sábado, 30 de maio de 2015

Desejos

Traço uma linha,
E sigo como quem planta numa corrente,
Em linha reta,
Vou plantando meus grãos,
Grãos de milho e feijão...

Ah,

Como encontrar o caminho reto para a vida?

Na música?
Na poesia,
Na pintura?

Na igreja?

rs.

No Sexo?

Tudo apodrece...

Tudo mofa...

Que se vão os desejos.

Universal

Estou perdido no tempo,
Nos giros e sulcos de meu cérebro,
No seio de minha vida,
Pessoa, Shakespeare, Borges...

Meu remédio kafkiano,
Doce Chopin,
Alegre Mozart,
Gogh de minha vida...

E como a brisa e a manhã
Tudo passa.

Engano

Um engano,
Louco e tirano,
É o que virá pelo amanhã,
Ah, não existe coisa mais vã...

Viver plenamente o momento presente,
Pois um dia tudo estará ausente,

Tudo passará
Tudo se eternizará,
Ou melhor dizendo se apagará.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Por que será?

Flores,
Abelhas,
Polén,
Vôo,
Pouso, 
Cálice,
Corola,
Androceu, estames,
Gineceu, pistilo...

Ramos, 
Folhas,

E paro para olhar o mundo,
Vejo o mundo muito com uma concepção botânica.

Por que será?

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Mas será?

Manhã,
Flores desabrochando,
Aves cantando,
Serena a noite parte,
A brisa fresca anuncia
Aurora...

E o escuro se dissolve,
E o mundo ganha forma
E cores.

Maio, dia 25, de 2015,

Só mais um dia,

O primeiro ou o último,
Quantas consciências surgiram hoje?

Estou consciente de que hoje pode ter sido o último,
Mas não foi...

O amanhã quem sabe nascerá.

Quem sabe!

As vezes as coisas parecem desconectadas, mas serão?

Manhã, jardim, flores...

domingo, 24 de maio de 2015

Até quando?

Vivemos o tempo do fazer!

Não tempos mais tempo para nós mesmos.

A todo instante tenho que está fazendo, criando, construindo objetos, coisas não percebi a construção do ser.

Observamos as coisas sem estado de contemplação,
Não vemos nada...

Não podemos parar,

Ou seremos engolidos por nossas importantíssimas ocupações.

Até quando?

O que é ser?

Abro a janela sem pressa de sair. Abro para contemplar o mundo. E o que vejo são antigas castanholas, casas, prédios e o céu.  Acho que aprendi a capacidade de contemplação ou talvez nunca tenha tido. Cada vez o tempo que me sobra para contemplar é ínfimo. Eu perdi o tempo, não sei o que fazer, se contemplo, se assisto um filme, se falo ao celular, se converso no face ou watzap... São tantas as possibilidades que me angustia. Antes eu me angustiava por não ter livros para ler, hoje não tenho tempo embora tenha os melhores livros.
O que contemplar?
Sou o senhor do meu destino. Risos!
Uma oração?
Uma imagem?
Uma paisagem?
Eu perdi a concentração, não sei mais o que é contemplação com essa vida dinâmica em que corro de cá para lá querendo aprender tudo e ser tudo... O que eu sou e em que estou me tornando? Em que estamos nos tornando?
Volto a janela olho o vazio da rua, sinto desespero... Rua vazia, casa vazia, mente vazia...
Acreditava que no futuro as coisas seriam melhores, mas o futuro chegou e tudo continua a mesma coisa, mesma dimensão, ânsias... Acho que estou mais sereno, finalmente o tempo me explicou que nesta vida não é possível tudo, tenho que me contentar com o que ou quem eu sou... Mas quem ou o que sou?
Não responderia, porque sou movimento, sou viver, sou o que penso, que reflito e nada do que tenho é meu... Tudo é emprestado, inclusive o corpo que habito.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

É assim

E segue a noite,
Ler uma poesia,
Tomar um chá,
Cair na balada,
Tudo e nada,
Começo e fim,
O sentido da vida,
Cabe a cada um desenhar,
Colorir,
E viver.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Cada passo

E lá se vai a noite,
Como um ônibus
Que partiu sem nós,
E lá se vai a noite,
E ela vai indo,
E vai sumindo,
Como vamos partindo,
De nossa breve existência,
Não precisamos de olhar para trás,
Sigamos em frente,
Olhando para os lados...
Vigiando cada passo.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Reinventar

Minha alma se dobra,
Diante do tempo,
O qual me escraviza,
Esse louco fluxo
Que me faz correr
E tentar ser o que não sou!
Eu não sou professor,
Não sei professar,
Eu não sou jovem,
Não sei correr,
Eu não sou algo engessado,
Acredito que sou esse fluxo inconstante,
Essa sombra que projeto ser,
E que se constrói e se destrói
Continuamente...
Essa existência que oras me faz ver no futuro,
Horas me angustia perceber o passado
Tão volátil, diluível,
E perceber que o tempo
Voa...

Jaca em família

 Eu sempre amei frutas. Caju, goiaba, pinha, araçá, seriguela, pitomba, pitanga, umbu, cajarana, cajá, coco, coco catolé. Essas tínhamos em ...

Gogh

Gogh