quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Inesperado

Experimentar a vida,
Viver
Cada aurora,
Cada hora.
Poder contemplar a vida,
Cada momento impar
E perceber a beleza nas coisas mais frágeis, efêmeras e delicadas
Nas flores
Que continuamente se renovam,
E se renovam...
Como os dias, como as noites...
Como a vida.

Quando se vive um pouco,
Temos o costume de nos acostumarmos,
E esquecemos o mais importante
Quão efêmera é a vida.

A gente aprende tentando viver.
Aprende aprendendo a tentar...
E dar sentido a vida da maneira mais inesperada.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Divagação

Quando paro e percebo a vida em suas sutilezas como me sinto bem.
As vezes quando desligo do que tenho que fazer e contemplo,
São poucas vezes eu percebo algo além do meu eu.
Como agora é noite ouço o ciciar dos grilos,
Ou quando é aurora e os pássaros cantam felizes,
A gente se sente feliz com poucas coisas.
Guardo ainda o riso de vovó Sinhá.
Tantas lembranças.
Aprendo que viver é esquecer, aprender... Ser.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Solidão uma prisão?

Quando era criança, aos domingos visitávamos nossos avós.
Íamos sempre a pé ou a cavalo.
E um fato marcou.
Ali percebi pela primeira vez a solidão.
No caminho por onde passávamos havia idosos,
Um deles era um cego que saia de casa para tomar sol.
No geral era perceptível a solidão daquelas casas
Que por opção as pessoas haviam escolhido não ter filhos.
Geralmente eram casas limpinhas,
Mas vazias de som, de movimento de vida.
E cada dia as pessoas se engessando,
Optando pela paz,
Pelo silêncio de cemitérios...
Nos fechamos nos  nossos próprios túmulos pessoais.
Borges dizia que vamos cada dia que se passa nos tornando prisioneiros de nós mesmos.
Até que não conseguimos mais nos livrar de nossas prisões.

Eternizar

Se podessemos cristalizar o tempo,
Este momento seria eterno,
A manhã,
O cande de uma patativa,
O som da chuva caindo de leve,
Nocturnes de chopin,
Um chá com tapioca.
E algo de muito bom para ler...

Acordar

Acordar,
Acordar e sentir o mundo,
Acordar e ouvir a chuva chovendo,
Sentir o frio do tempo,
O trovão roncando,
Sentir a brisa fresca da aurora,
Acordar e poder continuar na cama,
E contemplar o canto da chuva,
Sentir-se bem com a textura da cama,
Sentir-se bem com a vida,
Acordar e perceber
Quão maravilhoso é viver...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Sopro do tempo

O tempo soprou o vento,
Soprou a manhã
E estacionou ao pino do dia,
O tempo soprou a tarde,
E a noite pintou o céu de estrelas,
E a noite passou,
E hoje quando senti o aroma da aurora,
Esqueci as dores, as angústias da vida,
Entendi o que aurora me dizia,
Hoje é um novo dia,
Faça da vida uma poesia,
E vi folhas secas pelo chão,
Percebi que as árvores estão constantemente em renovação,
Para renovar há de perder as folhas que as alimenta,
Parte de nós sempre nos deixa
E a vida permanece a viva.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Dia de compreender

Que passa?
Sei lá,
Sabe lá.
Dias se passam,
Noites seguem os dias,
Luas novas, cheias...
Vidas vividas de plantas, de bichos, de animais de estimação,
De gente que amamos...
Há dias vagos,
Dias plenos,
Dias cheios...
Dias e mais dias,
Sem perceber eles vão preenchendo nossas vidas de semanas, meses e de anos.
E a gente sempre na ilusão de dias melhores, de coisas melhores,
Mas será que chegarão?
Será que entenderemos algum dia a vida?
Tentar entender é como tentar esvaziar uma cacimba num brejo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Sem verso

Nem todos os dias são para poesia,
Versos ou proza,
Nem todos dias estamos bem?
Nem todos os dias temos inspiração.
Chega dia que tudo falta,
Tudo irrita,
Tudo abafa.
Como agir?
Sabe lá.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Quaresma Heideggeriana

O tempo que transcorre agora,
Escorre, como tinta e seca,
Se cristaliza, é data,
Esse dia, contado,
É fato consumado,
Esse devir,
Minha melancolia,
Alegria,
Minha angústia,
Quem não tem?
Quem não tem metafísica?
Essa mistura é pura?
Dura talvez,
O tempo dissolvendo tudo,
A vida renovando,
O pulsar do segundo,
Esse eterno devir,
Heideggeriano...

Não creio

O eterno vazio, frio,
A eterna angústia, justa!
Viver...
Ser,
Esse pulsar constante,
Esse orbitar,
Querer ser,
Ser,
Imitar,
Parar,
Esse medo de ser, de ter.
Esse vazio de sentido, tido.
Amanhã é outro dia,
E hoje o que foi?
Uma tentativa oculta de ser...
Esse ser histórico,
Centenas de palavras,
Frases... memórias, angústias.
Hoje é tarde,
Sigamos em frente, ausente,
Sigamos em riba, comprida.
Porque escolher é sofrer,
Porque escolher é acertar e é errar...
Errantes, caminhantes,
Qual é o caminho certo, mais perto?
Há algum?
Não creio, não creio.

Parte dela

Haveremos de encontrar nossa paz interior,
No mais lindo aurora,
Na manhã ensolarada,
Ou mesmo sob a chuva suave ou forte,
Na rosa desabrochada,
Na brisa soprando,
No perfume puro da rosa,
Na manhã de terra molhada,
Numa manhã de natal,
No primeiro dia de aula,
No riso de uma criança,
Na saudade do vivido,
Nas memórias mais doces,
Na tarde que cai,
Na leitura do melhor livro,
Na noitinha fresca,
No sereno,
Na conquista de um sonho,
No primeiro beijo...
No final tudo se esfacela,
Tudo some,
Tudo evapora,
Mas que haja sempre esperança
Que a vida sempre renove,
Apesar dos pesares...
Todo o sacrifício ainda vale a pena,
Porque a vida é bela,
Porque somos parte dela...

