estado quiescente pode acordar, como óvulo e espermatozóides que quando fundidos dividem-se o originam um só ser e originam a vida. A esperança deve ser regada dia a dia, alimentada pelos sonhos, mesmo que sejam os mais loucos, mas que existam. Não deixe que o niilismo faça parte de teu ser. Regue esta semente e deixe o embrião que tem dentro de você germinar e ganhar vida.
Tomar conta de teu ser. Não é necessário muita coisa, mas é preciso que cuides dando a semente um bom solo e um pouco de água e sombra, logo que germinar, crescer e se fixar, esse ser a esperança vai ganhar autonomia, vai te dar alegria em viver. Precisamos saber que esta semente existe dentro de nós, dentro de cada um, precisamos faze-la quebrar a dormência e vê-la desenvolver, como algo de vida própria, só precisamos acreditar, buscar, por mais difícil iremos encontrar. Precisamos nos encontrar, conhecer a nós mesmo, nos amar, cultivar o que restou da caixa de pandora, pois sem ela, que nos sobrará? Nenhum sorriso, nenhum desejo, nenhuma luz, nada mesmo. A semente está viva, faça-a germinar. Algo vai alcançar ou vais aprender a viver.

Chuva

A tarde estava limpa,
o sol brilhava, o céu
todo azul, mas logo que
caiu as quatro horas,
apareceram as nuvens
escuras e gotas
começaram a cair,
flaches de relâmpagos,
estouro de trovões
e a bela tarde de verão,
se fez tarde de chuva
torrencial,
então logo passou,
cheguei em casa,
a noite caiu,
a lua não sorriu,
e outra chuva intensa caiu,
caiu forte cantando nas telhas,
nas folhas das árvores
e repentinamente
se calou, negra ficou
a noite
que passa num
átino.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

modere

Tem fome de viver,
tem fome de amar,
tem fome de experimentar,
mas com moderação,
senão,
podes se estrepar,
na vida,
no amor,
no ser.

Real

Tudo na vida se degrada,
tudo se acaba, inclusive a matéria,
nada é eterno,
nenhum lugar é o inferno,
voce que pode está no lugar errado,
segue sempre adiante,
pois a morte é o seu fim.

Dois Vizinhos

Fui ao Paraná,
não sei o que fui ver lá.
Fui ao Paraná,
a Curitiba a Dois Vizinhos,
um lugarzinho bem bonitinho,
com ruas altas,
com ruas baixas,
fui ver como era tentar ser professor,
mas não tive muito sabor,
a cidade era limpa,
a gente era bonita,
as ruas estava arborizada
com Ligustro lucidum,
todas bem podadazinhas,
tão bonitinhas e repletas
de briófitas e pteridófitas,
tinha marchantiaceae,
hepáticas talosas,
tinha uns briuns,
só sei que era assim,
dia de domingo,
as ruas vazias,
a cidade perfeita,
para as pessoas perfeitas,
que não me inclui ai
nessa categoria,
não seu pra mim,
voltei assim
pra minha casa,
sem lenço e sem documento,
foi perdido em Curitiba
e achado em Fortaleza,
foi uma proeza,
só sei que foi assim,
nem bom nem ruim.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Amanhã

Imerso no mundo
das informações,
imerso na vida,
imerso no ser,
acabamos sem viver,
o amor, a paixão,
o ser,
acabamos por morrer
sem viver,
um minuto de prazer,
de vigor, de amor,
não se afogue
no mundo,
na vida,
viva pra ti,
porque o amanhã
não nos pertence.

