sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Pessoas pensantes

O sol nu no céu azul,
despede-se do dia,
logo a lua nascerá
e sua luz caminhará
no lago.
Estrelas apagadas,
a luz dos postes
refletidas no lago
torna-no tão belo.

No céu aviões
passam,
e os  carros
que se acumulam nas pistas
e roncam...
Pessoas impacientes.
O sol se foi
a lua veio
e os casais namoram
a luz da lua...
Ruas vazias,
casais em casa
vivendo suas vidas
em silêncio
algumas pessoas caminham.
Em que pensarão?
Na lua?
No sol que se foi?
Quem sabe...

Sexta, sesta



Sexta-feira, a semana demorou uma eternidade, mas hoje que é sexta até parece que a semana voou.
Sexta-feira tem algo de especial, faz-nos sentir mais leves. Ah, hoje podemos fazer um capricho a mais conosco. Chegar em casa mais cedo se alguém nos espera ou mais tarde. Podemos relaxar e comer aquela pizza tão condenada durante a semana.
Na época de faculdade aproveitava as tardes de sexta para ir a biblioteca ler algo que gostava e ficava lá namorando os livros, escolhia um e ia para a sala de estudantes com ar condicionado, às  vezes não lia nada, mas ficava ali na companhia daquela obra, só a sua presença, sua existência já me deixavam feliz. Naquela época não tinha internet tão acessível. Não tinha como bater papo com os amigos da net, a vida era mais real.
Então ia para o Biociência e ficava de papo com os colegas ou voltava para casa e como morei em residência universitária o que não faltava era gente para papear. Meus queridos amigos que hoje estão tão longe, papeio com alguns via tim.
O tempo passou, as coisas mudaram, mas a sensação boa de que hoje é sexta continua a mesma. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quando o tempo se arrasta


Sabemos que não temos tempo para ter tédio. Mas de que isso nos adianta. Se temos uma tarde inteira para fazer algo que não estamos com a mínima vontade e tempos o poder de decidir se fazemos ou não ou somos forçados a fazer.
Ah, quando a coisa anda sem graça que desgraça que fica o tempo que se arrasta feito lesma.
Que tarde. Não me concentro. Ouço o eco das palavras usadas por pessoas sei lá.
Ou ouço o som de máquinas...
E a tarde se arrasta lenta.

O mundo em minha frente

O mundo todo em minha frente.
O mundo todo em  minha mente.
O terceiro mundo.
O mundo abstrato.
O mundo que representa fato.
Eu sou apenas um pouco do virtual
e do material.
Preciso de um itinerário.
Pois todos os mundos são tão grandes
e minha mente tão sutil
e curta.
Preciso estender minha mente,
minha vida através das palavras
e mostrar aos outros
todo o meu mundo em minha frente.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Lua

Olho para a lua
que reflete boas memórias.

A lua é tão bela e singela.
Quantos romances a lua não pastorou.

Quantos olhares não absorveu.

A lua está sempre lá
e nós faz viva boas memórias.

Quanto não nos esquecemos da lua nesta vida
competitiva?

Ah, lua tenho saudades dos bons momentos,

Agora estou aqui só eu e tu.

Lua via lua,

que bom que estais cheia
e me enche de saudosismo.
Eterna lua.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Oração

Quando o dia nasce, renova a esperança.
Quando o sol aparece e o escuro da noite
cedo parte, inicia um novo dia.
Todos os dias são peculiares,
no entanto, nos que nos acostumamos
fácil com os acontecimentos e fatos,
tudo parece tão semelhante.

Cada momento é único,
temos que faze-lo especial.
Façamos de nossos dias
as melhores cosias de nossas vidas,
mesmo que pareça difícil.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Acumulada

A noite fria e escura
deixa o vento escorrer
pelas ruas, nuas.

As luzes rutilam
longe.
Luzes frias
na noite vazia.

É segunda-feira
e os jornais estão
recheados de notícias
acumuladas.

É noite de segunda-feira
e o corpo acumula cansaço.

domingo, 26 de agosto de 2012

Domingo

E o dia se parte longo.

Ah, o domingo. O domingo nos deixa mais preguiçosos.
Dormimos até mais tarde, acordamos e ficamos na cama, lendo um bom livro só
ou melhor ainda namorado. Temos que nos contentar com os livros quando estamos
distantes de nossos amores.
Então levantamos e tomamos um café almoço
e almoçamos um almoço janta.
E a tarde vai se enterrando lentamente.

Poxa! que  bacana morar em Brasília, pois podemos aproveitar para caminhar e fazer o que gosta
ao ar livro. São tão grandes os espaços. E os domingos tão claros.

Vamos caminhar no eixão e terminar a caminhada ao lado do lago.
E ver o sol se por no mais lindo horizonte sob um belo crepúsculo.
Aviões no céu, pessoas andando de skate ou patins ou bicicleta ou só caminhando.

Que delícia!

Eco

O eco do mundo soa na minha janela.
Cortinas abertas.
Que acontece lá fora é coisa do mundo,
mas o  que acontece cá dentro
é faz parte do meu cosmo.