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Indefinido

Estamos longe de encontrar o que buscamos,
Simplesmente porque não sabemos o que buscar.
Temos a vida para viver,
Temos um modo de ser,
Temos um modo de existir
Que muitas vezes não faz sentido algum.
Mas existimos além da razão,
Mas existimos além da emoção...
Existimos!
Existimos como as coisas mais simples existem independente de qualquer coisa.
Como uma folha jovem que cresce,
Como uma folha seca no chão...
Ela cumpre sua função de folha e assim é!
Não há um questionamento, uma razão...
Como dizia Sartre a existência precede a essência...
E qual é a nossa essência?
Talvez me perca nas indagações, sempre o faço,
Todavia esteja tentando uma forma distinta de questionar.
Talvez nem seja interessante isso ou aquilo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Após

E se passa mais um dia,
Lá se foi o sol,
Aos viajantes estradas rodadas,
Quilômetros distantes,
Cruzados,
Rodados,
Quantas paisagens belas
Se passaram e não foram vistas,
Ah,
A vida é como uma viagem numa estrada,
Que se pode andar somente seguindo em frente
Ou contemplando o que está no entorno,
E assim cada um segue sua viagem.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Viver é tudo

O tempo me espanta,
O tempo não fica no canto,
Não cria poeira,
O tempo é sempre jovem,
É subjetivo,
Há dias que parece que a gente vive a uma eternidade,
Há dias opostos, nos sentimos jovens.
E a malha que trama tudo isso é a emoção,
Que uns tem muito e outros nenhuma.
Também há os valores,
Os medos,
São tantas coisas,
Que só o tempo decanta em nossa mente,
E nos ensina a viver.
Viver com parcimônia,
Viver com sabedoria,
Viver com coragem,
Pois a vida é isso,
Essa eterna jornada, batalha,
Em que sempre saímos lesados,
Mas ao mesmo tempo,
Viver é tudo e não nada.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

a vida

A vida como semente germina,
Como flor desabrocha,
Como fruto amadurece,
E os fatos que lhes preenche,
A vida merece sempre ser vivida,
Nem todos são heróis,
Nem todos aprendem com caracóis.
A vida...
A vida.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Quem sabe

Onde vou?
Onde estou?
Eis que cai a tarde,
E sinto uma breve saudade,
Porque o tempo passou
E levou de mim,
Tantos momentos
Não vividos,
E os vividos
MUITAS
vezes não fiz valer a pena,
Mas quem sabe haverá um amanhã
E tudo poderá ser diferente.

Oração

O mundo profundo,
Nós tão superficiais,
Tanta coisa acontecendo,
E nós pro umbigo olhando,
Nada demais acontecendo,
E nós para nossos mundos vivendo.
Que algo aconteça,
Que não nos padeça,
A coisas ruins,
E se assim acontecer,
Que a fé nós ensine a viver mais humanos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Buscar o caminho

Oh, pele morena,

Olhar tímido,

Tuas rugas de tempo vivido,

Viver,

Se perder no mundo.

Amor dormido

Sabe!
Cada um que entra em minha vida,
Ah! marca,
Mas tem gente que deixa marca...
Deixa pegada na roxa,
Talha o coração,
Sem expressão,
Por medo da felicidade,
Se perde a felicidade,
A felicidade são breves momentos,
Ao lado de quem nos ama,
Quem se sente bem ao nosso lado...
E saber que é tarde.
Arde o coração.

Se perder no caminho

Já não mais teus beijos,
Já não mais teu abraço,
Já não mais teu cheiro,
Já não mais teu carinho,
Já não mais com você.
Você que esteve comigo,
Você que me fez sorrir,
Você que me fez sentir bem,
Você que me fez ser dois e não mais um,
Você que me fez feliz,
Não sei por que não quis,
Ser de você e você de mim.
Seria fácil assim,
De entender,
De viver,
Com você,
De pélos dourados,
Você que sabe quem é...
Não te esqueço,
Tenho seu endereço,
Mas perdi o rumo do teu coração,
E me perdi tentando aprender a viver.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Presente

Os anos só me mostram
Quão interessante é a vida,
Que viver o presente
é muito além de pensar
no passado ou futuro...
Que o tempo passa,
Intermitentemente,
E que as melhores lições de vida
aprendemos em instantes desapercebidos,
Quando estamos presos ao presente
E não nos damos conta dessa imensidão.

Apreender

Os dias que se passam,
Passam suave, agitados,
Loucos, em bonança...
Eis que passam, sempre...
E o que nós parece novo
Pode ser velho para o outro,
E assim pode ser o inverso.
O tempo, somente este tem algo para nos ensinar,
E nos fazer experimentar,
E saber quão efêmera é a vida.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Memória?

Passo,
Espaço,
Que buscar?
Caminhar sempre,
Seguir em frente,
O amanhã é muito incerto,
Uma canção,
Um aroma,
Um sabor,
Uma cor,
Um poema,
Uma memória,
Marcas de um passado,
Desbotado pelo tempo,
Pelo vento...
De que substância é feita nossa memória?

E tudo

Um lugar,
Novos hábitos,
O tempo,
O tempo,
As luas,
As estações,
O mesmo lugar,
Hábitos envelhecidos,
Toda essa construção,
Toda essa invenção,
Esse ser que é,
Que se transforma,
Velhos tempos,
O sol se põe,
E tudo desaparece pela noite,
E tudo reaparece pelo dia,
Tudo tão material,
E tudo passou.