Luz

Quando uma estrela
na noite escura brilha,
nos indica um norte,
é preciso ser forte,
ceder o medo a morte,
pois o mundo,
esse mundo de raimundo,
é um mundo escuro,
sem uma estrela,
sem ter sorte,
que podemos ter,
que podemos encontrar,
senão atribulação,
medo e desilusão,
precisamos não nos entregar a paixão,
pois viver no mundo,
no mundo escuro,
sem ver o que está atrás do muro,
é perigoso,
precisamos de amigos
eles são tudo que mais há de precioso,
não adianta viver rancoroso,
o mundo dar e tira,
se a noite não tem uma estrela,
acalma, pensa, deita-te e dorme,
porque no outro dia o sol sempre brilha,
não se desespere, pois nas piores
situações descobrirás
quem tu és,
e uma estrela há de brilhar,
há de ti dar um norte.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Partida

A tarde caiu,
sentado pensado
ele não viu,
que a noite mansa chegou,
só ouvir algo tocar,
e o ar condicionado respirar,
pela janela
folhas verdes
simples, compostas
acenavam, mas ele não viu,
e viu que tinha um
casal de adolescentes
a se beijar na escada,
mas o sol se foi,
e com ele a tarde,
a noite chegou
escura,
nix, porque veio cedo hoje?
Enfim a tarde passou.

Esperança

Depois da tempestade
quando se tem amizade,
vem sempre a bonança,
quando se tem fé, há sempre esperança,
num momento melhor,
num dia melhor,
num mês melhor,
numa vida melhor,
depois da amizade,
que há de melhor,
quem tem amigo,
tem tudo,
mais vale um amigo
que qualquer dinheiro no mundo,
esperança e paz
com estas tudo se faz.

Cidade

Uma cidade boa para morar
é aquela que voce se sente bem,
em que as pessoas são educadas,
que as ruas são limpas,
que as casas são coloridas,
onde as pessoas não passam fome.
onde as ruas são arborizadas,
e de longe se ver e se pensa que
é uma selva.
uma cidade boa para morar,
que sabe hei de encontrar no Paraná.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Acreditar.

As vezes sentimos felizes na certeza
do feito, algumas pessoas gostam do perfeito,
outras só ligam para o realizado.
Sinto-me muito cansado,
mas sinto-me realizado por tentar,
dessa vez parei e vi que podia
acreditar, não sei se vai dar,
mas pelo menos vou tentar,
terminei a primeira fase,
joguei agora e esperar pela sorte,
como nunca tenho sorte,
vou seguindo a vida
e aprendendo com ela,
cada vez que caio é uma oportunidade para levantar,
cada coisa nova que vivo é só a nova oportunidade de
de poder viver, aprender
é mais uma maneira de ser.

Som

A tarde cai rápido quando podia demorar,
nem posso contemplar o sol partir,
mas posso ouvir Mozart,
bendita seja a música,
bendita seja a tarde,
a vida,
Bem dito seja Mozart!

Romanza

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Desfaz

Desfaz a noite,
o brilho das estrelas
se apagam,
as ruas vazias
esquentam
uma, várias flores
desabrocham,
dez faz o dia
a luz é consumida,
e a vida,
essa depende de nós.

Cansaço

Quanto estou cansado,
fico irritado,
quando a mente não sente mais nada,
então tudo para.
parei.
boa noite.

Tempo

Nunca perco a noção do tempo,
por isso fico assim perdido,
eu me oriento pelo tempo,
vivo para o tempo como a tempo,
maldito seja esse invento,
maldito seja o relógio,
que me faz perder a noção da vida,
que me faz viver e consumir
algo que me resta,
algo que me infesta,
tempo, tempo tempo, tempo
uma, duas, três horas,
porque o tempo não para,
porque a vida não para,
acho que se voltar para
casa tudo vai parar,
acho que se voltar a morar lá
o tempo vai parar,
nunca me preocupei com o tempo,
só queria seguir na mesma proporção do relógio
não me atrasar,
mas as coisas,
mas as coisas tem vida,
tem tempo,
tem ferida!
Nunca perco a noção do tempo
e isso me angustia,
me leva alegria,
quem sabe um dia
não quebro o relógio,
não faço parar o sol,
o vento, a noite,
quem sabe tudo isso não se acabará pra mim.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Corri atrás do sol
e venci a minha sombra,
corri atrás de um
sonho e venci a vida.