Vou ficar quito.
Porque o tempo não para...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O silêncio instrutivo dos livros

A noite fria e solitária me aguarda.
Volto para casa e o que me anima?
Ainda bem que não tenho televisão.
Os livros silenciosamente contam-me
histórias da vida humana.
Calado em minha sala em que nada acontece.
Estou só. A luz branca que os ingleses não
gostam clareiam meu pequeno recinto.

Poesia, romance, filosofia sobre tanta coisa
me fala Borges.
Sobre tanta coisa da vida.

Só o silêncio frio de minhas paredes brancas
falam-se sobre isso.

A minha janela dá para o nada.

Amanhã é sábado.

Quem sabe não surge alguma boa ideia e eu  poderei
escrever em meus cadernos
sem graça...

Neste momento quantas pessoas pensam igual a mim
ou queria está sentindo o que sinto.
Neste recinto...
Silêncio.

Tarde de sexta-feira

A tarde se vai serena, suave e pequena.
A tarde se entrega a noite, vermelha feito rosto pudico de uma virgem.
E quando a tarde se vai
e quando a tarde se entrega a noite.
Sopra o vento frio,
sopra o vento frio.
O céu está tão azul.
O céu parece nu.
Nuvens passam movidas pelo vento...
Nuvens passam arredias
suaves e vazias.

Ah,
A tarde...
A tarde de sexta-feira.

A tarde fria de sexta-feira,
faz-me reviver,
faz-me agora sofrer.

Mas é tarde de sexta-feira.
Quem dera aquela maravilhosa pizza.

O tempo passou
e me levou para longe
de tudo que eu gostava,
de tudo que amava.

Restou esperança e solidão.

Organizar

Por que organizamos as coisas neste mundo desordenado?
Não são todos, mas muitos de nós temos a mania de deixar tudo organizadinho em seu devido lugar. Tudo o mais simétrico possível.
Mas organizamos pelo prazer de organizar ou pelo prazer de desorganizar?
Organizamos para resgatar o que buscamos no devido instante.
Não consigo responder sem questionar.
Acho que organizamos porque aprendemos com nossos antecessores.

Sabe-se lá.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tempo, relações e suas ferramentas

Apesar de ter nascido no mundo contemporâneo. Cresci num mundo onde as informações se davam através das conversas corriqueiras, quando mais distantes através do rádio e através da televisão das coisas muito distantes que nunca iriam afetar no meu cotidiano. Não faz muito tempo na minha escala de vida, onde as coisas eram bem mais simples. Quando não existiam tantas ferramentas tão maravilhosas como o celular e o computador. Sei que ambos são apenas canais de informações. Sei que estes canais já estão ultrapassadas. Pois os celulares que não são apenas celulares e sim verdadeiros computadores e os computadores viraram Ipad e genéricos, onde podemos acessar qualquer tipo de informação, inclusive o que está acontecendo com um conhecido em Deli. Reafirmo com convicção "qualquer informação", até mesmo, hipoteticamente falando, que roupa uma amiga minha que mora em outra cidade está vestido. No entanto, nós pobres seres humanos não sabemos como lidar com essas informações. Certamente estas informações afetam nas relações entre as pessoas.
A internet e suas ferramentas como as redes sociais quebrou a barreira da distância física existente entre as pessoas. As possibilidades de relacionamento entre as pessoas são infinitas. Estas possibilidades tornam as relações muito líquidas termo finamente cunhado por Zygmut Bauman, um famoso sociólogo polonês.
Através da internet podemos conhecer pessoas de qualquer idade, cor, sexo ou classe social. Poderia elencar muitas outras categorias. Na internet podemos sermos o que quisermos, pois ali somos um avatar.
Na internet como disse somos avatares e como estes personagens somos tudo que quisermos, sem falha. Podemos nos vestir de uma ferradura e partimos para o mundo seguros. Qualquer coisa que acontecer basta desligar da tomada e o problema está resolvido.
No entanto, somos pessoas reais e sabemos que estamos mexendo com o sentimento alheio. Há aquelas pessoas que se preocupam com os sentimentos alheios e aquelas que não se preocupam.
Na verdade parece um jogo em que o mais forte ganha. E a internet é uma ferramenta que é usada para estas coisas.
A pessoa está no seu relacionamento real, orgânico numa boa. Se algo dar errado um dia, a pessoa já olha de lado, se segue mais vezes. A pessoa perde o interesse. Sim basta ligar a internet ir lá e selecionar uma pessoa que não tem este defeito e pronto. Acaba o relacionamento e começa outro.
Antigamente, a prática da separação era coisa de atores e atrizes. Hoje não. Não sei se esta assertiva é coisa do meu mundinho.
Hoje, vejo pessoas se separando por qualquer motivo. E estão se casando  mais vezes, como se cada casamento entrasse no currículo, mais um sobrenome.
Tudo parece tão simples. Seria simples se não envolvesse sentimentos, angustias profundas.
Sim, cada vez mais vejo que as relações são mais líquidas e vejo as pessoas angustiadas, muito mais angustiadas que antes. São tantas dúvidas. 
Na verdade ainda estamos aprendendo a lidar com isso. Talvez já hajam pessoas que lidam muito bem com isso.
Eu não, ainda não. Sinto muita angustia quando tenho uma grande dúvida.
As relações são complexas e tendem a maior complexidade sempre.
Antes de qualquer coisa, na dúvida é preciso se conhecer primeiro para poder ter certeza que tudo não vai se tornar líquido. É preciso está convicto para o reatamento ou para o novo. 





quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Brasília

O tempo.
Como o tempo está seco
e como o vento está frio.
Este clima louco do planalto
com dias, assim como as noites
claros e limpos.
Bordados por lindos crepúsculos.
Brasília linda capital,
doce distrito federal.
Que teus filhos sejam sempre felizes.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Deleite

Mal acordo, antes mesmo de tomar o café, tenho fome de fatos. Tenho sede de palavras. Acordo e reviro-me no colchão buscando alguma ideia, alentar meus medos e minhas dúvidas. Penso que hei de fazer hoje para meu dia ser melhor. Sempre ouço minha consciência falar tem que publicar...
Então abro o leptope e me ponho a ler as manchetes. Assim como um garimpeiro busca uma pepita, ou algo de valioso que lhes dê o que comer por alguns dias ou mesmo por aquele dia. Como um mendigo que busca um fiasco de alegria, uma moeda. Eu busco aquela alegria instantânea, mesmo que curta. É o meu garimpo são os jornais e revistas que posso acessar. Conheço muitos colunistas, e sei quais deles podem me servir com uma boa leitura, não me surpreende quando encontro um bom texto vindo deles. Mas vibro quando encontro algum texto excelente de uma pessoa desconhecida. Na verdade queria ser como eles, um escritor.
Depois vem a fome do corpo, tomo meu café se possível acompanhado de um bom chá. E vou para o trabalho e vivo o meu dia.
Aos fins de semana, não espero a presença das colunas, mas de uma boa companhia. Sim alguém com quem possa passar o dia de preguiça, tomar um café ralo, ir ao shoping comer um bom almoço e ver um filme e passar o dia todo numa boa, recuperando-me para a segunda...
A vida é feita destas pequenas coisas, mas nem sempre nos deparamos com essa doce rotina.
Conheço muitas pessoas que só pensam em trabalhar e ganhar posição e dinheiro e me falam que perco muito tempo lendo jornais e vivendo... Meu curriculum e as publicações não surgem. Sinto-me um vagabundo. Já me preocupei mais com isso e acabei me esquecendo da vida.
Hoje prefiro o sabor o prazer imediato das leituras, o sabor do chá e os fins de semana.
Minha amiga Ruth disse que tudo que é bem feito requer muito esforço.
Desisti de ser o maior botânico do mundo, embora continue comendo muito, para ser um simples mortal, ao menos sabendo o que ocorre ao meu redor.
Talvez seja feliz ou não.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Novo!

O tempo no Cerrado,
o tempo no planalto
é tão estralho.
O céu está sempre azul,
e a noite apenas o véu da luz
das estrelas cobre o céu.
Um frio quente e seco
toma conta do mundo.
Tudo é tão novo para mim.
Tenho medo do novo.
As vezes essas coisas me deixam assim
sorumbático...
Sabe lá o que nos seguirá,
mas quem sobreviveu
ao tempo
o que há de temer?
Tudo só pode passar ou ficar
é a sina da vida.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sempre

O silêncio toma conta de mim.
É noite em meu peito.

Não sei o que pensar e nem o que não pensar.
As frases são curtas em mim. Tão curtas
que não quero falar.
Não quero falar de nada.
Só me resta o silêncio.

A vida passa, passa sem parar.

A vida passa e rir da gente.
Não gosto do silêncio, pois ele me faz por fora
a máscara que muito me apeguei...

Tudo em mim doí, mas não é dor física
é dor na alma.
É dor que tira toda a calma.

Não queremos ver anoitecer...
A noite as vezes soa feito a morte...
sombria e distante...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Noite

A noite escura,
estrelas brilham no céu nu,
grilos cantam
e quebra o silêncio ensurdecedor da noite.

A noite respira o oculto
o medo toma conta do nosso peito.
Algo me falta
fala o silêncio da noite.

O silêncio da noite
mistura tudo
e do perto deixa tudo tão distante...

domingo, 5 de agosto de 2012

Reflexão

Em que hei de pensar?
Que hei de escrever?
Enquanto ouço "Somewhe only we know"
espero meu cérebro me leve a escrever algo interessante. Caso não seja possível apenas ouça a música. Acho linda http://www.youtube.com/watch?v=Oextk-If8HQ

Sou muito monótono. Hoje mesmo acordei no mesmo horário que acordo sempre, exceto quando estou muito cansado ou vou dormir muito tarde.
Assim, pois que acordo penso. Penso muito creio que quando não é o medo da morte que me assola penso coisas boas que me deixam feliz.
Então acordei e fiquei pensando. Minha cabeça parece uma panela de pressão a todo vapor  e calor. Cozendo meu cérebro e produzindo boas ideias. Uma boa comida. Sirvam-se.