Manhã perfeita

Uma manhã ensolarada,
O dia inteiro sem ter o que fazer por opção,
Livros, música, filmes,
A mata e a estrada que a corta,
O canto das aves,
O sol que imunda o mundo de luz,
Férias,
Um dia só seu,
Todo seu,
Que o imprevisto mal não te apareça,
Que tudo corra maravilhosa e perfeitamente bem.
Amém.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Dúvida

Algo suave como a brisa da noite,
Que nos faz sentir bem, mais alegres,
Algo realmente tênue,
Singelo como uma flor recém desabrochada,
Uma borboleta fresca,
Algo que tá para mudar,
Algo que acontece,
E nos faz ser.
Que será?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Metafisica da noite

Dezembro,
Amanhã o mês descamba para o fim,
A noite já caiu,
Aos poucos a luz do dia se vai,
A sombra da noite cai
Acendendo a lua crescente,
Minhas rosas do deserto florescem,
Piscam as luzes de natal,
O tempo vai passando,
E a gente disperso,
Perdidos no cotidiano sem se ater ao todo.
E assim vivemos sem entender o sentido da vida,
Vai ver a vida não tem sentido nenhum.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Metafísica dominical

Este universo que me constitui,
Que por inteiro me possui,
Ontem, hoje e quem sabe amanhã,
Passageiro, aventureiro,
Sigo os caminhos que são para eu trilhar,
Costumo observar as coisas,
Cada particularidade,
Cada objeto, cada canto,
Cada parte da matérias,
Que me diz a que vim aqui,
Quem sabe o propósito da vida?
Um filósofo?
Ou só aquele que vive,
Acho que só aquele que vive pode saber
O propósito de viver,
Rodar pelo mundo,
Girar em torno de uma ideia,
Ser útil, Ser bom, Ser altruísta,
Tudo passa por nossas mãos,
Tudo é nossa responsabilidade,
Ou quase tudo
Ou nada.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Segredo

Segredo,
Que? Vai me contar?
Não!?
Por quê não?
Fala!
Não?
Pensei que fosse amigo, mas não é.
Conta!
É sobre A? B? C? Y e Z?

Conta logo?
Não... Chato.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Espelho estelar

A noite,
Estrelas piscando,
O mundo girando,
O tempo passando,
Vento estelar,
Céu limpo,
Azul marinho,
Meu olhar,
Meu pensar,
Tantos olhares
Ocultos
Que poderiam se cruzar,
Mas que as estrelas não cuidam em revelar,
Oculto, oculta a noite permanece,
Ad infinutum.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Nossa senhora

Vô Sinhá, certamente se estivesse viva hoje rezaria um terço para nossa senhora da Conceição.
Acompanhei diversos anos sua fé e suas orações a Nossa senhora.
Assim como ela os pais dela e os avós dela que viveram alimentados pela fé e só através da fé conseguiram sobreviver num mundo de dificuldades materias, econômicas, sociais entre tantos adjetivos.
Sempre indo a capela de Nossa senhora da Conceição ver as missas, ouvir os sermões, batizar os filhos e netos e se despedir dos entes queridos.
Tantas coisas vividas, uma vida de tradição que já não é seguida, tudo agora se esvai.
E o que podemos fazer?
Vovó partiu, suas filhas não tem a mesma fé, nem eu sei se tenho.
Bom mas aqui uma reflexão cheia de saudades de vovó sinhá.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Cascata

Sol,
Sal,
Céu
E mar,
A brisa,
Areia,
A umidade,
A vaidade,
O horizonte,
O tempo que passa,
Assim como a brisa,
Tudo se enlaça.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Depende

Um passo,
Curto espaço,
De cada vez,
A seu tempo,
Tudo passa,
Ultrapassa,
Infinita seta
Do tempo,
Que desconhecemos,
Não compreendemos,
Uma reflexão,
Um aforismo,
Um poema,
A crítica,
A emoção,
A razão,
A conclusão,
Tudo depende.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Fazer o melhor

Como é bom viver,
Ver o amanhecer,
Sentir o entardecer,
Como é bom está vivo,
Se sentir vivo,
Cheio de vida para viver,
E o que vier
Que venha,
É bom está pronto,
Ciente das possibilidades,
São tantas,
Mas esperança,
Sempre é hora de mudança,
Sempre é um bom momento para melhorar,
Ser diferente,
E só de saber que cada instante é único...
Que venha a vida,
Que venha o amanhã...
Vou fazer o melhor para ser feliz.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Hoje

Madrugada enluarada,
Canta feliz a passarada,
As estrelas vão se apagando,
A brisa da manhã passando,
As sombras são reveladas,
Canta, canta passarada.
E acordo para mais um dia,
Mais uma chance,
Mais uma vez,
Tudo é possibilidade hoje.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Paixão

Longe dos olhos,
Longe de mim,
Tu estás tão distante,
Meu peito palpita
Se sei que posso te encontrar,
Se posso ouvir tua voz,
Não te vejo,
Não sinto seu beijo,
Estou sem desejo,
Feito um cometa
Em orbita errante,
Ah...
Enquanto não morre
Esse paixão,
Sofre coração.

domingo, 29 de novembro de 2015

Aurora jasminoide

Uma  manhã de domingo,
Como tantas outras manhãs
Ensolaradas e radiantes,
As vezes em momentos como estes,
Estamos a sós.
A gente sempre procura algo pra disfarçar a solidão,
E muitas vezes nem estamos só.
A verdade é que algo nos falta,
A verdade que essa falta angustia.
O que nos falta?
Uma paixão, uma meta, Deus...
Nesses momentos a gente pensa na vida mais intensamente.
E só, descobrimos a importância do outro em nossas vidas.
E a graça de tudo é que temos irmãos que escolhemos
Os amigos.
Tive o prazer de conhecer uma pessoa maravilhosa,
De olhar tímido e riso livre,
Doce e muito perspicaz,
Que se revela cada dia mais admirável,
Inteligente e interessante,
Um jasmim em antese,
De flores cândidas e perfumadas,
Encantadora, apaixonante,
...
Linda flor Regina,
Sois o sol de feriado numa praia paradisíaca.
Alguém que preenche uma manhã de domingo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Luar

E uma noite dessas,
Tão clara, tão enluarada,
As estrelas mais distantes,
Se ocultam só para verem a lua reinar.

