domingo, 31 de maio de 2015

Adeus maio

Mais um maio que parte para o infinito,
Sei que foi um mês muito bonito,
Mas vai, pode ir e que venha junho.
Maio mês das mães,
Mês de colheitas,
Mês de inverno...

Fico como um velho que não pode partir sobre uma barreira
Vendo alguém que ama partindo,
Se distanciando, sumindo na estrada...

Se não somos nós que partimos...

As crianças a alegria de mais um mês ido,
Aos adultos tempo vencido e muitas perspectivas em junho,
Aos idosos menos um mês...

Tempo, rio que não para de fluir.

Passado de memórias,
Presente de auroras,
Futuro de incertezas.

Maio passou a alguns agradou
A outros nem percepção.

Cada dia que passa torno-me mais quem sou,
E deixo de ser o que fui...

Maio, mãe, início e fim.

sábado, 30 de maio de 2015

Desejos

Traço uma linha,
E sigo como quem planta numa corrente,
Em linha reta,
Vou plantando meus grãos,
Grãos de milho e feijão...

Ah,

Como encontrar o caminho reto para a vida?

Na música?
Na poesia,
Na pintura?

Na igreja?

rs.

No Sexo?

Tudo apodrece...

Tudo mofa...

Que se vão os desejos.

Universal

Estou perdido no tempo,
Nos giros e sulcos de meu cérebro,
No seio de minha vida,
Pessoa, Shakespeare, Borges...

Meu remédio kafkiano,
Doce Chopin,
Alegre Mozart,
Gogh de minha vida...

E como a brisa e a manhã
Tudo passa.

Engano

Um engano,
Louco e tirano,
É o que virá pelo amanhã,
Ah, não existe coisa mais vã...

Viver plenamente o momento presente,
Pois um dia tudo estará ausente,

Tudo passará
Tudo se eternizará,
Ou melhor dizendo se apagará.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Por que será?

Flores,
Abelhas,
Polén,
Vôo,
Pouso, 
Cálice,
Corola,
Androceu, estames,
Gineceu, pistilo...

Ramos, 
Folhas,

E paro para olhar o mundo,
Vejo o mundo muito com uma concepção botânica.

Por que será?

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Mas será?

Manhã,
Flores desabrochando,
Aves cantando,
Serena a noite parte,
A brisa fresca anuncia
Aurora...

E o escuro se dissolve,
E o mundo ganha forma
E cores.

Maio, dia 25, de 2015,

Só mais um dia,

O primeiro ou o último,
Quantas consciências surgiram hoje?

Estou consciente de que hoje pode ter sido o último,
Mas não foi...

O amanhã quem sabe nascerá.

Quem sabe!

As vezes as coisas parecem desconectadas, mas serão?

Manhã, jardim, flores...

domingo, 24 de maio de 2015

Até quando?

Vivemos o tempo do fazer!

Não tempos mais tempo para nós mesmos.

A todo instante tenho que está fazendo, criando, construindo objetos, coisas não percebi a construção do ser.

Observamos as coisas sem estado de contemplação,
Não vemos nada...

Não podemos parar,

Ou seremos engolidos por nossas importantíssimas ocupações.

Até quando?

O que é ser?

Abro a janela sem pressa de sair. Abro para contemplar o mundo. E o que vejo são antigas castanholas, casas, prédios e o céu.  Acho que aprendi a capacidade de contemplação ou talvez nunca tenha tido. Cada vez o tempo que me sobra para contemplar é ínfimo. Eu perdi o tempo, não sei o que fazer, se contemplo, se assisto um filme, se falo ao celular, se converso no face ou watzap... São tantas as possibilidades que me angustia. Antes eu me angustiava por não ter livros para ler, hoje não tenho tempo embora tenha os melhores livros.
O que contemplar?
Sou o senhor do meu destino. Risos!
Uma oração?
Uma imagem?
Uma paisagem?
Eu perdi a concentração, não sei mais o que é contemplação com essa vida dinâmica em que corro de cá para lá querendo aprender tudo e ser tudo... O que eu sou e em que estou me tornando? Em que estamos nos tornando?
Volto a janela olho o vazio da rua, sinto desespero... Rua vazia, casa vazia, mente vazia...
Acreditava que no futuro as coisas seriam melhores, mas o futuro chegou e tudo continua a mesma coisa, mesma dimensão, ânsias... Acho que estou mais sereno, finalmente o tempo me explicou que nesta vida não é possível tudo, tenho que me contentar com o que ou quem eu sou... Mas quem ou o que sou?
Não responderia, porque sou movimento, sou viver, sou o que penso, que reflito e nada do que tenho é meu... Tudo é emprestado, inclusive o corpo que habito.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

É assim

E segue a noite,
Ler uma poesia,
Tomar um chá,
Cair na balada,
Tudo e nada,
Começo e fim,
O sentido da vida,
Cabe a cada um desenhar,
Colorir,
E viver.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Cada passo

E lá se vai a noite,
Como um ônibus
Que partiu sem nós,
E lá se vai a noite,
E ela vai indo,
E vai sumindo,
Como vamos partindo,
De nossa breve existência,
Não precisamos de olhar para trás,
Sigamos em frente,
Olhando para os lados...
Vigiando cada passo.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Reinventar

Minha alma se dobra,
Diante do tempo,
O qual me escraviza,
Esse louco fluxo
Que me faz correr
E tentar ser o que não sou!
Eu não sou professor,
Não sei professar,
Eu não sou jovem,
Não sei correr,
Eu não sou algo engessado,
Acredito que sou esse fluxo inconstante,
Essa sombra que projeto ser,
E que se constrói e se destrói
Continuamente...
Essa existência que oras me faz ver no futuro,
Horas me angustia perceber o passado
Tão volátil, diluível,
E perceber que o tempo
Voa...

Revelar

A chuva quando cai de manhã,
Suave, suave, leves pingos,
Molhando a manhã,
Manhã de maio
Que passa e deixa o tempo marcado,
Enquanto a chuva deixa o mundo molhado,
Mais agradável, mais ameno.
Minha alma se enche de alegria,
A doce poesia que é o viver,
E sentir como os momentos se desenvolvem
E acontecem em nossa torpe existência.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Morte

É uma loucura viver,
Cada dia preciso de mais tempo,
No entanto só subtrai-se a cada momento,
O tempo contado,
Esperando o melhor momento,
Tola espera,
Diante do espelho,
Vê-se na imagem
Sem perceber
O tempo esvaindo,
E essa loucura que é a inveja,
A vaidade...
Só o amor reverte...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Reflexão

É importante que não deixemos
Fulcros na vida,
É preciso entender os vácuos,
Nossa existência breve,
As vezes não é suficiente para entendermos o mundo...
Refletir é essencial.