É chegada a hora de partir. Engraçado partir para muito distante. Parto para minha origem que fica tão distante, mas aqui não é o distante? Sim aqui é o distante, o velho, o organizado o clássico e o belo.
Para onde vou é o lugar onde poderia ter vivido sem nunca ter saído de lá.
Minha visão de mundo é muito peculiar de lá.
E lá, não tenha dúvidas, não é o paraíso sequer o inferno.
Foi lá que aprendi a ser quem sou.
Foi naquele lugar que fui gerado.
Foi lá que aprendi a sobreviver, que aprendi os valores e a importância da família.
Mas aprendi que era preciso mais que isso.
Aprendi a importância de construir o meu mundo ter as minhas ideias.
E me fiz quem eu sou.
Se sou feliz com quem sou? Não vivo me reinventando e aprendendo.

Aqui no velho mundo diferente de onde vi onde as coisas são por si só o que são.
Uma foto na parede é só uma foto, não retrata uma história e não exala orgulho, não lá significa apenas o velho. Somos muito jovens para nos atermos a nossas histórias. Histórias belas são aquelas contadas pelos outros.

Aqui não para todas as coisas se cria uma história...
E o velho torna-se clássico.

Ah, que seria de mim senão fosse o Borges?
Não teria despertado para minha história, minha própria história.
Foucault me ajudou a me compreender e me aceitar como ser, a me humanizar e Borges me mostrou o caminho da construção da própria história e hoje fatos se conectam e a vida se revela muito mais complexa e bela.
Tenho uma amiga filosofa que sempre me falou que a vida é ação.
Hegel falava de relações e possibilidades...

Hoje confesso que a vida me é mil vezes mais palatável.
Ainda bem que os instintos muitas vezes fala mais alto.

Estou de volta a minha terra. E é hora de reavaliação e reconstrução.

é isso, mais nada.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Alma

Quão profunda e misteriosa é a nossa alma. De onde ela vem? Como ela se faz? Para onde ela se vai quando nosso corpo desfaz?

A alma é tudo que conseguimos entender da vida, é nossa compreensão de mundo, nossa constituição como entendimento.

Milhares de anos se passaram para que a nossa espécie através da cultura
enriqueça e torne nossas almas mais puras.

Mas dominamos nossos instintos? Nossas almas?



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Mundo

Como é vasto o mundo e como sou pequeno. Sou um pequeno mundo neste vasto mundo. Vou juntando o que quero para construir o  meu mundo. As vezes meu mundo é tão profundo e as vezes tão superficial. O mundo é tudo que me cerca, que me ensina e que me faz o que sou.
Há dias que estou vazio, outros dias cheio. Em parte sou em quem decido como vai ser o meu  mundo, mas existe uma força maior que decide por mim.
Como é vasto o meu mundo.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Crepúsculo


Fora do Brasil
em terras muito distantes,
em terras onde muito de sua beleza
foi pelo homem criada.
Sinto saudades das belezas naturais
de meu país.
Saudades dos crepúsculos encarnados.
Saudades do português falado frouxo.

Longe do meu pais
aprendo muito mais sobre o meu Brasil.

E minhas memórias
onde habitam imagens
dos sertões
onde habita um silêncio crepuscular,
um cheiro de mato seco...

Saudades de meus pais,
irmãos...
Então vem-me uma reflexão,
Ah, como sofreram
nossos poetas fora do Brasil.

E soa mais londo
o  poema de  de Gonçalves Dias,

Minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá.

sábado, 28 de julho de 2012

Infinito

Milhões de flores desabrocham todos os dias nos campos e nos jardins pelo  mundo.
Pessoas vivem suas vidas com suas lutas e seus sonhos. Eu como não sou diferente
do resto destas pessoas, muitas vezes, não percebo e nem contemplo a beleza das flores.
E tudo isso se passa dia após dia até o fim de meus dias. E a cada dia que passa percebo a finitude de minha vida, mas apenas através das marcas do tempo em meu corpo, todavia pela amplitude com que as histórias e as pequenas coisas vão ganhando maiores dimensões e minha vida. Os dias dentro do tempo vão se tornando mais valiosos. Começamos a fazer mais relações entre os fatos, e as coisas e vamos atentando para nossa própria história e nossas coisas.
Chega o momento  para a reflexão sobre a nossa vida. Momento que todas as nossas leituras ganham maiores dimensões e os personagens das histórias ganham vida, as vezes não ganham.
A vida tem tantas faces quanto o mundo e suas estações...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Noite negra

A noite enluarada,
a lua nua na rua
iluminava os jardins,
as praças.
Caminhamos pela rua
a rir
e viver a noite
que nada nos falava,
uma noite de segunda
enluarada
em Paris.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Serrinha do Canto

No mundo há um lugar muito peculiar.
Um lugar que achava que era o centro do universo.
Aquele foi o meu universo por quanto tempo, não sabia mesmo o quanto era peculiar.


Ah, tanta coisa mudou desde que parti de lá.


Tenho tantas memórias daquele lugar.

Memórias que nunca mais poderei guardar.
Lembranças das cocheiras do curral,
dos tanques de lavar roupas,
dos açudes, dos cajueiros, da mata seca,
dos lajeiros.


São lembranças de minha infância e adolescência.


Naquele tempo haviam pessoas
tão maravilhosas, mas que hoje
são apenas personagens de minha memória
ou dormem eternamente.

Recentemente estive lá, e vi os ossos secos do cão
que tanto me seguiu nas voltas no mato.

Vi na face das pessoas a marca do tempo.
Parece que o tempo havia parado...