Noite bela e inundada da cor prateada,
Da luz especular
Lua prateada lunar,

João Pessoa abençoada,
Cheia de luz,
De vida,
De existência.

Lá se vai

Fim de mês,
Fim de ano,
A tarde surda,
Sem som
De gente conversando,
Criança brincando,
Pássaros cantando,
Só o silêncio do tempo,
Só o eco de memórias,
O silêncio,
Solto no ar,
O tempo em pó,
E a tarde que cai,
Tem o sol partindo pelo poente,
E a luz rasgada nos ramos das árvores,
Se vai o dia, o mês e o ano.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Esperança

O que se entende do mundo,
Se compreende de desejo,
Se compreende de paixão,
Se compreende de dor,
Se compreende de momentos,
Pessoas fortes,  pessoas fracas,
Fé...
Esperança...
Um novo amanhã raiará após a noite de hoje,
E sempre raiará,
Não podemos perder as esperanças,
Uma palavra dita nunca volta atrás,
Autoconfiança,
A vida continua a pulsar,
A existência persiste até o fim,
E no fim,
Vale a pena,
Vale a pena,
A existência é superior a inexistência.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Alívio

Cansaço
Após o limite,
Aflora o cansaço
E tudo perde o encanto,
Exceto a cama,
O travesseiro,
O colchão...
Após a batalha,
Resta o suor e o sono,
Após a leitura de uma longa obra,
Vem a saudade,
Após vencida a batalha,
O alívio...

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Corrente abstrata

Um sol,
Sob um sol,
Uma manhã,
Uma tarde,
Meio dia,
O dia,
Algo encantador,
Algo desolador,
Borboletas bailando no ar,
Voam leves,
Bailarinas encantando o vento,
Fugindo do tempo,
Riacho escorrendo,
O brilho transparente,
Puro castanho da areia,
Teia de aranha,
Flor de marmeleiro,
Perfume de mufumbo,
Algo faz sentido a alguém,
Ou é pura abstração.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Limites

Limites,
Além de onde consigo ver,
Além de onde possa ouvir,
Além de onde possa cheirar,
Além da percepção,
O amanhecer, o entardecer, o anoitecer,
Ciclicamente se repetem,
E nós, nos perdemos,
Se não conectamos e não percebemos
As relações. Tudo é tudo e nada é nada.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Paixão ao inverso

Que em mim me implode?
Que em mim me explode?
Emoção,
Paixão,
Ciúmes,
Medo,
Dor,
Fraqueza,
Dúvidas,
Incertezas,
Tudo isso num coração cheio de paixão.
Quem não sofre desse mal?

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Descanso

O descanso,
Rejuvenesce,
Alma,
Noite,
Sono,
Sonho.

Caos tropical

Sol a pino,
Pente fino,
Calor, luz e suor,
Tudo que me incomoda, me provoca,
Destroi-me e constroi-me,
Ontem, hoje... E a incerteza do amanhã.
Que hei de encontrar,
Espero ser quem sou,
Amém.

domingo, 15 de novembro de 2015

Consumir

Que ocultas vida?
Bons ou maus presságios.
Se bons que esteja pronto para a alegria,
Se maus, Deus dai-me força.
Noite, dia,
Lua cheia, minguante, crescente ou nova...
Tempo intermitente,
Passa sem parar,
Os grãos de areia da ampulheta,
O tempo que escorre
Como o vento,
E nossa alma se humaniza.
Vivendo descobriremos,
Consumiremos nossa vida.

sábado, 14 de novembro de 2015

Tentação

Noite,
Noite profana,
Noite insana,
Noite,
Noite faceira,
Perfumada espirradeira,
D'alvas flores,
Deliciosos odores,
A noite é sua apoteose,
A noite quem sabe se nos encontraremos
Em meus sonhos,
Uma noite a mim,
Só tenho olhos para o sono,
E me perco
E me ordeno,
E sou o que sou.

Moer

O moinho,
O milho,
Braços a trabalhar,
Aço a moer,
O fruto seco,
A farinha,
A conversa,
Para moer é sempre bom está acompanhado,
Moinho emprestado,
Um canto fixo,
Moe,
Tudo se foi é passado.

Fogo

Fogo que aquece,
Suavemente amolece,
Ferver, dilatar, fundir,
Mudar de estado,
Cozinhar,
Alterar,
Relações,
Calor,
Luz,
Cor,
Cheiro evidente,
Dilatação,
Instante infinito,
Último respirar.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Algo passado

Perdido no tempo,
Imerso no cotidiano
Que se faz e desfaz
No ontem, no hoje,
Amanhã quem sabe?
Aquela rotina que se desfez,
Ir de lá pra cá,
De está juntos,
De observar seu lindo batom,
Cachos loiros,
Allstar,
Feijoada,
Cinema,
Beijos...
Ver e sentir o tempo passar,
Acompanhado,
Algo passado.

Trans

As vezes a gente não quer o silêncio,
Não quer está só,
As vezes a gente pensa na solidão,
Pensar é está doente dos olhos dizia Pessoa,
As vezes, meu Deus,
Parece que tudo perdeu sentido,
Mas num golpe de vista tudo muda,
Tudo muda para melhor
ou não.

Sem direção

As vezes perdemos o mais precioso a razão,
Tentamos nos resguardar no futuro ou no passado,
Mas onde fica o presente?
Nossos anseios, nossos desejos, nossos medos...
Perde-se a razão por se viver na imaginação.
Mas é preciso despertar do sonho que é a paixão,
É preciso se curar.
É preciso encontrar uma direção.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Errante

Um lugar,
Uma paisagem,
Um encontro,
Flores perfumadas desabrochando,
A luz tênue da manhã,
A brisa,
Areia fina,
Ervas, lianas,
Caminhar,
Respirar,
Ser...
Eis o universo,
Eis o ser.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Rimando

Suave movimento,
Som,
Folhas chiando,
Nos ramos,
No não,
Tom verde, ocre, rufo,
O perfume doce e branco da guetarda,
Na manhã que se doa ao sol.
Dia dia...
Breve poesia.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Caos

Faz-se o caos,
Faz-se o caos em minha vida,
Como um furacão,
Tudo se desarruma,
Tudo se desorganiza,
Livros de literatura,
Filosofia, botânica...
Quero mostrar o mundo.
Pipocas,
Um chá,
Forró que dor,
Esse caos que vem e vai,
Perfume de mufumbo,
No fundo,
É tudo tão bom,
Diferente...