Aúrea cruz de malta

Na noite uma estrela brilhou,
Brilho feito uma cruz de malta,
E a noite se tornou tão bela,
Vi aquela estrela bela,
Parecia uma pequena flor amarela,
Que nasce aqui e ali,
Nos cursos das águas,
Sobre os espelhos das águas,
Áurea flor de malta,
Estrela bela tão alta...
Amar,
E não ser amado...

Lucinana (luz primeira)

Luciana doce aurora,
Que bem e que passa,
Na aurora de meus dias
Luciana, tenra luz da manhã,
Lux, que tinge o mundo de cores,
Que faz abrir as flores,

Vem a minha vida,
Luciana,
Doce aurora...

Quando será aurora última?

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Valer a Pena

Flor que desabrocha no campo,
De aroma doce da flor fresca,
Na beira da estrada,
A água do riacho escoando e cantando,
O perfume do mufumbo,
Água leitosa,
O capim silvestre cresce viçoso.

É feliz quem tem memórias
Doutos tempos!

Onde eu encontro a beleza do mundo hoje?

Entre as rochas verdes ervas nascem,
Entre pessoas más, pessoas boas habitam.

Entre tanta coisa adulta....

Algo há de valer a pena.




quinta-feira, 14 de maio de 2015

Conhecer as flores

As flores,
Doces flores,
Flores silvestres,
Flores do jardim,
Flores de jasmim,
Seus perfumes,
Suas cores,
Doces flores,
Lindas cores,
Clívia,
Agapanthus,
Açucena,
Dracena,
Cordiline,
Yucca,
Flores como não te contemplar,
Como não te amar,

Naquela rua,
Bem na esquina de parede azul,
Tem muitas portulacas,
De polém amarelo
E estigma estrelado...

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Pensar

A cada instante que se passa
Não sei se percebo algo sutil,
O tempo passa e no passar do tempo,
Pequenos eventos se sucedem,
Totalmente desconhecidos,
Ou de certo previsíveis,
Mas desiguais, completamente novos.
Paro pra perceber o mundo,
E não consigo porque minha mente
Não para de pensar,
De associar, de se relacionar com o meio...
E quando me desprendo dos sentidos,
Fujo do tempo de tudo...
Outras memórias,
Pensar o impensável,
Que acontece no momento presente.
Mais nada.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Palavra

Toda palavra é um préconceito (Nietzsche)

A voz é a substância da palavra (Borges)

Como organizar a mente com mais praticidade?
Tente usar as palavras.

Eterno tempo subjetivo

O dia,
A manhã,
A tarde que arde,
A noite e o vento de acoite,
O cansaço,
Os desejos,
O trabalho,
Nada está completo,
Estará eternamente incompleto,
Se fazendo e desfazendo!
Num eterno devir,
Janeiro,
fevereiro,
março,
abril,
maio...1979, 1980, 1981...1987, 1988, 1990, 1994...2000, 2008, 2012, 2013.??? 2015.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cansado

O cansaço,
Nenhum espaço,
Para pensar,
Sorrir ou amar,
Somente dormir,
E relaxar,
Se preparar
Para um novo dia.

domingo, 10 de maio de 2015

Reflexão, reflexo, refletir

https://www.youtube.com/watch?v=LlvUepMa31o

A vida pulsa,
Quer acontecer,
A vida acontece,
E sempre segue em frente.
O mundo não para por nossa causa.
O mundo continua sempre a girar,
A nos presentear com dias e noites.

E o que eu percebo do mundo?
O que eu aprendi a perceber do mundo?
O que eu quero que as pessoas percebam do mundo?

Não posso ficar olhando apenas para o meu umbigo,
Não posso esperar que as coisas caiam,
Tenho que agir,
Tenho que pensar,
Tenho que deliberar!

Amanhã pode ser tarde demais!
O amanhã pode não existir,
Pode ser abreviado.

Por tantas coisas...
Faça o que acha que deve ser feito.

Cante, corra, sorria, abrace, ame...

O tempo passa em nem percebemos,
Não percebemos quando não temos um espelho...

É preciso ter um espelho,
Para ver o reflexo,
É preciso ter um espelho na consciência!

É preciso ter discernimento!


Leve!

A noite segue,
Vai se aprofundando nas horas,
Passam-se os instantes,
Nos distancia de um início
E nos aproxima de outro...
Quem sabe o que vai acontecer amanhã?
Só sabemos do que se passou hoje e olhe lá.
Os segundos não voltam.
Por isso segue em frente sempre.
Só mais um dia que passou,
Amanhã não!
Pode ser o grande dia,
Como todos os grandes dias que se passaram,
As pessoas que conhecemos,
Os instantes divinos,
Não exitem instantes divinos,
Pois tudo é divino.
E a noite vai,
E o descanso,
Torna leve minha alma,
Minha alma.

sábado, 9 de maio de 2015

Metafísica do Momento

A brisa que passa,
O grilo que canta,
O sapo que canta,
Ah!
Essas coisas me espantam,
No silêncio da solidão,
Nossos pensamentos gritam...

E vejo os homens passarem,
Em seus labirintos,
Giros e sulcos...

É loucura tentar entender,
O aentendível,
Os passos firmes pelo chão,
Ouvido alerta,
Nada é eterno,
Tudo é o eterno devir.

Conjugar o verbo amar

No escuro da noite,
Brinco com meus sonhos,
Não estou só,
E o dia revela a realidade,
É hora de sonhar,
É hora...

Bom cadê o verbo Amar?

Por medo de conjugar,

Esqueci as desinências amorosas,

Achei melhor não conjugar,

Agora,

Conjugo

Um substantivo abstrato

Chamado solidão!

Ondas da alma

Vai, vai, vai...
Vai noite,
Vai lua,
Sigam estrelas,
Siga vento,
Siga vida...

Vai...

Tempo que não volta jamais,

Flores fecundas,

Veias, rios de sangue,

Alimento para a alma,

O tempo oco,

Tempo mudo,

Vai,

Meus sentimentos
Marcam o tempo,
São minha alma,
Cadê minha calma?

Queria te ver,
Está com você...

O que me resta é só
Poeira ao vento.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Aprendido

Quanto mais eu vivo,
Mais descubro como
Posso ser feliz descobrindo
O mundo.
Quando a gente vai amadurecendo
Passamos a perceber as coisas com mais sutilezas,
a valorizar cada momento,
Cada instante.