A vida precisa sempre se renovar...
Porque memórias são sempre sombras
do passado.

terça-feira, 17 de julho de 2012

silêncio

O silêncio surdo do mundo
me incomoda.
Tenho medo do silêncio.
O silêncio soa frio
como o escuro da noite.
O escuro é vazio
e ensurdecedor como
o silêncio do nada.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Frio do lado de fora

Faz um frio lá fora...
Prunus e Betulas balançam ao vento.

Faz frio lá fora
e os aviões não param de chegar
nem de partir.

Faz frio lá fora
e o vidro da janela
está gelado...

Faz frio lá fora
muito frio a essa hora.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dúvida

O sol brilha intensamente,
o vento sopra fazendo
os galhos e suas folhas
das árvores balançarem
até parecem felizes.
Perco meu tempo
observando o mundo?

Repetição

Os dias estão a passar,
passam sem parar.
E o que vemos no mundo
muitas vezes se repetem
e parece o infinito.
Acabamos esquecendo
que a vida é finita.
Somos enganados
pelo tempo que cuida
em nos fazer esquecer
quão passageira é a vida.
Esquecemos das emoções
mais forte que nos fazem
nos sentir vivos.
Esquecemos tantas coisas
ao acharmos que nada
de diferente pode acontecer
em nossas vidas,
por acharmos
que tudo não passa
de uma repetição.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Noite vazia

Caiu a  noite,
as ruas estão vazias.
As ruas sempre parecem estarem vazias.
As ruas são sempre silenciosas,
se não fosse o barulho dos aviões
aqui estaria mais para selva.
As ruas são cemitérios de vivos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mundo meu

Olho para o mundo, vejo formas com suas cores.
Nem sempre reconheço as formas, mas sempre reconheço as cores.
O mundo, que me é apresentado pela visão, é extremamente rico.
Vejo os movimentos das formas e suas cores,
mas nem sempre sei expressar em palavras o que vejo.
Necessito conhecer as palavras e que o outro também tenha conhecimento daquelas.

Vejo um mundo lindo, mas como dizer isso?
A beleza é subjetiva.
Gosto da história das coisas, da vida e de tudo que me cerca.
Não sou um domador das palavras,
pelo contrário muitas vezes sigo a vida sem me expressar.

Como não ser aprendido pela beleza das flores? Suas formas e cores.
Sou surpreendido com a organização das praças e jardins
onde plantas como animais foram domesticadas.

São tantas as flores e plantas e árvores...

E as casas...

Não entendo muito o que eles falam,
mas gosto da forma como se expressam.

E penso porque não nos expressamos assim?

Bem que nosso  mundo poderia ser assim.
Como construiria um mundo meu?
Não sei...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dias

O dia nasce coberto por um sol lindo, mas em seguida é encoberto por nuvens que se estendem além céu.
Mesmo assim as flores continuam lindas e o rio continua a correr.
Que estranho é o verão Londrino, mais parece inverno nordestino no Brasil.
Quantas histórias ocultas não há nas ruas simetrias e frias de Londres, ocultas pelas nuvens ou
será que foi o verão que as ocultou?
Não sei. Na maior parte das vezes, quando falo com ingleses, mal entendo suas frases
e falas, muitas vezes não entendo o contexto.
Passo o dia conversando e observando seus costumes e não chego a conclusão nenhuma. Nunca chegarei, talvez entenda um pouco lendo Borges. Sei lá.
Nestes dias mesmo conheci portugueses. É estranho falar português com europeus,
mesmo que soe com sotaque mater.
E assim vivo os dias que me foram cedidos em Kew.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Retículo

O que somos?

Não somos nada, não podemos querer ser nada.
Nossa vida que é um acaso é algo nosso
mas que não está sob nosso domínio.
Temos nosso corpo, mas só por mera
respiração, caso ela pare.
Que somos?
Nada além de um corpo
que logo irá se decompor.
E para onde vão nossos sonhos,
nossas memórias, nossos medos?
Desaparecem ou são decompostos com o corpo?
A menos podemos nos expressar
no que fazemos.
Nossas particularidades estão em cada
coisa que fazemos,
no que gostamos,
pensamos...
Somos um pouco de tudo
no mar do nada.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Canção

As flores daqui são tão coloridas,
tão simétricas e perfumadas.
As flores daqui estão em todo lugar.
Como são coloridas e perfumadas
e melhoradas.
Ah, mas as nossas flores
no Brasil essas me encantam
pela simplicidade de ser.
As malváceas coloridas,
as euforbiáceas perfumadas...
Ah, aqui não tem palmeiras para o sabiá cantar.

Adoro as flores daqui,
mas amo as flores de lá.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O silêncio

Existe algo no silêncio que nos amedronta.
O silêncio nos apavora.
Não somos capazes de permanecermos com o outro em silêncio.
O silêncio nos angustia.
Mas porque não buscamos
no silêncio um sentido.
Será o silêncio desprovido de sentido?
Penso que achamos isso,
pois mesmo sós conversamos em pensamentos e muitas vezes gritamos.
Mas muitas coisas belas se expressam
em silêncio como o desabrochar de uma flor
ou o partir de uma tarde crepuscular.