Angústia

O tempo, ah o tempo...
Dias de sol e vento,
Tristes e maus tormentos,
O que me aflige?
É o medo.
Medo do tempo ido,
Do dia vivido,
Do passado longo,
Medo da eterna angústia,
Da falta de astúcia.

Ah, o tempo,
Ah, memórias...
Ser esse ser.

Borges, Pessoa,
Nietzsche,
Faróis em dia de névoa...
Espantalhos da solidão.

Materialismo

Penar,
Agir,
Criar,
Qual nossa intenção como ser?
Amanhece e desperto para a vida,
Não é mais um dia, mas o dia,
A possibilidade,
De ser diferente,
De sair da mente,
De materializar o impossível,
De ser além do humano,
Tudo isso numa vida.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Disseram-me

Ah,
Cada dia,
Cada dia que passa,
Uma nova descoberta,
Um poema,
Versos,
Uma música,
Uma história,
O desenrolar de uma situação,
Aprendizagem,
Experiência,
O tempo,
Borges,
Gogh,
Esquisofrenia...

Uma amiga me falou que todos os grandes eram esquisofreÊnicos...
Será...

Que isso importa.

Bossa nova.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Tentativa

Quão passageira é uma estação,
A primavera se enfeita de flores,
Se perfuma se enche de cores,
Depois as flores deitam-se no chão,

Tenho deitado flores pelo chão,
Tenho feito coisas que não deveria,
Tanta coisa nessa vida poderia,
Ter feito mais ou menos não?

Tentativas e mais tentativas em vão,
Ah, essa vida, essa vida cadê alegria,
Não sei, falta-me de longe expressão,

Mas a manhã tudo vai voltar a brilhar,
Sabe lá,
Sabe lá.

Caminho

Suave cai a tarde,
O vento sopra leve,
E faz as árvores balançar,
Faz as folhas chiarem
O som do além,
Aqui no aquém,
Incerto dia a se passar,
Algo em mim sorri,
Algo em mim falta,
Essa existência,
A graça de ser,
De ter um guia,
Deus.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sem perceber

O dia,
Silêncio,
A noite,
Risos amigos,
Um bom papo,
A noite perfeita,
A vida perfeita,
Com seus altos e baixos,
Suas veredas,
Becos e esquinas,
E assim passam os anos,
A vida,
Sem percebermos.

domingo, 1 de novembro de 2015

Aniversário

Os anos,
Os anos passam,
Passam sem parar,
Passam por passar,
Hão de contar nossa história,
Alegrias, dores e glórias,
Ontem existiu,
Hoje possibilidade,
Amanhã incerto,
E a vida passa.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Determinado

E como o vento que passa,
Passam dias,
Passam as flores,
Passam as aves,
E tudo acontece,
A vida enaltece...

Vida,
Poesia,

Alegria,

Num determinado tempo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Tardes

Tarde maravilhosa tarde,
É tão maravilhoso senti-la passar,
Quantas tardes já não deitaram em minha vida...
Inúmeras...
Tardes bonitas, chuvosas...
E agora tardes limpas,
Bonitas, cheias de melodia,
Roxinós,
Vem-véns...

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Plenitude

Quão grande é a tarde,
Perfeita e maravilhosa,
Hora que caminhamos para casa,
Hora que se fecha mais um dia,
E quando chegamos em nosso lar
Podemos contemplar e está feliz por isso...
Contemplar a imensidão do mundo,
Sentir que tudo deu certo,
Tudo agora se recata
Para ser abraçado pela noite.

Poeta

Com a alma inquieta,
Leio versos de um poeta,
Fico matutando, pensativo,
Com palavra e substantivo,
Que cantam sentimentos,
Sensações e coisas como ventos,
Sempre a passar,
Sempre a deixar,
Algo que aquiete,
A alma humana,
E que a vida continue cigana,
Orbitando na humanidade,
Esquecendo a vaidade,
Desquietando a existência.

domingo, 18 de outubro de 2015

Fases

Que a num peito solitário?

A noite a espreita,

A brisa caridosa,

Folhas ao vento,

O tempo, o tempo, o tempo.

A arte, a escrita,

Emoção!

Como captura-la?

Profunda escuridão,

Melancolia,

Tudo faz parte de compreender a existência,

As tardes profundas antes do sol,

Raios dourados,

Breves,

Apagados,

Pela noite,

Não se pode ser feliz a todo instante,

Nem triste incessantemente,

Tudo são fases da vida.

A beleza da existência

Existir!
Ver e compreender
E sentir a alma feliz
Num amanhecer,
Num entardecer,
Num anoitecer,
Num enluarar,
No sono de um recém nascido,
Na chegada das estações,
No desabrochar das flores,
Na leitura de um poema,
Numa jornada concluída...

E sentir saudades do livro lido,
Do filho crescido,
Do casamento,
Do juramento de formatura,
De uma vida boa vivida,
A incerteza do amanhã
Nos humaniza...

Saudades dos grandes mestres,
Dos amigos de infância,
Dos lugares secretos, nossos refúgios...
Viver nos ensina,
E vivemos descobrimos tamanhã
Beleza da existência.

sábado, 17 de outubro de 2015

Labirinto

O tempo,
Através de um labirinto de espelhos,
Vejo meu corpo,
Mas não percebo minha alma,
Não captamos as almas,
Mas podemos ver as marcas
Que o tempo deixa em nós,
Através da profundidade dos espelhos,
Nos vemos ao infinito,
Onde vai nossa imagem?
Mais ampla que nosso ser.
A curta certeza do ontem,
A incerteza do amanhã.
Esse ser pulverizado de memórias,
De experiências,
Tão aberto a conhecer,
E a esquecer,
Mistérios que nos encantam,
Apenas povoam nosso ser,
nossos sonhos.