Uma música,
Uma comida,
Uma textura,
Uma brisa,
Uma brisa,
O horizonte,
O mar...
O céu azul,
Nuvens de algodão,
Um cochilo,

Com a idade
Enfim aprendemos a viver.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Dúvida

Observar a lua
Ou ler Borges,
Ou ouvir Bach,
Ou observar Gogh,
Ou está com uma pessoa querida,
Ou trabalhar para compensar os atrasos,
Ou se refrescar em frente a praia,
Ou, ou, ou...

A verdade é que temos tantas opções,
Mas optar nos angustia,
Gera incertezas...
Não se saberá se não optar,
Não podemos morrer de fome como fez um asno
sedento e faminto que morreu de fome ao chegar num vaz de açude,
Não sabia se comia ou bebia primeiro.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Percepção

E a lua que surge na noite seguinte,
Desaparece na manhã seguinte.
E o que eu percebo dessa lua?
Talvez nem pare para contemplar,
Talvez a vida passe sem que percebamos.
E o que devemos fazer?
Cada um tem sua prioridade.

Plena noite de lua

A noite,
Ontem a noite enluarada,
Lua cor de prata,
Crescia em busca do céu,
A todo momento
Um véu de nuvens,
Apagava e acendia a lua.
E contemplando a lua,
Pensava sobre a brevidade da noite,
E nos ciclos da lua,
A rua estava vazia,
Silenciosa
E só o apito quebrava o silêncio,
Quando acordei a lua estava diminuindo,
Partido para o amanhã,
Enquanto isso os grilos cantavam
Não sei se para a lua ou para a madrugada ou para a aurora...
E minha alma sorriu alegre.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Ode a Mangueira (planta)

Contemplei uma linda árvore,
Do frutos doce e calda amarela,
Árvore extremamente bela,
Que vai renovando seus ramos,
Como coxa de retalho,
E suas folhas cor de goiabada,
Viçosa por desenvolvimento,
Ao verde toma contra mão,
E floresce, inflorescências
De flores tão pequenas,
Mas forte mente aromatizada,
Sob sua copa fechada,
A sobra parece chamar o vendo,
Oh!
Maravilhosa mangueira,
Que aqui chegou sobre as frágeis naus,
Tens no Brasil como todo o povo
Aqui chegado,
A sua grande pátria mãe,
Maneira homenageada na grande festa do carnaval...

Quando acordo e caminho nas três ruas,
Eu te vejo e te beijo com os olhos.
Doce mangueira,
De doces mangas,
Em teu doce fruto,
Minhas gerações adoçaram a vida
E minha sementes continuarão
A se deliciar de ti,
E eu, além disto, contemplo sua exuberância.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Aquela estrela

As estrelas no céu escuro,
Rutilam distante, infinitamente distante,
Pulsam, pulsam feito meu coração sem parar.
Se parar é seu, meu, fim.
Há tantas estrelas belas,
Estrelas coloridas,
Verdes, Vermelhas, Azuis e Amarelas,
Inquestionavelmente belas.

O que posso encontrar no céu estrelado?

Quem sabe um olhar perdido,
Quem sabe ele não se encontre com o meu.

Já aconteceu,

Mas agora!?

Quem olha para o céu a noite tendo uma florescente dentro de casa?

É feliz com a luz fria.

Vida cheia, vida vazia...

domingo, 3 de maio de 2015

Apation

Todo o passado são cinzas?
Ando pisando nas cinzas,
Eu vejo os meus passos cinzentos,
Tudo se desfez em pó,
O fogo tudo consumiu,
O que era bom partiu?
Dura realidade,
Dura eventualidade,
Terá sido tudo em vão?
Flores floridas,
Flores floridas,
Fogo da paixão,
Rubras rosas da paixão,
Teu perfume,
Tua textura!
Passion,
Pation!
Passos,
Passos passados,
Apagados,
Tudo será cinza?
Nem um sinal...
Só solidão.
Amém
Mozart,
Gogh,
Borges,
Kant,
Cristo...

sábado, 2 de maio de 2015

O SER

Só a dor humaniza o ser!
Vejo os estigmas nas imagens,
Vejo as imagens com tanta expressão de dor.
Ser!
Cuidado...
Tudo é vaidade,
Tudo são vaidades...
Cuidado!
O buraco é mais em baixo.
Cuidado com o que falas,
Cuidado com o  que pensas.
Cuidado como vives.
Cuidado para não se tornar um glutão,
Perdulário, um ser desprezível.
Ser sem excesso.
Hoje somos tudo,
Amanhã nada seremos.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Desprender

Palavras faladas,
Sons, cantos,
Canto do grilo,
Absolutamente tudo
Se faz sentido,
E compreendo um pouco do mundo,
Das coisas da vida,
Do tudo e do nada,
Meu juízo,
Sintético ou analítico.

Hoje vi uma folha se desprender do ramo
E planou até o chão...
Não seria assim a vida?

A gente que norteia
Nossa vida e nosso viver,

O tempo nos torna oculto de tudo,
E vamos costurando
O sentido de nossa existência.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Sombra

Sob a sombra da noite me acordo,
Sob a sombra da noite durmo.
Esse ser que sou que pulsa,
Que age, que é,
Esse ser que combina e discorda,
Esse ser que existe...
Este ser me ensina meus limites.

Hoje eu sei que os minhas limitações
São infinitas, mas que apesar disso,
Movo-me, reajo, reinvento,
E construo a minha história,
A minha história,
Que é colorida com todos que me cercam,
Que me reconhecem
Que me apontam mais ainda meus pontos frágeis,
Que me amam e que rejeitam o meu amor,
Que me ajudam a construir a minha história
e a moldar quem eu sou,
Sou tudo e nada,
Mas sou...
Nos limites de um dia,
Só as sombras do universo
Podem me limitar,
Não creio que o brilho de uma estrela ofusque o brilho das demais.
E o meu silêncio,
É como a sombra da noite,
Surdo.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Cinza

Encantos,
Desencantos,
Em cada canto,
Nos quarto cantos,
O mundo não tem canto,
E nós em que canto encantamos,
Por que desencantamos?
E quando eu estiver triste
Em que canto estarei?
Distante ou próximo possivelmente de um grande amor,
Ou seria um abismo de dor?
Bom não se pode viver com uma angústia
Ela vai passar como a brisa da manhã
E a própria manhã,
Tudo vai passar!
É preciso esquecer tudo
E se não for possível,
Não há nada a fazer.

O tempo se encarregará de tornar
Tudo cinza.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Ia

No silêncio da noite solitária
Até o latir de um cão serve de companhia.