Por não entendermos,
nem pararmos para refletir
em silêncio, falamos muitas vezes
o que o silêncio se expressaria muito melhor.

Saber silenciar é muitas vezes aprender a ouvir.

A reflexão tem como berço
o silêncio.

Existência


As vezes acordamos e nos sentimos mal por existir um vazio em nosso ser. Esse vazio no incomoda, pois não sabemos como preenche-lo. Então olhamos para o céu, para o nosso redor. Mas nada faz sentido. Então buscamos este sentido em nossa alma. Por que existir? Quem sabe a poesia não responda ou a filosofia quiçá. São os mistérios que precedem a existência.
Quer saber, nunca estaremos totalmente preenchidos.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Mundo subjetivo

Não há como está no mundo sem senti-lo.
Sentimos que o mundo nos toca nos toma por dono.
Cremos que temos algo no mundo
e sossegamos em nossa jornada
parando aqui ou ali.
O mundo não nos é revelado por inteiro
e vivemos na ilusão de conhece-lo.
Conhecemos um pouco hoje,
um pouco amanhã.
E o tempo passa sem que percebamos.
As coisas são coisas e não nos revelam isso,
mas as pessoas que conhecemos
essas sim estão constantemente mudando.
Crescem, envelhecem e desaparecem na eternidade.
Posso sentir o mundo,
mas sem memória o que é o mundo
para quem muito viveu?
Não temos a mesma empolgação de conhecer o mundo...
Podemos apenas sentir o mundo,
mas o mundo é muito subjetivo
e nós por demais egoístas.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ser o que sou?

Que sou?
Não sou nada.
Vivo por que estou vivo, não escolhi a vida.
Mas no domínio da vida não escolho a morte.
A morte é o fim de todas as possibilidades.
Vivo porque nasci,
nada escolhi.
Mas na vida aprendi a trilhar meus próprios caminhos.
Muitas vezes perdido,
muitas vezes sob algum intirário.
Busquei ser quem sou,
mas nem sei o que sou.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Corpo e alma

Não somos dois, corpo e alma, mas apenas um.
Somos constituídos de corpo e alma.
E não existe corpo sem alma, nem alma sem corpo.
Embora o corpo seja composto de substância,
não é possível ver a substância da alma.
Mas sentimos que algo dentro de nós é mais forte que imaginamos.
Embora asubstancial.
Quando ouvimos uma música,
sentimos o calor, o carinho, o afago, um cheiro ou um gosto
que desperta nossas melhores memórias.
Onde estão as lembranças
e o que constitui essa alma.
Energia em fluxo?
Quem sabe...
Hoje ouvi Rachmaninoff
e a melodia de uma de suas sinfonias
era tão bela que parecia
dar vida ao meu ser interior.
Seria um encontro entre algo que vem do universo
e se expressa na música e que nosso ser
se identifica?
Quem sabe?
Mas minha alma reconhece o universo
na música e no verso.
Se somos dois não sei. Pouco sei sobre nada.
Muitas vezes me esqueço do que vivi,
sei que está apenas adormecido...
E dispertará um dia.
Sem o corpo minha alma nada é.

sábado, 26 de maio de 2012

Sertão do pantanal

Vasto sertão.
Mundo de amplidão.
Vazio e solidão. Silêncio.
Um animal caminha pela vereda
e quebra o silêncio ao caminhar
e esmaga as folhas secas.
E deixa o forte aroma
de felino faminto
a caçar.
A onça pintada
imersa na vastidão do sertão.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Noite no Pantanal

Quando a noite cai no Pantanal tudo fica um breu. As estrelas se acendem e piscam sem parar. O silêncio chega a incomodar. As aves se recolhem em seus ninhos e os animais em seus abrigos. Sabe lá o que fazem os jacarés. A noite aqui é tão sossegada que nos sentimos em outro mundo. E tanto sossego que nem percebemos a noite passar. O escuro da noite no Pantanal é um manta que cobre a planície para a vida descansar.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Pantanal e Manuel

O pantanal é belo, extremamente belo.
No pantanal se as aves se calam tudo é silêncio.
O jacaré na beira da lagoa se aquece ao sol.
As flores de convolvulaceas nesta época
são discos rosas, margenta, vinhos e azuis
que enfeitam o pantanal.
As capivaras são tão simpáticas.
E as aves tão cordiais...
No pantanal o horizonte está tão próximo.
E as cores são tão vivas.
Os bichos são tão belos a abundantes...
A beleza do pantanal
planta em cada um
uma saudade.
Parece que tudo está tão cheio de nada.
No pantanal viva, vivemos Manuel de Barros...

domingo, 20 de maio de 2012

Nada

Quando a noite chega
e traz a paz ao mundo,
as aves adormecem
e as flores se fecham.
Que mundo mais lindo,
que vida...

sábado, 19 de maio de 2012

Ser

O céu azul,
o dia quente
vem a  minha mente.
A liberdade de ser
e me dar uma vontade
de ser.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Existir

É preciso pensar o novo, o real o presente.
É preciso ter em mente o passado,
pois o amanhã não nos pertence,
ou melhor nada nos pertence
tudo é emprestado.
Temos apenas o presente,
o instante.
Quando pensamos no presente real
e quando vivemos este momento
cumprimos nosso dever como ser
existimos plenamente.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Manhã