Noite macia

Cai a noite,
Esse imenso mistério,
Profundo encanto,
Sombras da noite,
Oculta matéria,
Oculta forma.

Que há na noite?
Olhos rasos,
Alma, sensação no próprio ser,
Ouvimos nosso ser,
Nossa respiração.

Podemos tocar na solidão,
Cuja textura é macia e fria,
Nesse instante nossas memórias
Rutilam feito estrelas no céu,
E vemos nossa vida
Passar em nossa mente...

Tudo é necessário viver,
Para entender a vida,

Pois a noite nos proporciona
Tais momentos,
Um dia seremos todos
Estrelas noturnas...
Memórias perdidas.

Coisas necessárias

Vida maravilhosa,
Tendes tanto a nos ensinar,
Cada dia impar que vivemos,
O quanto não aprendemos,
Todavia precisamos aprender mais,
Sempre mais,
Cada suspiro é raro,
Cada suspiro é caro,
Pois é impar,
E mesmo assim porque alojamos no nosso peito,
Tantas coisas desnecessárias?
Dúvidas, medos, anseios, ansiedades,
Tristeza...
Bom precisamos entender também que tais coisas são necessárias...
Entender a vida ou não entendê-la,
Tanto faz.
A vida há de ser consumida como uma vela...
Tudo há de passar de qualquer forma,
Mas a vida é maravilhosa.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Reflexão noturna

A noite passa silenciosa,
Aqui, neste momento quanta paz repousa em minha alma.
Sinto a noite de tantas formas,
Posso ouvi-la,
Posso vê-la,
Posso vivê-la,
Percebo a noite,
Como sempre percebi,
Como aprendi a vivê-la,
Na calma,
Na paz,
Deixando meu ser partir
Para o universo, além do verso,
Para o sonho...
Profundo.

Sei que a noite passa silenciosa,
E adoro que passe assim,
Porque é assim que sou,
Do contrário,
Desexisto,
Inexisto...
Serei outro ser,
Que não quero viver.

Sexta-feira

Parte semana,
Vai...
Sexta feira,
Tem dia melhor?
O sol brilha aliviado,
O almoço é tão saboroso,
E a tarde se passa fagueira,
E a noite se prepara para algo especial...
Cada um com seu motivo,
Cada um com sua alegria...
Sexta feira é poesia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Natureza

Quão graça há na natureza,
Encanto profundo e beleza,
Aves que voam e cantam,
Formigas que trabalham sem parar,
Cigarras a cantar,
Peixes nos rios, lagos e mares,
Abelhas por toda parte,
Flores, cores, textura e odores,
Tudo a nos encantar,
Quanta graça,
Quanta graça,
Mãe natureza,
Seio de tudo,
De encanto e beleza.

Metamorfose

A tarde hoje, mesmo em outubro,
Não caiu dourada, mas fria e cinzenta,
Silenciosa, tímida,
Só faltou um sabiá cantando,
Para me sentir numa tarde de inverno...

Memórias,
Memórias,
Tempo,
Essa viagem vida...
Esse ser dia a dia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Silenciosa tarde

Que tardes belas e silenciosas,
ocorrem em outubro,
Hoje até choveu,
Esfriou e o sol reapareceu,
Quanta luz,
Quanta beleza,
Quanta alegria,
Ah, graças dou a Deus,
Por um ano difícil,
mas que se cobre com um véu de beleza,
Uma doce inteireza...
Dias de profunda beleza e paz,
Noites estreladas...
A vida quando é boa, voa...

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sinestesia

Sinestesia,
Aromas,
Texturas,
Cores,
Sons,
Que pode me dizer a natureza?
Tanto quanto, consiga aprender,
O cheiro do cajá,
Sua cor amarela,
Sua forma cilíndrico-oblonga,
E quando aduro estoura no chão,
Sua suculência ecoa suave,
Ou quando cai rola pela areia,
Suave até parar,
Quem sabe formigas se deliciarão
O acre-doce fruto do cajá.
Cajazeiras...
Cajazeiras,
Crescem no barro duro,
E impera anos afinco,
Sua cortiça testemunha
Dos difíceis anos...
Essa existência
Além de mim,
Essa existência
Que atravessou milhões de anos,
Me impressiona,
E há de varar sua existência,
Fazendo salivar nossa espécie humana.

Ondular

Noite, dia, noite, dia,
Horas a fio!
Vivendo cada momento,
Sentindo cada instante,
Breves, longos... Momento.
São sinuosidades da vida,
Essa plena onda,
Oras na crista, oras na depressão,
Para entender tudo isso!
Basta viver,
Crer em ser,
Tudo é tão velado,
Quando desvelado
Torna-se tão simples,
Ser,
Viver,
Existir.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Criança

Segunda feira de feriado,
Após o domingo,
O dia das crianças,
E uma casa sem criança,
Sem alegria,
Sem poesia,
Assim é.
Não há alegria,
Nem presentes sendo rasgado,
Não há memória,
Nem importância.

Mas ao menos é Dia de nossa Senhora de Aparecida,
Ainda há a fé...

Há Chopin,
Há livros,
Há trabalho,
E imaginação...

Há memórias dos dias das crianças,
Quando mamãe me fazia feliz com brinquedos,

Havia algo muito mágico neste dia,
E eu sei que há,
Para as crianças que serão um dia adultos como eu,
Que façam melhores escolhas
De como queiram ser,
Que brincando encontrem uma ótima forma de ser feliz,

Que tenha orgulho e respeito pelos pais
E não realizadores de desejos.