Passageiro

Já não posso olhar nos olhos
Aquele olhar que tanto pude contemplar,
Já não posso ver aquele doce olhar,
Não posso olhar através da iris aquele olhar a me olhar,
Quem sabe talvez a me contemplar.
Não eu não tenho mais aquele olhar,
Talvez nunca o tive!
Era só magia, era só energia...
Eu nunca contemplei um olhar,
Nem mesmo o meu olhar,
Queria ver um olhar ideal,
E por não contemplar,
Hoje contemplo apenas o tempo.
Tudo passa,
Tudo passou,
Resta caminhar,
Caminhar com o meu eu...
Resta contemplar o meu olhar.
Tenho minhas metas
Além do amor,
Muito além da dor.
Tenho o momento presente,
Esse pleno devir,
Que me distancia a cada momento do que fui,
E o que sou?
Energia, um passageiro em deslocamento.

domingo, 26 de abril de 2015

Busca

Vivemos aguardando encontrar
A outra metade,
Será se não se trata de vaidade?
Não adianta buscar,
Algum dia há de aparecer,
Um dia haveremos de estarmos juntos,
Quem sabe?
Quão maravilhosa incógnita é a vida.

Ocaso

Ocaso,
Noite ou dia?
Silêncio,
Brilho opaco,
Morcegos voando,
A natureza se oculta,
Se encanta sob as sombras da noite,
Muitas vezes nem percebo,
No dia que se apaga,
E novamente se revela,
Neste aurora que renasce
A cada dia.

sábado, 25 de abril de 2015

Passagem

Uma flor,
Uma folha,
Folhas secas pelo chão,
Frutos podres,
Sementes, caroços,
Uma velha árvore,
Uma encruzilhada,
A ferrugem corroendo o ferro,
Cabelos brancos,
Quem domina o tempo?
O tempo tudo consome,
Nos consome como vela acesa,
Hoje não somos nada, amanhã seremos tudo
Ou vice-versa.

Espero que o encanto em viver,
Seja chama sagrada,
Que a vida tenha sempre sentido,

Que existam sempre flores e primaveras,
E chuvas...
E que as lembranças sejam as melhores,
No final não sobra nada.

Amadurecendo

Cai a noite,
O escuro da noite me abraça,
O silêncio da noite me conforta,
Deus que existe está comigo,
Estou em meu abrigo,
Cai o sono,
Cai a noite,
Quem está só?
Quem se sente só,
Não posso está só nunca,
A paz de Deus me conforta.
E as noites amadurecem
Meu entendimento e enche meu coração de paz
E esperança.

Meu amor

Por que minha vida é bela nos estremos?
Aurora e crepúsculo,
Manhã e tarde,
Noite...
O tempo que passa.
O amor e sua busca,
Tudo que passa.
Amar e não ser amado é amar.
E a noite que passa,
E a vida.

Caminhar na praia,
Distante parece o horizonte, mas é tão breve,

Como a vida.
Por isso tudo vale a pena.

Doce aurora

Aurora,
Doce aurora que cora o amanhecer,
Que enche de alegria a brisa do dia,
Aurora que vem e se vai ser perceber,
Enche minha vida, o aurora de poesia,

Que nao perca a alegria de viver,
Se quer um dia...

Aurora, tras a mim aquele doce olhar,
Ou ent'ao me ensina a ser um ser so.

N'ao se ama mais que uma vez,
Se n'ao se sabe esquecer,
Ensina-me como aparecer e desaparecer,
Que seja como uma folha quando desabrocha do ramo,
imperceptivel,
E tudo volta a ser o que nunca foi,
Doce aurora.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Mistério do amanhã

Há algo que podemos fazer sempre
Viver um dia de cada vez,
Sentir cada impressão com solidez,
Temos que ver o mundo em cores e não em  palidez,
Cada dia que passa é impar,
Então sejamos otimistas,
Até quando pode durar o riso?
Quando tudo vai passar?
Sagrado mistério, amém.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Angústia

Quando quis te esquecer,
Estava preso a você,
E deixei você partir,
E deixei você ir,
Agora, tudo é vazio,
Tudo é frio,
Fria matéria,
Sem um gato ou um cão...
Sem nada,
E sem você,
Meu sono leve, curto,
Quem quer saber...
Quem sabe não seja você.

O encanto

Encanto,
Espanto,
Observação,
Concentração,
Olhos,
Sentidos,
Contidos,
Num olhar,
Num gesto,
Algo que nos toma atenção,
Coisas simples,
Oculto no momento,
E o devir que revela
Algo do ser ao ser...
Quem sabe o desvelar dos dias,
Dos momentos,
Do falso destino.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Três Ruas

Três ruas,
João,
Luiz Gonzaga,
Menino de Jesus de Praga,
Novo oriente,
Picuí,
Recanto das Castanholas,
Cajueiros,
Bambus,
Ficus,
Boeiro,
Ipês,
Casuarinas,
Sapucaia,
Guabirobas,
Castanholas,
Jambolão,
Coqueiros,
Pista rachada,
Spilanthes,
Urochloa,
Luehea,
Centro espirita,
Tamarindus,
Uma parada,
Um senhor ouvindo o rádio,
Doce aurora do meu dia,
Da minha nova vida,
É nela, nas três ruas que meu dia se acende!

Alfa e omega paraibano

A brisa da noite,
A lua apagada,
Cantiga de grilo,
A folha seca arrastada pelo vento,
Chiando no escuro.

Meu ser,
E seu infinito pulsar,
Rio vermelho,
Mar interno,

O que é o meu ser?

O que é minha alma?

Não sei,

Sei que um grilo pulsa lá fora,
Que a porta abriu e gemeu,
Folhas se arrastam,

Que se for lá fora verei o céu, talvez nublado ou estrelado.

Se eu for para a minha cama irei dormir,

Quem sabe onde tudo começa ou está terminando.

Azul celeste

Ah! o azul do céu,
Azul celeste,
Quando a manhã nasce,
A lua vai mergulhando no azul celeste,
E aos poucos se afoga na luz do sol,
Vai para o fundo do céu...
E no fim do dia,
Coisa de poesia,
O azul celeste revela novamente a lua,
E é tão lindo vê-la surgindo da rua...

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Acontecimento

Às vezes, falta  terra nos pés,
Acontecimentos que nos deixam desnorteados
E como lidamos com isso?
Não sei, enfrentando a todo custo?
Não sei!
Sei que tudo vai passar.

terça-feira, 7 de abril de 2015

O Passo

A cada passo que passo,
Mais um passo no tempo,
Mais um passo ao vento,
Cada passo em minha caminhada,
Mais uma página virada
Ou simplesmente um mergulho
Mais profundo para ganhar fôlego.