Convicção

Quando quero algo corro atrás. Isso mesmo corro atrás vou embora, pois sei que as coisas não ficam me esperando. Sou cabeça dura. Se não der certo na primeira vez, tento a segunda, terceira, mas não desisto porque sei que se desistir perderei a minha essência, meu adjetivo cabeça dura.
Nada cai de graça no colo das pessoas. A sorte pode ajudar, mas não é todo dia que ela aparece.
Hoje pode ser um dia de sorte, mas quem sabe não será apenas amanhã, no mês que vêm, na dúvida siga sua intuição e faça tudo como se fosse a coisa mais importante da sua vida, nunca despreze nenhum momento da vida pra ser feliz, pra aprender, pra senti-se vivo. É assim que me sinto vivo assumindo os riscos, aceitando os fatos e tentando dar sempre a volta por cima. Quantas vezes não falhei pra poder acertar uma única vez que valeu a pena. Experimentar viver, correr atrás dos sonhos, dos desejos e de um bom viver torna a vida mais prazerosa. Por isso corro atrás, as vezes quando algo está fácil demais dúvido, pois ninguém dar uma almoço de graça. Corro atrás do que quero quando algo me parece valer a pena.

Dúvidas

Temos muitas dúvidas,
sobre tudo e sobre nada,
cremos em deus e em fada.
Algumas são constantes
outras são distantes,
as vezes paramos e indagamos,
outras vezes nem pensamos.
Mas as dúvidas são boas?
Sem elas acho que não
seriamos quem somos,
teríamos o que temos,
não seriamos racionais.
São ruins?
Com elas enlouquecemos
na busca de uma louca resposta,
nada está terminado,
somos eternos questionadores,
quem sabe se é bom ou ruim,
a vida é assim,
boas pra uns ignorantes,
ruim para os racionais,
maldito racionalismo, realismo
e todos os ismos,
vou desligar o computador,
e esquecer tudo isso,
sem dúvidas.
boa noite.

Calor

Que calor horrível nem o ventilador trás uma sensação de alívio.
Aqui em Campinas hoje acho que foi o dia mais quente do ano,
e agora a noite a sensação é horrível.
Falta ânimo pra fazer qualquer coisa.

Ir a pé

Hoje tudo foi diferente,
sai como sempre cedo,
mas fui caminhando,
vi as coisas passando,
lentamente, percebi
que algumas coisas
perderam a graça,
estou viciado na pressa,
amarrado ao tempo,
vi a barra da manhã,
famosa aurora por mais tempo,
foi diferente, meu joelho
doeu. Ouvi
aves e grilos cantares,
vi o planeta se apagar
quando era quase sol,
as ruas estavam vazias,
as coisas não me chamavam
atenção,
foi uma manhã diferente.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fim de noite

Quando se caminha sem nada buscar,
quando se sai para viajar,
a vida passa sem parar,
uma poesia, uma alegria!
É tarde tenho que dormir,
hoje nem liguei a luz de leitura,
vamos em frente
quem sabe o que vai acontecer amanhã?

Sei lá.

Fim da tarde!

No fim da tarde,
quando as horas do relógio apontam ser noite,
mas o sol teimando em negar,
uma chuvinha caiu
e minha mente refrescou,
o dia foi tão quente e azul,
o sol não parou de reinar
e agora essa chuva
caiu como uma luva,
pra refrescar o calor,
o fim do dia,
foi lindo como uma poesia,
nem triste, nem com alegria,
simplesmente o fim do dia,
se entrega a noite
umido.

Céu azul

Um dia lindo de céu azul,
o sol brilha intensamente,
cheia está minha mente,
de preocupações, divagações.
Quero respirar um bom ar,
deixar de me preocupar,
a paz preciso encontrar,
entrar em homeostasia,
quero me encher de alegria,
quero que caia do céu a magia,
da vida colorida e cheia de poesia.