Porque ser criança é mágico,
Divino,
Extraordinário,
É ter a certeza que o mundo não termina hoje,
Só amanhã,
Amanhã...

domingo, 11 de outubro de 2015

Escolha

Escolher!

A tarde sempre se vai
E com ela o dia,
Cheio de histórias,

Sim porque cada dia é impar,
E não percebemos isto muitas vezes...

Podemos fazer a escolha certa,

Entre partir ou ficar,
Entre um girassol ou uma rosa,

O que nos leva a fazer a escolha mais correta?

É preciso ter convicção,

Porque a tarde sempre se vai,
O dia,
E tudo que cremos ter ou ser.

Superfícies

A
Cor,
Forma,
Dimensão,
Profundidade,
O que é o mundo físico?

Onde nos imergimos,
Onde existimos,
Onde existem coisas maravilhosas
E não maravilhosas...

Podemos escolher um prisma para ver o mundo...

Cada segundo é precioso.

É preciso cuidado para não gastar seu tempo com o nada...

E compreender o mundo,
Pode ser maravilhoso,
Essa aventura tem que ser apreendida,
Cedo!

Me atenho a contemplar o mundo
E suas diversas faces...
E assim somos.

Movimentos da vida

Existir,
Ser,
Viver!

Essa breve existência,
De lutas, vitórias e derrotas,
De energia e cansaço,
De alegria e cólera...

Movimento dialético do ser...

Esta trama do conhecer,
O mundo,
As relações,
O ser!

Algo denso,
Algo profundo,

Entender a transformação irreversível da matéria,

Os movimentos, acontecimentos e tudo que nos rodeia,

Compreender tudo,
Para aceitar

A humanidade,
Os limites,

E assim transpor as maiores barreiras,

Mas tudo é impossível,

Se não compreender,

A que existimos...

Os movimentos da vida.

sábado, 10 de outubro de 2015

Outubro

Não tenho dúvidas,
Outubro é um dos melhores meses do ano,
Se não melhor,
As madrugadas têm lindos auroras,
Encarnados feito brasa de fogueira,
As manhãs de outubro são tão lindas,
Frescas...
As brisas sopram frouxas,
A luz é tão nítida,
O céu tão azul,
E há um perfume de cajueiros floridos,
Uma alegria viva nas pessoas,
Bouganviles mais encarnadas,
E o como é intenso o canto da passarada.
Outubro...
Outubro,
Depois Novembro.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Te amo mamãe.

O tempo passou e nem percebemos,
Não percebi, mãe, como o tempo agiu em nós
E deixou marcas e nos uniu e uma história vem se cumprindo,
Como sou feliz em vê-la envelhecer,
Mesmo diante de tantas dores que te vi sofrer,
Envelheci junto, e vamos envelhecendo juntos,
E assim segue a vida nós vivemos feito satélite,
Hoje eu quem quero cuidar de você,
E tenho o mesmo medo que tinha comigo
Quando me pegou quando bebe,
É a vida mamãe,
Parabéns, pelos 65 anos.
Te amo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Harmonia

O silêncio
Noturno,
Estrelas a brilhar,
Pulsando no céu,
A pulsar e nos encantar,
Noite silenciosa noite,
Noturna, soturna,
A noite dorme encantada,
Cada ser persegue sua paz,
Seus sonhos,
Tudo descansa.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Após tudo

A noite,
Após um dia longo,
Em que tocamos a aurora,
Após ouvir as aves cantarem radiantes na manhã,
E voarem felizes,
Após a manhã,
Após o almoço,
Após a tarde,
Após ir e voltar,
E agradecer pelo dia,
Como não crer na felicidade?
Como esquecer que tudo é vaidade,
O mais agradecimento.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Café

Madrugada,
Aurora desponta no horizonte,
Como um braseiro de fogueira de ontem,
O céu estrelado como em todo o passado,
Estrelas rutilam no monturo,
O graveto quebrado,
De mameleiro,
Sabe lá, maravalha fina que acende com palha de milho,
E eis que uma luz a mais se acende no fogão,
Água fria na vazia,
Em seguida vai ao fogo,
E se aquece e quando começa a mudar de estado,
Borbulhando,
Vai ao bule pelo coador,
E a água quente tem um som diferente
Ao se derramar,
Um som oco!
Aquece e estrai do café a cor, o aroma e o sabor,
O café desperta a gente para o dia,
Para a vida, para o mundo,
Só então a manhã pode nascer.

domingo, 4 de outubro de 2015

Engrenagem

Calmaria,
Silêncio,
Domingo,
Preguiça,
Comida farta,
Praia,
Areia,
Sol,
A tarde cai rápido,
Tempo apressado,
Esperança,
Expectativa,
Noite,
Silêncio,
Amanhã tudo recomeça...
Nessa grande engrenagem,
Mês, ano, tempo...

Contemporaneidade

Levanto,
Vou à janela, abro e sinto o cheiro frio do mundo,
Meus olhos acariciam
As cores e as formas,
O verde das plantas,
E os prédios que crescem sem parar,
Este materialismo que nos envolve,
Este eterno materialismo contemporâneo...
A riqueza, a beleza que nos seduz,
Alimenta a inveja, a luxuria,
A gula,
Corre, treina,
Fotografa...
Loucos!
A contemporaneidade a qual estamos imersos,
Vai nos consumir
Com seus vícios e desejos...
Com a total ausência do ser.

Além do ser

Quantas faces tem o mundo?
Cores,
Formas,
Odores,
Textura,
Sons,
Gostos,
Quanto mais apreendo,
Mais posso expressar,
Quanto mais sinto,
Mais sou capaz de ser.

Viver é sentir, reagir, existir,

É crer no hoje, no agora, no amanhã,
São tantas as possibilidades,
E tantas as realidades,
E tantas as escolhas,

E é nossa a escolha,
Somos livres para escolher,

Mas a incerteza,
Mas essa incógnita que é a vida!

Densa angústia,

E nosso corpo que envelhece,
Que se adapta,
Sob dor, pressão, calor, frio...

Ser,

Este ser que sou, que sedes!