O dia nublado,
paineiras rosas,
o vento frio sopra
suave e acaricia
as pétalas das flores
rosas.
Aves pequenas
pulam de galho em galho
em busca de alimento.
Segue a manhã
fria e bela.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Além do Crepúsculo

Quanto tempo não vejo aurora,
já é tempo de ir embora.
Quando cerro os olhos
já é tarde quase um novo dia.
Quando acordo
é tarde sinto
correr contra o tempo,
mas logo tudo se diluirá.
Novas coisas acontecerão.
Que nasça uma poesia
e que veja a luz do aurora
além do crepúsculo.

sábado, 12 de maio de 2012

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Interior

E o mundo ressurge todos os dias
diferente.
Quando abro os meus olhos
eu posso sentir mais o mundo
e a vida que pulsa nas flores,
nos jardins
e isso tudo reflete dentro de mim.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Paineira

A paineira cor de rosa,
As chuvas partiram
e a paineira ficou nua,
e a lua banha com
a luz prateada
os galhos e o tronco
espeço da ceiba.
A paineira agora
se vestiu de grandes
flores cor de rosa.
Que bela é a paineira
suas flores estão
mais margenta
com flores
com pétalas
de orelhas de 
jeque...
Paineira sorria...

terça-feira, 8 de maio de 2012

Noite

Noite de céu atropurpúreo,
estrelas piscando,
e o céu nu.
A flor do cerrado acesa.
Noite que bela noite,
onde foi o vento de açoite?
Sei lá.
No cerrado tá tudo parado...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Chegada

Quando cheguei a capital federal
estava muito quente e agora
um vento frouxo sopra
dia e noite sem parar.

As aves cantam longe quebrando
o silêncio da tarde
que continua fresca 
e fria a sombra das árvores
a sombra de maio.

sábado, 5 de maio de 2012

Manhã azul

Vamos limpar o jardim
das ervas invasoras,
vamos limpar o jardim
para as floríferas
floram...
Limpo o jardim
que molhe a terra,
e forre com adubo...
e germine a a vida
nessa manhã azul...

Triângulo mineiro

Que belo azul do céu
onde nuvens brancas
feito algodão
leves levadas ao vento.
Que bela manhã de sábado,
clara e leve e seca.
Que venha uma chuva,
que caia e escorra
chuva venha lavar
o triângulo mineiro...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Maio

Já é maio e as chuvas já partiram.
O sol brilha intenso no céu azul.
As folhas desprendem as árvores
e são levadas ao vento.

Tudo seca
só as fontes
dão de beber
as aves.

É tão belo o desprender
das folhas das árvores.

As paineiras já perderam
todas as flores
e estão cobertas 
de flores margenta.

Maio, mês
das mães
mês da terra,
terno amor.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Feriado

Hoje é primeiro de maio.
É feriado do dia do trabalho.
Hoje foi um dia longo
e tedioso.
Tudo fechado!
Passei o dia
sem fazer nada
e sem vontade de
fazer...
A tarde sai para passear,
por lugares que desconheço,
vi as ruas vazias
e um lindo crepúsculo,
fiquei fadigado...
Amanhã é quarta
há de ser melhor que 
o feriado.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mais nada

Céu azul,
numa tarde
pré-feriado,
as aves cantam
felizes.
Faz um calor e que calor...
E mais nada.

Sol

Sol, céu azul,
o céu tá tão limpo
tão azul.
O vento solto
leva folhas secas
para o além.
E a vida segue
limpa e azul.
Tudo blue.

domingo, 29 de abril de 2012

Mundo

Mundo vasto mundo,
mundo descrito por Drummond,
Mundo de Raimundo,
Tu se revela tão grande,
belo e indeterminado...
Mundo que como disse
Pessoa que o conquistávamos
antes de sair da cama,
mas levantávamos
e ele era opaco
e a terra inteira,
mas a via láctea.

Mundo.
Como o vejo?
Eu vejo a aurora,
vejo as flores desabrocharem
e percebo suas cores e odores,
eu vejo o meio dia,
Vejo a tarde cair lentamente,
verdejante ou cinzenta
e fico mirando
o crepúsculo no fim do dia
até chegar a noite estrelada.

O mundo.
Hoje vi fontes pulsando água,
jorrando águas que escorriam
leito abaixo.
Vi criança
gritando feliz...
Mundo com tantas faces,
tantos risos
e dentes.
Mundo.


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Fotos

Memórias que me enchem de saudades.
Memórias que se acendem
através das fotografias.
Através das fotografias
vejo as reuniões com os amigos,
vejo os risos,
vejo alegria.
Conversas desgovernadas,
risos amigos...
Churrasco cheirando,
pão de alho,
vinagrete.
O Zé só toma Fanta Uva.
A Dani chega de vagar.
E o Marcelinho ri uma gargalhada.
A Lulu fala alto e a Ana me abraça
e me cheira.
A festa pra mim
acaba antes.
Vou dormir e não dou boa noite.
Fica tudo registrado na câmera do Gu.