Hoje está um lindo dia de céu azul,
de certo as ondas quebram na praia,
de certo canta o ferreiro na mata,
de certo mamãe está em casa tirando um cochilo,

será que está chovendo na minha casa?

Minha mente está cheia,
queria voar como um urubu,
ou ser como o vento sempre
por todo lugar,
a refrescar a alma,
desfazer os cabelos de alguém,
sei lá quem,

Tudo bem porque hoje o céu está azul,
o sol está brilhando e faz um calor,
mas a vida continua.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Tramas

Nas tramas negras da noite,
o vento de açoite me acordou,
e me avisou que o mundo lá fora,
só piora, só piora.

Que o mundo aqui dentro é muito
mais seguro, lá fora tudo acontece,
aqui, a noite escurece.

Peço para o vento me contar
o que ocorre lá fora,
então ele cora,
não me conta esse vento,
a noite ele foge,
a noite ele foge,
por onde anda?

Enfim nas tramas da noite,
durmo no meu mundo,
trancado em meus sonhos
em minha vida.

Ando impaciente,
com os ventos que me sopram
o destino,
que querem as Moiras,
por que ando tão aflito,
não sei,
mas tudo passa,
e logo o vento passará,
quem sabe virá bonança,
ou tempestade,
a noite não sabe,
na noite não cabe.

Noite

Noite que me agrada,
restaura meu corpo,
solta minha alma,
como gado no pasto,
solta fica minha alma
nos meus sonhos,

noite que me agrada,
feito fada me põe a dormir,
me faz esquecer que
estou a viver,

embalado nos sonhos,
noite não te vejo
chegar, passar ou partir,

mas noite,
eterna companheira escura,
é em ti que sou meu,
mais seu, mais vivo,

agora me embala,
quero dormir.

Primeiro passo

Quais os caminhos que temos que seguir?
Não sabemos pois não sabemos o que podemos encontrar.
É provável que nosso medo nos impeça de partir,
nossa coragem de fugir,
Na verdade não podemos ficar parado,
pois se ficarmos parados uma coisa é certa
nada vai acontecer,
se voltarmos podemos ver tudo que já vimos,
ou não.
Não temos saída, é importante que tentemos,
mesmo que saibamos que não vai dar certo,
tentar é importante para avaliar em que pé
estamos.
Vamos seguir o caminho que projetamos,
temos uma ideia, uma noção
do que há no mundo, se seguirmos
algo vai acontecer, mas se ficarmos
seremos penalizados pela consciência,
por sequer termos tentados,
seguir em frente,
o caminho está aberto,
se vai ser perto ou longe,
quem sabe, mas dai o primeiro passo
e o mais vai acontecer.

Dia

Hoje o dia foi estranho, sim foi. Sai de casa mais tarde, nem vi quando o sol chegou. Não percebi na beleza da natureza, do dia, quase não ouvi notícias, mas ainda ouvi a conversa entre Heródoto, Coni, Vivi e o Checeu sobre o incêndio no barracão de três escolas de samba do Rio. Não deu para fazer coração dos folíolos com o Tião, ficou para amanhã. Paguei o boleto. Perdi maior tempo, mas por mais que corra o tempo é mais rápido e as pessoas humanas. Bem agora vou ver se me aquieto.

Ansiedade

Creio que algo vai acontecer em minha vida ou melhor já está acontecendo. É que apareceu um concurso e fiquei muito empolgado e já fazia tempo que não me empolgava na parte profissional.
Sabe infelizmente sou uma pessoa ansiosa e já comecei a criar uma certa expectativa, gostaria que fosse diferente, mas ai não seria meu ser. Confesso que estou ansioso, mas que saber que coisa boa perceber que estou vivo e se der certo vai ser muito bom para o meu ego. Apesar do calor que faz aqui está tudo bem.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Semelhança

Ah,
Acordar sob o calor
do verão,
aves cantando nas árvores,
e a mente divagando,
projetado pensamentos,
novos inventos,
viver no verão,
essa estação
quente como o sertão,
é difícil até aqui em Campinas.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Não há poder que não caia, hoje foi o presidente do Egito, mas quem dera fosse o Sarney.