Há de haver algo maior,

Que esse breve materialismo...

Além do desenrolar desta manhã,

Além do ser.

sábado, 3 de outubro de 2015

Verão, folhas e sol

A mata sem chuva exala um cheiro
Tão agradável,
As folhas brilhosas,
Ramos secos,
Doce aroma,
Folhas secas,
Cor de coro,
Chiado seco,
Vento a arrastar,
Vento intenso,
Baila pra lá e pra cá,
Flores de cajueiro, aroma do verão,
Alegria, trabalho,
O cheiro do mato roçado,
Poeira,
Aspereza...
Sol,
Lua,
Céu azul,
Céu nu...

Silenciar

A pouco o sol brilhava, era tarde,
Uma linda tarde crepuscular,
E o sol se foi, partiu,
Ainda há luz,
As aves cantam os últimos cantos,
A brisa sopra suave,
As formas perdem as cores e ganham as sombras,
Depois de um sábado,
Virá um domingo,
Início de outubro,
2015 se vai...
Tudo vai passando
Despercebidamente,
Envelhecendo,
Rejuvenescendo...

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Se

Se cada momento é único,
A vida se passa em momentos,
Então é preciso aprender a viver,
Pois cada momento é impar,
Cada momento que se segue na vida,
Há de ser o mais belo,
Mesmo que desesperador,
Cada momento é um ensinamento,
Então por que vivemos tantos momentos
Que cremos serem desoladores,
Não sabemos a caso o valor da vida?
E só perdendo,
Só vivendo
É que aprendemos a valorizá-los,
E já vemos o que miramos,
Ouvimos o que soa,
Entendemos o que sentimos,
Somos o que devemos ser,
O ontem não existe,
O amanhã é incerto demais,
Só temos a certeza do momento,
Deste instante que terminas de ler estas palavras,
Escritas ao som de Chopin,
E sentindo uma brisa suave,
Fresca da nova noite.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Igual

O que é a vida?
O que é viver?
Com o cair dos anos,
A vida se revela por inteiro,
Quantos que nos envolvia não partem,
Sem perceber vemos gerações desaparecer,
Enquanto quanto seres vamos substituindo,
E sendo substituído,
Gerações, pós gerações,
Envolvidas, encerradas em criptas
Quantas histórias não desapareceram e desaparecerão,
Fortes e fracos, novos e principalmente velhos,
Se vão sem se perguntar o que é a vida e o que é viver?

Coisa mais inútil. Não.

Carrego na lembrança milhares de imagens dos mais variados lugares,
Das  mais variadas existências,
Sinal de tempo vivido...
Tempo percorrido,

E agora que é verão,
Dias de brisa frouxa,
Ouço no amanhecer
As mesmas aves de minha infância,
Tanta coisa marcante,
Cajueiros,
Mangueiras,
Jaqueiras,
Tanta coisa imbricada em minha mente,

Viver, viver é descobrir os limites,
O cansaço e ao mesmo tempo
Aceitar-se como ser...
Porque no fim tudo é igual.


terça-feira, 29 de setembro de 2015

E como

E o tempo e o vento,
Senguem sempre uma direção,
Passam sem voltar atrás,
Há se senti-lós naquele exato momento,
Há de compreende-los,
Entende-los,
Para não ser surpreendidos
Em não percebe-los,
As coisas são tão efêmeras,
Como a vida assim é,
Como uma manhã,
O viço de uma flor,
A alegria,
A juventude,
Tudo, absolutamente tudo,
Passa
Como o vento
E como o tempo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sensual efemeridade

O silêncio da tarde é belo.
O mundo oco na tarde,
De crisa luz se refratando entre ramos,
O vento que sopra suave,
Dança com ramos,
Faz mexer as cortinas e janelas.

Tarde oca!
Silêncio,
Longe canta um vem-vem,
Este ouvido que ouve,
Se recorda, memórias profundas no tempo,
Já comungou tardes semelhantes
Com aqueles que dormem na eternidade,
A existência é uma dádiva,
Um mistério...

E viver tardes surdas assim...
E compartilhar as memórias
E tentar não cair no esquecimento,
De uma existência efêmera,
Como a tarde que parte.

Caatinga

O tempo eterno,
Lugares, floras, fauna,
Calor da manhã,
Cigarra cantando,
O tempo sempre o mesmo,
Gerações geradas, vividas,
Tecnologia, evolução,
Tempo eterno,
Sempre o mesmo,
Cigarras a cantar,
Cajueiro a florir,
Marmeleiro nu!
Caatinga,
Serra,
Mata seca,
Riacho torrado,
Tudo cinza,
Tudo armado,
Perfumado...

Sozinho

É preciso,
É preciso de algo para esvaziar a casa de solidão,
É preciso de algo para encher a casa de alegria,
Será que tudo que sinto não será profunda ilusão?
Sinto o grande vazio, até percebo o quanto fica fria,
Essa casa grande e vazia, de profunda escuridão,
Tenho que encher de informações,
Livros, objetos, móveis,
Tudo para me desviar da solidão!
Após um sábado e um domingo só,
O fim de semana torna-se enorme,
Mesmo falando com gente da Argentina,
Costa Rica, Espanha, México,
Minas, São Paulo, Rio Grande do Norte,
Teresina...
Eis que a ausência de uma presença real,
Tudo é solidão...
Incerteza,
Desesperança,
Mas é preciso ser forte,
Para não se entediar
Com tanto tédio.

domingo, 27 de setembro de 2015

Acontecendo

Meio dia,
A  luz intensa,
A terra frouxa,
Poeira e vento,
Ervas murchando,
Árvores sombreando,
Que fazer primeiro?
Preguiça,
Tira a cortiça,
Enche a taça e brinda,
Que mais uma tarde chegou.

Chuva

 A Chuva é plena, Ela nos envolve, nos aconchega, Ela é tão plena que toda a natureza se recolhe para contempla-la As aves se calam pa...

Gogh

Gogh