Passo a passo sigo e minha caminhada,
Hora marcada com o devir,
A angústia, limito-me a espreitá-la,
Sou o dono do meu caminhar,

Determinado sigo sempre em frente,
E o que vier que venha,
O que for pra ser, será.

A vida essa incógnita,
Quem desvendará,

O importante é aprender a caminhar,

Um passo de cada vez, num belo compasso.

domingo, 5 de abril de 2015

Caatinga

Como são mágicas as chuvas!
Como são hábeis em fazer germinar
As sementes e gemas dos arbustos e das árvores.

Ah! o meu sertão é tão grato,
Mais tão grato que com uma chuva,
Germinam as sementes
E florescem os arbustos e as arvoretas,
Coisas pequenas como seus habitantes,
Que explodem em flores e diferentes odores...

E me arrebata,
Pois quanta biologia ali há de se aprender ali.

E com uma câmera vou clicando,
Vou captando as formas resistentes a seca!

O agudo dos espinhos e tricomas urticantes,

A caustica faveleira, e urtigas de euforbiáceas e loasáceas,

Os acúleos das leguminosas,

O fedido das malváceas e caparáceas,

As folhas simples e as folhas compostas,

As flores dióicas dos crótons e jatrofas,

O violeta das mucunãs,

O cheiro forte dos velames e mufumbos,

O ralo capim, belas poáceas,

E o que eu vejo é mato com nome,

Mato identificado e classificado,

Os matos de Allemão, Martius, 
Os matos de Lueltzelburgue,
Matos bahianos de Blanchet,
E de tantos e tantos expedissionários,

Matos meus, herbáceas minhas,

Manhã não serei nada,

Ao menos fiz coleções de matos nomeados,

E conheci a diversidade que há no sertão do seridó e do cariri...

terça-feira, 31 de março de 2015

Cada dia

Eu ando perdido no mundo,
Olhando as coisas mais bestas,
A forma das rochas, qualquer pedra,
A forma das folhas, das conchas,
Das flores e frutos,
Paro para observar as sementes germinadas,
Para fotografar sépalas, estames e anteras...

Eu paro para ver o por do sol!
Eu ouço as aves cantarem,
E caminho devagar,
Adoro ouvir a resposta de um bom dia,

Eu ganho muitos risos com um simples bom dia...

Eu adoro as pessoas que estão em minha volta
na manhã ou a tarde,

Gosto de conhecer,

E o mundo e a vida me permite conhecer um pouco cada dia.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Impressão!

Ao longo do tempo,
Longo momento,
Longo invento,
Segundos, minutos...
Um jardim,
Uma flor,
Verdes folhas viridescentes.
E tudo que vejo,
E tudo que conheço,
O cheiro da rosa,
Um soneto,
Uma prosa,
Tudo misturado,
Feito vitamina.
Algo que me anima,
Açúcar, chocolate, vinho...
Um abraço,
Um afago,
Um carinho...

Qual a impressão me faz sentir mais vivo?

domingo, 29 de março de 2015

Noctuno

Não quero roque, clássica, forró ou pagode e nem samba,
Quero o silêncio da noite,
Quem dera um vento de acoite,
Depois de mais um dia,
Mais não o melhor dia,
Que eu conceba algo como uma poesia,
Com rima e direção,
Que exprima minhas sensações
Ou essa sensação de silêncio,
Aquilo que é grande
Que esta acontecendo,
Neste instante...
Grilos cantando,
Sapos coaxando,
Sons noturnos,
Vida noturna,
Nada mais.

sábado, 28 de março de 2015

Vanitas

Aquilo que envaidece enlouquece...
Vanitas,
Omine Vanitas,
Vaidade das vaidades,
Peçamos em oração,
Guarda-nos senhor da vaidade,
Que os anos e toda nossa idade,
Nos ensine a discernir o ser do não ser,
Dos labirintos onde podemos entrar,
Labirinto das vaidades...
Eis que o peso a ser carregado e pago,
Está na língua de qualquer ser...
Vanitas.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Tudo é

Para além do humano,
A aurora,
A manhã,
As horas que passam,
Meio dia,
A tarde que cai,
A noite que chega e se vai,
Tudo é paz,
Tudo é harmonia,
Para além de um peito,
Para além das paixões,
Tudo é paz,
Tudo é.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Possibilidades

E mais um dia se passou,
Se tudo correr bem com a graça de Deus o sol nascerá.
E teremos a possibilidade de fazer melhor,
Teremos a oportunidade de melhorar,
De nos sentirmos ainda melhor,
De contemplar a grandeza de Deus...
E agradecer por tudo que acontece conosco.
Sempre. Amém.

Graças

Gosto de ver as coisas mais singelas,
Como o nascer do sol,
O desabrochar de uma flor,
Coisas tão simples e belas,

Posso observar no nascer e no por do sol,

Início e fim de um dia,

Grata poesia,

Plena alegria,

Ver o céu a noite se tingir de estrelas,

Viver essa vida

A melhor de todas elas,

Amém.

Ótimas lembranças

Às vezes a gente foge um pouco da realidade e volta no tempo vai longe na imaginação. Certamente, alguma vez já fizemos isso ou se não muito bem, que bom que se vive plenamente o presente e não é um saudoso.
Bom uma das minhas imagens favoritas é a imagem da época de maio quando o milho está secando e as ervas crescem e florescem entre as fileiras de milho formando um lindo jardim de Rubiáceas, onde posso ver Estelias e Richardias floridas, flores tubulosas, rosas, suave que da na vista... o cheiro do mato, do solo, da vida, do fim de inverno...

Boas lembranças

quarta-feira, 25 de março de 2015

Construção

E a vida acontece,
Pela manhã,
Pela tarde,
Pela noite,
No vasto horizonte da aurora,
Ou no segundo crepúsculo vespertino,
Acontece agora,
Neste instante que palavras e frases se articulam
Se concluem,
Se fecham,
Se constroem,
Materializa-se meu pensar...
E o seu?
Uma ideia pode ter continuidade sempre,
Tudo está sempre incompleto.

terça-feira, 24 de março de 2015

Vento

As flores que enfeitam e perfumam o mundo,
São as coisas mais efêmeras que há,
Flores doces e passageira,
Como tem que ser,
Como é a vida,
Como é o todo,
Breve e doce sonho que é a vida,
Passageira, mais prazerosa,
Podemos existir,
Melhorar,
Aprender e ser,
Nada mais...

segunda-feira, 23 de março de 2015

Breve desolação

Cada dia que se passa
Se aprende uma nova maneira de caminhar,
Se aprende uma nova maneira de olhar,
Caminhar para frente e perceber as coisas,
Nunca é tarde,
Nunca é tarde,
Exceto no fim consumado.

domingo, 22 de março de 2015

Construir

Esperar
Espero no novo amanhã,
Um novo brilho,
Novas cores,
Novo olhar,
Quem sabe o que virá?
Que me resta além de esperar?
Construir tudo que faz sentido em minha vida.