Subjetivo

As vezes quero ficar quieto
no escuro, conversando
com minha alma,
busco a calma dentro de mim,
penso, penso, medito
e não encontro nada,
só a sombra da calma,
respiro, vivo,
assim estou,
Assim sou.

Manhã

Quando a manhã
acorda rindo pra mim,
me acorda e se revela
cada vez mais bela,
e me chama pra vida,
me diz ser querida,
quando a manhã nasce,
quando Aurora anuncia Apolo,
sinto um aperto no peito,
a vida me pega de jeito,
estou aqui,
a manhã me chama para viver,
tenho que querer
viver, amar e sonhar,
toda manhã quando acordo,
inclino a cabeça e agradeço
a deus, a vida
a existência,
sim sou além da matéria,
sou além da palavra,
além da idéia,
vivo a vida,
consumo a vida,
com sabor ou descabor,
com ou sem cor,
sem odor,
sem som,
mas compreendo o mundo
da minha forma,
da forma que a manhã me acorda,
se ouço o canto das aves,
se sinto o cheiro da manhã,
a gota do orvalho,
o calor do sol,
o sabor doce do fruto,
a beleza das formas,
o cheiro dos jamins,
a dor, o desânimo,
o choro, a angústia,
a ira, a luxúria,

Oh manhã te agradeço,
oh Deus te agradeço,
oh existência,
oh vida,

me expresso
em verso,
em palavras,
ou no silêncio
das frases no papel que fala,

Manhã
sedes meu motivo de viver,
amanhã serei um rei,
amanhã serei um vagabundo,
amanhã posso está moribundo,
mas serei,
viverei o incerto, o medo
qualquer segredo,
espero está lá
no amanhã
pra poder ver
o sol sorrir
mais uma vez.

Existência

Creio que há algo dentro de mim que quer extravasar ao abstrato, são ideias que querem ser materializada e usam das palavras para se gerar e parir. Estamos constantemente pensando algo, mas algumas pessoas não conseguem expressar ou simplesmente temem o julgamento alheio. Sim há algo dentro de mim, dentro de ti que quer se expressar que quer ser do mundo e eu ou você que ler agora somos apenas canais. Acredito que algumas pessoas são como uma panela de pressão em que se põe frases, coisas, objetos e sob pressão e calor maravilhosas coisas surgem são expressas, outras pessoas conseguem organizar as e dar vida as coisas que estão fora simplesmente reorganiza o mundo diante do caos, conseguem perceber a beleza no corriqueiro da vida, os poetas por exemplo. Algumas pessoas passam pela vida, sim simplesmente passam pela vida indiferente, vivem suas vidas como quem só tem que viver e consumir a vida, não conseguem fazer nada além do que lhes é imposto pela vida. Que mágica é essa que nos embriaga e nos faz reagir ao mundo estático? Quem sabe. Mas se tem algo em ti que que transbordar, pois o faça. As vezes nos perdemos tentando simplesmente organizar pra poder organizar as ideias, todavia não conseguem pois sempre acham que não está perfeito. A insegurança muitas vezes é a responsável. Seja o qual for o motivo, estarei simplesmente escrevendo sobre tudo ou até mesmo pelo nada, mas é assim que afirmo a minha existência.

Trichosanthes cucumerina L.

Flores brancas,
flores belas,
flores de
Trichosanths cucumerina,
com lindas flores
fimbriadas,
flores de cucurbitaceae,
minha amiga encontrou não sei onde,
mas enfim
uma flor linda de morrer,
menos
é uma flor branca,
suave,
macia,
linda como o sol.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sono

Cansado
busco na cama
um afago,
e logo apago,
caio nos sono,
mergulho nos sonhos,
e minha alma foge,
viaja quem sabe pra onde,
As vezes descanso, as
vezes me espanto,
não me encontro,
então acordo
revigorado.

Sol

Amo mirar o sol,
É na aurora que minha alma
fala,
e no crepúsculo da tarde,
minha alma cala
pra contemplar o sol.
Adoro acordar o sol,
adoro fazer o sol dormir,
gosto de ver ele vir e partir.
Luz crepuscular,
espectro lunar.
Tenho meus olhos
voltados para o céu,
para o véu da noite
que oculta,
Apolo,
Nix e sua sombra,
aconchegante abraça
e embala o sol,
a natureza se recolhe,
minha alma dorme.

Evento

Uma flor brotou,
na manhã desabrochou,
quando a chuva caiu,
no meio do sertão,
e ainda era verão,
era a flor de mandacaru,
onde pousava o urubu,
toda a manhã, vinha ali
pousar,
naquela manhã que a planta floriu
ele sumiu,
partiu?
o sapo cantou,
a água desceu,
apagando a poeira,
quando a flor caiu,
o urubu voltou,
estava no ribeirão,
aproveitando a carniça
da vaca do zé
que morreu do raio que caiu.

Ser

Estamos sempre correndo atrás do que algo, que gera uma expectativa, seja material ou sentimental. As vezes conseguimos e as vezes não. Na verdade se encontramos e conseguimos com o tempo vemos que não era nada demais, não corresponde as nossas expectativas, acabamos desvalorizando e partimos para um novo objetivo. Quando não conseguimos simplesmente o mundo cai sobre nós. Senti-nos mal, decepcionados. Como é deprimente não conseguir algo isso provoca angústia. Sartre já dizia que somos livres para fazemos qualquer escolha, mas a nossa deliberação nossa escolha muitas vezes gera angústia e tristeza. O que fazer com essa angústia que nos consome, nos amedronta? Buscar na religião ou na ciência? A verdade é que não sabemos o que é bom pra nós. Acreditamos desde sempre que o melhor é aquilo que nos dar prazer. Não nos acostumamos a dor mesmo ela estando sempre presente em nossas vidas. É essa busca que gera em nós uma explosão de sentimentos. Esses sentimentos são a força criadora e destruidora do mundo. Conhecer a se mesmo seria um dos primeiros passos. Seguir em frente mesmo perante essas dores é o segundo passo e viver, só assim aprendemos a ser.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O dia passou

Hoje quando acordei,
não vi o sol, não vi a lua,
a rua estava vazia,
soprava uma brisa fria,
não tinha tristeza ou alegria,
não tinha magia,
não tinha fantasia,
era um dia como outro qualquer,
cansado, seguia por entre
as ruas vazias,
as luzes acesas e frias,
pedalando, seguindo em frente,
ouvindo o que acontece
em Campinas em ou na capital,
seguia
no novo dia,
que passou arrastado,
o almoço foi gostoso,
comemos o cardápio de sempre,
feijão, arroz, soja, hoje tinha de mistura
carne moída,
falamos um monte de porcaria,
nessa vida vadia,
a tarde se estirou,
debitei uns créditos na pós,
choveu, mas parou,
e assim meu dia se passou.

Ao tempo

Marco no tempo meu invento,
meias palavras, suaves palavras,
tento congelar no tempo,
mesmo que por breve momento,
algum invento,
um pequeno texto,
que diga algo,
que me faça lembrar,
por muito tempo,
e nem mesmo o tempo
possa apagar,
sabe-se lá,
se somos nada,
se vivemos no mundo
tal qual um grão perdido na areia,
quem sabe
se por um breve momento
sou tudo e nada,
quem sabe,
pelo menos não me cala
o tempo e o nada.

Flor do campo

Flor que nasceu no campo,
ao sol sempre riu,
quando ti vi, tímido
riso me cumprimentou,
a brisa suave suas pétalas
balançou, sorri para ti,
sorri por dentro.