Caminhada

Cada passo um novo espaço,
Passos seguidos, seguindo na rua,
A irregularidade das pedra peculiares,
Rocha domada angulada,
Rocha unida, forjada no suor,
Sal e água misturado,
Caminho olhando as irregularidades,
As peculiaridades...
Resistentes sementes de ervas
Germinam entre as rochas,
E crescem e florescem,
Não reclamam do calor, da textura
Da aridez, crescem e ainda desabrocham
O que há de mais precioso
As flores da esperança,
De onde óvulo a óvulo,
Desenvolvem as sementes,
Que esperam um novo amanhã
Um solo mais fértil e melhor.
A assim vou caminhando,
Concluindo meu caminho,
E chegando ao meu destino,
E ao pó um dia me unirei,
E as rochas irregulares,
Serão eternas.

sábado, 21 de março de 2015

O silêncio

O silêncio,

O silêncio diz muito  sobre uma coisa.
A ausência de ruido,
A ausência de verbo,
A ausência de um telespectador,
O silêncio...

Estrelas piscando,
A praia com ondas quebrando na praia.

O olhar de uma coruja.

O voo de uma borboleta,

Flores coloridas,

O aroma do mato,

Tudo e nada...

O silêncio pode nos permitir compreender
A grandiosidade de Deus...

Às vezes observar é a maior ciência.

Chuva matinal

A chuva chovendo suave,
Parece cantar cantiga de ninar.

Desfia do céu pingos frios de chuva,
Chovendo, chovendo, chovendo o o o  o  o   o     o

E a água que escorre
Suave, que a terra absorve,

Faz sorrir os vegetais,

Os animais se encolhem
E ouvem a chuva chover,

Na doce manhã de sábado.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Aprendendo a contemplar

O silêncio,
A noite estrelada,
O cheiro acridoce da cajarana,
Aves noturnas soltam um som compassado,
Os morcegos voam ecoando,
Que imenso é o céu estrelado,
Como somos ínfimos perante tamanha plenitude divina,
O que somos?
Quem somos?

O sentido da vida é nos que damos,
Apesar de tudo,
Colemos um riso na face,
Viva cada momento de cada vez.
A noite estrelada,
O cansaço...

quarta-feira, 18 de março de 2015

Textura do tempo

Cada dia que se passa,
Mais experiência me acumula,
Quanto mais experiência,
Mais um pouco de sabedoria,
Quiçá mais alegria...

Quem saberá?
Os anos não deixarão de passar,
Virão e passarão,
Trarão e levarão
Homens bons e maus,
Homens...
Como eu e como voce,
Aroma do tempo presente.

terça-feira, 17 de março de 2015

É março alegria da mata

É março,
É março,
No sertão dia de São José,
Tarde com barra tem alegria...

No litoral crescem as árvores,
Florescem as guabirobas,
Crescem os ramos das apuleias,
Ipês, araçás...

A mumguba solta sua paina rufa...

Jucá florindo,

é Tão lindo...

Espocam os frutos das diocleas,
E o tempo seca os frutos da tachigali...

Logo pro vento dispersar...

Casearias florindos,

Sennas georgicas...

Tudo numa beleza e harmonia...

Amanhecer

A noite não tem textura,
Não tem cheiro,
Não tem sabor,
A noite não tem cor.

A noite escura é tão pura.

Estrelas e pirilampos rutilam no céu a pulsar a pulsar.

A noite a alma se abriga na calma,
Do dia enfadonho,
O puro descanso,
O recarregar,
O recomeçar,
Na manhã que ta pra chegar.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Razão

O mundo que vivo,
O mundo que sinto,
É um mundo diferente daquele
Que os outros pintam ou comentam,
Sair da menor idade é para fortes,
Os fracos preferem não pensar...

Eis o desastre da humanidade
Ouvir quem pensa ter a razão,
E não raciocinar.

Quem tem a razão?

Sabe lá

Não momento

A perfeição é um ideal,
Nada jamais será perfeito.
Até pode se aproximar,
Mas sempre será imperfeito
porque o perfeito e a perfeição é um ideal.

Pensando na vida,
A gente sempre compara,
A gente sempre espera algo,
E muitas vezes buscamos no passado uma referência
ou empurramos para o futuro...

Vamos fazer as coisas no presente, no momento presente,
Neste instante que ler essas palavras,
Quem sabe o que restará no final,
Talvez nem tenho chegado a ler essa última frase, esse ponto.

Se leu, está se questionando o que quis dizer?
Eu também...
Divago, no momento errado.

domingo, 15 de março de 2015

A gameleira

Eu vejo no dia a oportunidade de viver
E na noite a temos o descanso,
Para poder viver bem no dia seguinte.
Temos que olhar sempre em frente,
E seguir sempre adiante,
Não podemos parar,
Pois se parar estaremos no fim.

Tudo tem seu tempo.

Tem fiquei maravilhado com uma linda gameleira,
Que perdeu suas folhas velhas,
Uma a uma flutuava sobre o vento,
E a velha magistral árvore parecia sorri,
Pois assim rejuvenece,
Logo novas folhas a cobrirão novamente.

Assim é a vida.

sábado, 14 de março de 2015

Vida!?

A noite que chega,
A estrela que aponta,
Vasto, vasto horizonte,
Que há por trás do mar?
Que há no fundo do mar?

O que há?

Esse mar de escuridão.
Essa ausência de luz.

Nossos medos,
Nossa falta de fé.

Não estamos só,
Temos o presente para pintar,
Para cumprir o papel da vida,
Redefini-la, recriá-la,
Mais nada.


sexta-feira, 13 de março de 2015

Cada um

A manhã que me desperta,
Me afaga,
A brisa fresca,
O canto alegre das aves...

Folhas levadas chiando no asfalto,
A lua prateada,
As brasas da aurora,

Shiva, Ganeshe, Buda, Jesus...

Fé, felicidade, fidelidade,

Esperança, riso de criança...

Somos além de tudo místicos,
Racionais e emocionais.

O que somos nós?

Não tem como compreender,

Então resta contemplar...

Particularmente, sinto-me feliz com coisas pequenas,
Canto de rolinhas,
Uma folha desprendendo do ramo,

Tudo e nada,

Se não sei para onde estou indo então por que seguir?