Flor do campo singela,
toda bela,
por dentro e por fora,
rir a qualquer hora
e como sol,
como a lua
estás sempre a minha vista,
ilumina meu dia,
me enche da alegria,

flor do campo que doce seu odor,
que linda sua cor,
sinto sua falta singela flor,
já não é silvestre,
se perdeu no mundo,
flor me perdi do seu mundo,

nos desencontramos
e não nos buscamos,
e agora?

Que fazer querida flor
se ainda resta amor,
se ainda resta algum amor,

que fazer rosa,
se o seu mundo está tão diferente do meu,
se estais mais sensível,
se estou invisível,

Se nada em mim te importa,
se achei que estava sendo demais,
flor do campo,
cadê seu encanto,
acabamos num desencontro,

descarna a alma,
o que nos resta sofrer?
Superar, ou deixar morrer?

Estamos cansados,
da ausência de luz entre nós,
olho as murrayas as flores já cairam,
assim como as flores de espatódeas,
de jasmim, de magnólia,

Ainda restam as quaresmeiras,
as Odontonemia,
ainda tem flor perto de ti,
no nosso jardim?

Queria que sim,
mas senão a vida continua,
pois a vida é contínua,
continuarás flor,
e eu continuo
dor.

Calor

Nem a neblina da tarde
esfria este calor,
chega a incomodar,
acho que vamos pirar,
Calor, pressão,
viva o verão.

Migrar

É preciso migrar, pois migrar é conhecer o mundo a fundo.
Nascemos só, crescemos e aprendemos tudo sozinho, morreremos só.
Somos eternos solitários em intensos monólogos,
avaliando o que é bom ou ruim para nossa vida.
As decisões são sempre nossas.
Estamos em eterno estado de transição,
de aprendizagem o problema de tudo isso
é que nos apegamos, temos muitos sentimentos,
acumulamos uma carga de sentimentos
que nos consome para nosso bem ou nosso mau,
e seguimos com nossas memórias,
ativadas pelos cheiros, pelas formas, por situações,
nos apegamos a tudo isso,
porém quando migramos, sofremos mais, todavia
aprendemos mais a viver.

Luta

Quando o celular desperta,
minha mente cansada,
acorda penso que canseira
não dava pra dormir mais um pouco,
ainda está escuro, será se estou louco?
Assim o dia começa,
a vida parece não está completa,
porque falta algo
que não sei o que é,
mas que busco
dia a dia, acordando cedo,
dormindo tarde,
as vezes nada faz sentido,
o sentido está dentro de mim,
meu mundo é minha linguagem,
busco por esta todo dia,
numa poesia,
numa palavra,
sigo em frente,
viva vida.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sombra

As sombras

A sombra sempre te segue,
quando a persegue,
ela se vai,
mas quando a esquece,
ela segue atrás,
projeta teus desejos,
tuas esperanças,
como as sombras,
nada esperes, pois
se houver luz,
a sombra estará em voce,
se não houver,
siga os cheiros,
tateie,
mas siga em frente,
sempre.

Esperar

Há dia que somos muito fortes,
mas há dias que somos muito fracos,
não andamos, mas nos arrastamos.
Acontecem fatos na vida
que mudam nosso norte,
é preciso ser muito forte,
pra não cair, pra não dormir.

Somos guiados pela beleza do dia,
pela beleza das flores,
pelo sabor da comida
ou simplesmente somos guiados
por nossos instintos,
nossas fraquezas,

Como driblar essas coisas?
Através da religião,
da ciência com seus ansiolíticos,
quem sabe o que funciona pra quem,
nem todo mundo é igual,
mas temos dias e dias.

Buscamos sempre a felicidade,
mas ela nem sempre corresponde
quando menos esperamos ela bate a porta,
entra ou simples mente vai embora,

acordar para a vida é importante,
mesmo que seja tarde,
nunca é tarde....

Chuva

 A Chuva é plena, Ela nos envolve, nos aconchega, Ela é tão plena que toda a natureza se recolhe para contempla-la As aves se calam pa...

Gogh

Gogh