Se não sei o que quero o que querer?

O paraíso é aqui,

A paciência é a chave mestra de tudo...
Ou de nada,
Tudo é peculiar a cada um.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Encontro

Queria ser leve como isopor,
dormir sobre pétalas de flor,
Queria encontrar na esquina um amor,
Ou quem sabe na margem de um rio,
Sei lá...
Talvez não...
Sei que quero não...
Sei o que não quero, o que não espero.

Mas uma morena flor de malta,
Cruz das alta,
Flor amarela,
Flor tetrâmera,
Entre tantas Lurdes,
Entre tantas virgens.

Hei de encontrar um amor,
Quem longe de Salvador.

Veríssimo

E os dias passam,
A gente se encanta,
A gente se esquece da vida,
Coisa boa não,
A gente tem que aprender a deletar e esquecer dos problemas.

A gente se entretêm com tanta coisa que até esquece de ler Veríssimo, mas como.
Que coisa professor,
As vezes fala minha chefe Rita!

Mas que coisa mesmo,
Esquecer a crônica de Veríssimo,
Vamos que fosse Da Mata que nem leio mais...
Mas Veríssimo, mas essa página que não abre.

Veríssimo com essa cara de menino levado, mesmo idoso.
E assim me disperso.

Boa noite.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Flores

Quantas flores eu conheço?
Centenas e mais centenas,
Conheço suas formas,
Suas perfeições,
Seus odores,
Suas formas,
Suas texturas,
Suas morfologias,
As flores são meu passa tempo,
Minha inspiração...

Hoje fiquei pensando
Que pensava Bentham no tempo vago?
Tenho certeza que amava mais as flores que eu.

Sou um amante das flores pequeno,
Mesmo assim sou um amante...

Gosto das cruzes de malta,

Não sei o por quê?

Vá entender a vida.


terça-feira, 10 de março de 2015

Seguindo em frente

Até que nos encontremos,
Nos cruzamentos da vida...
Quem sabe uma grande surpresa não pode acontecer.
Talvez aconteça tudo,
Talvez nada,
Ainda bem que a vida é uma incógnita,
Temos que descobri-la cotidianamente,
Sem medo e sem pressa.
Amanhã é um novo dia.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Poder

E quando a noite cai,
Se me sinto bem,
Amém,
Se me sinto mal,
Amém...
Tudo passa,
Tudo que é se acaba,
Embora as coisas muitas vezes
Tenha existência maior que a nossa,
Às vezes,
Tudo depende de um referencial.

Absolutamente,
Tudo,
Tudo pode ser breve
Ou pode ser longo,
Ou tênue
Ou intenso...

Eis o poder da mente.

domingo, 8 de março de 2015

Momento presente

Após um dia de chuva,
Nada melhor que caminhar na borda da  mata,
O cheiro da madeira podre sendo digerida pelos fungos,
O cheiro da umidade,
A textura macia do solo,
O mundo tão nítido,
Como o movimento da vida,
O movimento em harmonia das notas musicais,
O som professados dos poemas,
A sutileza do todo acontecendo,
Incenso incinerando-se,
Água escorrendo,
Árvores crescendo,
O sol navegando...
Tudo acontecendo no momento presente.

Buscar um sentido

A chuva,
A água correndo,
O vento passando,
Aves cantando,

O espelho das águas,
A calma do mundo,

Formigas trabalhando...

O que faz sentido na vida?

Se não nós mesmos...

Cada um dar o sentido que acha pertinente.

Alguns acham sentido em coisas grandes
E outros em coisas pequenas...

Manuel de Barros que Deus o tenha,

Se denominava o poeta do nada...

Cora Coralina escrevia
Ou descrevia as coisas mais simples,
As coisas pequenas muitas vezes são as mais belas...

Que digam os botânicos
que vem a beleza em flores pequenas,
Antécios de capim,
Flores de jaqueira,
Flores de piriquiteira,
Belas rosales,

Flores de urtiga cansanção...

Quanto menor mais bela...

Ah,

Manuel deve está descrevendo coisas no céu.

Ou coisa parecida,

Encha de sentido sua vida.

sábado, 7 de março de 2015

Uma peça da vida

Como é lindo ver a manhã nascendo e crescendo,
É como uma semente germinando em solo fértil,
Forte, bonita, enérgica...
Da aurora ao meio dia,
Tudo se transforma,
Das sombras a luz total,
Do oculto a plena revelação,
Todo o cenário do mundo
Vai se modificando para entrarmos em cena,
Uns tem papeis mais matinais,
Outros mais vespertinos,
E todos entram e saem de cena
Na manhã que nasce,
Na manhã que finda,
A cada manhã...
Entramos e saímos de cena,
Atuando numa peça chamada vida.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Mesmo

É hora de dormir,
É hora de recuperar as energias,
Amanhã é outro dia,
Tudo amanhã é diferente,
Inclusive nós mesmos

O encanto do canto

O som,
Ouço as aves na manhã cantar,
Cantam sem parar desde a madrugada,
Cantam para o mundo embelezar,
Bem-ti-vi, sabiá, patativa, siririca,
Sanhaçu, saira...
Cantam felizes nos ramos das árvores,
Nos ramos de vermelhas pitangas,
Cantam por cantar...
Como são doces as aves,
Será se veem a lua cheia?
Cantem singelas aves,
Anunciem a aurora,
Anunciem tudo que nos faz feliz,
Singela paz

quinta-feira, 5 de março de 2015

O primeiro passo

"Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,

Saímos de casa e ele é a terra inteira"
                                             Fernando Pessoa.



Acho que deveríamos sonhar como as crianças,
Acho que deveríamos manter a ingenuidade delas em sonho.
Quando era criança, era tudo, podia tudo. 
Eu usava minha imaginação
E construía tudo que precisava, carros potentes, aviões, barcos, bois, vacas, fazendas...
Eu fui aprendendo com os adultos as minhas limitações.
Sempre me disseram o que não conseguiria, mas nunca me disseram que não era impossível.

Um bordão que costumava ouvir era: "Quem tem a vontade tem a metade".

E foi ouvindo os adultos dizendo que eu passava e era inteligente que me fiz.
Sempre tive noção de minhas limitações, mas o mundo adora enfatizar isto.

Mas aprendi a me defender reagindo contra o que me limitava.

De certo, ia passando os obstáculos, todavia cada vez mais inseguro...

Até minha fé foi abalada, mas a persistência sempre esteve comigo.

Limpei tudo,

Agora sou criança novamente,
Tudo que depende de mim será cativado.

Um passo de cada vez. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Anoitecer

Ao cair da tarde, hoje,
Coisa mais linda não há,
Então parei para olhar
Aquela linda tarde crepuscular,
E via nuvens passando devagar,
Vi de câmera lenta
O vermelho como uma brasa se apagar
E tudo fui sumindo,
Se apagando se aproximando...
O mundo se apagou-se...
E a noite me lembra tanta coisa boa.


Insegurança

Veja!
Vi o que me enviou,
E respondi,
Quero uma resposta!

Hoje em dia,
Vejo todo mundo conectado,
Todavia nunca vi a humanidade
Tão insegura.

Vir a ver

Tempos que aprender a observar,
Muitas vezes o óbvio está a nossa frente e não conseguimos ver.
A aurora, o por do sol, a noite estrelada,
Flores nos jardins,
Um transeunte feliz,
Uma coisa colossal...
É certo que prestamos mais atenção no extraordinário 
E não vemos o que muitas vezes está oculto em seu tamanho.

Pare e olhe em sua volta!
O que consegue ver?
Eu vejo sementes, folhas secas,
Mas vejo mais que isso
Vejo formas, vejo cores, vejo características
Que me permitem reconhecer seus parentais.

É fácil ver quando se está disposto.

É fácil ver as coisas boas da vida
Basta lista-las,
Infelizmente elencamos as coisas ruins,
As coisas que falharam...

Costumamos reclamar
E fazemos isso com destreza.

Vemos quase sempre meio copo vazio e não meio copo cheio.

Não sei o que poderia dizer a ti, leitor...

Só digo, aprenda a observar o mundo ao teu lado.

Coisas extraordinárias qualquer um pode ver.

Dito isto aprenda a ver as sutilezas
muitas vezes guardadas nas coisas pequenas...

terça-feira, 3 de março de 2015

Amor!?

Santo Antônio pregava para o mar,
Na praia ele falava sobre Deus
E toda sua superioridade,
Ao menos é o que conta
Os sermões de Padre Antônio Vieira.

Às vezes aceitamos fazer coisas
Grandiosas, aceitamos de graça.

Amar alguém é algo assim hercúleo,
Grandioso simplesmente porque
Geralmente não se ama na mesma proporção
E como o amor é uma relação,
Comparamos e medimos e pesamos
Se a relação vale a pena ou não.

Será se saberemos um dia se valeu a pena?

Como saber senão se entregar ao amor.

São tantas as vertentes a serem analisadas,
Eis ai o grande erro: analisar...

Toda e qualquer forma de amor tem que ser incondicional,
Senão não é amor.

Na verdade não sabemos o que é o amor até que se passa
Alguém que nos mostra...

Mas isso tudo são suposições de um romântico,
E os românticos distorcem muito as coisas
Em favor do romantismo.

segunda-feira, 2 de março de 2015

A música mais bonita do mundo

Reflexão

Uma ave cantando,
Uma flor florescendo,
Crianças brincando,
A chuva chovendo,
Aurora!
Aurora de minha vida,
De cores vivas,
Cores quentes,
Cores fortes,
Rubrum,
Rubro,
Rubens,
Brasas bruxuleando,
Tecendo a teia da vida,
As Moiras me contaram um segredo,
O destino não é tecido,
É por nós construído,
No eterno devir.

Espero!?

Ainda te espero,
Ainda tenho sonhos em acordar ao seu lado,
Ainda sonho com as chuvas de beijos que me deu,
Era tão maravilhosa,
Mas agora é hora de partir,
É hora de ocupar o meu coração
Com outro amor,
Sinto a sua falta,
Sinto muito sua falta,
Mas você fez sua escolha,
Ainda dá tempo de voltar atrás,
Ainda é tempo,
Ainda tem tempo!
Por favor decida por nós...

Sinto-me livre como uma águia no céu,
Como uma baleia no oceano,
Como uma serpente no deserto,

Mas preciso dar direção a minha vida,
Não posso te esperar para sempre...

Te amo,

Não espero seu amor,

Vou seguir em frente,
Sabe onde estou e como falar comigo,
Seu silêncio,
Será um eterno adeus.

domingo, 1 de março de 2015

Cata-vento

O vento embala o cata-vento,
Oras devagar, horas mais de pressa,
Gira-gira sem parar,
O cata-vento segue o vento,
E quanto tempo há de girar,
Gira-Gira, sopra o vento.
Sopra vento,
Esse invento,
Louco que é amar.

Contemplar a noite

A noite fui a sacada e sentei numa cadeira,
Fiquei ali olhando para o céu,
Quando se olha para o céu
Não se espera que as estrelas mudem de lugar,
Não se espera que se veja um cometa,
Não se espera nada quando se olha para o céu,
Simplesmente, quando se olha para o céu,
Se contempla sua imensidão, sua infinitude,
Às vezes até sabemos que estamos em alguns caso
Percebendo a luz de uma estrela que partiu de sua fonte a mais de duzentos anos...
Todavia o que isso nos diz?
Nossas gerações anteriores observavam o céu,
E ainda mais que hoje,
Na infância eu o fazia com maior constância,
Não tínhamos eletricidade em casa...
Quantas horas não contemplei o céu?
Para mim o céu noturno sempre foi um fio de esperança,
Eu olhava para a estrela dalva no poente e silenciosamente fazia o meu pedido,
Baixinho dizia para o senhor o que almejava...
E o céu pré-aurora é tão lindo...
Então, paro e contemplo o céu,
Sinto-me mais próximo de minha infância
Onde a felicidade era constante,
Sinto-me mais próximo de meus antepassados,
Um dia serei só poeira, e espero que meu espirito vá para qualquer uma dessas estrelas.
Não posso esperar nada...
Nem que olhes o céu, nem que nus comuniquemos pelo céu,
Ou pela lua, pois você como as estrelas acendem  a noite
E depois é ofuscada pelo sol...

Ciclo de vida

Uma semente,
Uma plântula,
Os cotilédones,
Uma planta,
Seu tronco,
Seus ramos,
Suas folhas,
Suas inflorescências,
Suas flores,
Seus frutos,
Suas sementes...

Como pode não ser poética a vida,
Tantas coisas voltam a acontecer,
E acontece novamente,
Novamente,
Todavia cada vez que acontece
É uma nova vez,
Cada vez é peculiar,
Embora siga a mesma teia lógica,
As coisas são diferentes,
São melhoradas,
Mais adaptadas...

Como nos ensina a natureza.

Chuva

 A Chuva é plena, Ela nos envolve, nos aconchega, Ela é tão plena que toda a natureza se recolhe para contempla-la As aves se calam pa...

Gogh

Gogh