Cerrado

No Cerrado quantas flores será que há?
Só Deus saberá, sei lá.
Sei que as flores do cerrado
são tão bonitas,
tão vivas e coloridas e perfumadas.
Também aqui há tanta luz.
O sol arde muito antes do meio dia.
Sei que no cerrado
a vida é poesia
e que a alegria
parece surgir a noite
com as estrelas,
porque de dia
tudo é sol e calor.
Mas aqui é um bom lugar.
E tem tantas flores
quanto o estrelas no céu há.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sementes

As sementes são estruturas que protegem e nutrem o embrião até que estes possam fazer fotossíntese. As sementes permanecem em latência até que o ambiente esteja favorável para que o embrião se desenvolva.
As sementes precisam de solo úmido e fertil para germinar e desenvolve-se.
Nem todas as vezes as sementes germinam em um ambiente favorável, sendo assim quando não nascem em um bom ambiente, simplesmente elas morrem.
Nem toda semente tem sorte de germinar num ambiente favorável muito embora as condições pareçam.
Mas é preciso arriscar, pois podem permanecer latente por toda sua existência.
As vezes somos sementes em busca de um bom ambiente. Quem sabe o que nos aguarda pela frente.
Por isso o temor, portanto a fé é essencial, para que não germinemos num mundo
onde pouco possamos viver.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Descobrir

Acordar num outro lugar,
sair para ver o mundo,
ver novas pessoas,
novos ambientes.
Despertar para uma nova vida.
Quem sabe não encontramos
uma nova poesia?
ou se adaptamos ao novo lar.
Viver num outro lugar.
Viajar pelo mundo.

Saudades

Às vezes, sinto-me tão distante.
E agora que estou distante
do meu jardim,
da minha suposta casa.
Eu fecho os olhos
e vejo meu jardim,
eu vejo a rua Felizberto,
vejo o departamento de Biologia Vegetal,
eu vejo o RU e meus amigos...
Saldades povoam meu coração.

domingo, 22 de abril de 2012

Contínuo

A tarde cai suave como a brisa ao entrar pela janela.
Nada acontece na tarde de domingo.
Corpos cansados, cheios repousam
sobre camas, redes e sofás.
Ansiosos e exaustos aguardamos
a segunda
e mais nada.

sábado, 21 de abril de 2012

Tarde de chuva

Chuva com vento,
na tarde de sábado,
e tudo esfriou,
a tarde passou,
fria, fria...
As flores se desprenderam
das plantas e pintaram
o chão de amarelo e lilás.
A tarde passou
molhada e fria.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Nunca mais

A madrugada fria foi despertada
pelo canto do bem-ti-vi.
Aurora tingiu o céu de encarnado.
Quantas manhãs não vi o dia
se abrir no céu de Campinas,
agora nunca mais.
Verei outras manhãs,
outras madrugadas,
em outros céus,
aqui nunca mais.
Não ouvirei o cão latir,
o carro a aquecer o motor,
aqui nunca mais.
Amei,
muitos dias fui feliz
aqui,
agora não mais estarei aqui...

terça-feira, 17 de abril de 2012

Respeito

Quando nos ocupamos muito com nossas coisas esquecemos o mundo que há ao nosso redor. Não vemos a beleza revelada pelas cores, nem sentimos o perfume das flores.
Quando cremos que nossos objetivos são mais importantes que nos mesmos, chegamos a loucura de ignorar os outros.
Vive com respeito a si e aos outros.

Vida é poesia

A vida deve ser encarada com poesia,
tem que enfeitá-la com flores
para viver sempre perfumada
e bela.
Tem que ser forte, sensível
e persistente para tentar
ser feliz sempre.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Feito bicho

Mora em mim o silêncio da minha infância quando vivia feito ave provando os doces cajus, as doces goiabas, seriguelas, anonas entre muitas frutas maduras e doce. Mas não aprendi a cantar, nem mesmo a voar, só aprendi a provar das frutas. Aprendi a contemplar o vazio e o silêncio da natureza que passou a habitar o meu ser por não saber se expressar. Feito bicho, simplesmente existo.

domingo, 15 de abril de 2012

Sementes

Sementes caem no chão,
quando cai a chuva
e tudo banha,
as sementes germinam
e crescem
viram ervas
e enfeitam o campo
Enchem-nos de pasto...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

As aves

Viva as aves livres para voar e povoar os seus.
As aves quando sob as árvores cantam
felizes com a alimento,
com o habitat,
com a vida.
Então cantam
para agradecer,
cantam por viver...

terça-feira, 10 de abril de 2012

A dor

Antes de ontem a noite não passou para mim. Durante todo o período daquela noite fiquei acordado com uma dor. Senti meu intestino vivo como nunca, doendo. Que somos nós diante da dor? De certo nada. A dor é uma sensação tão intensa que nos domina por completo e chaga a causar-nos traumas. A dor nos tornam frágeis e crentes, pois fazemos qualquer coisa para nos livrarmos dela. A manhã chegou e a dor não foi embora com a noite e fiquei o dia doente. Por mais simples que pareça a dor incomoda muito e tudo que queremos é deixarmos de senti-la.
E quando a dor passa tudo se apaga de nossa mente, ainda bem, porque uma noite sem dormir por causa de uma dor. Nos faz pensar melhor na vida.

sábado, 7 de abril de 2012

Impaciência

Que vazio,
a rua está silenciosa,
a casa vazia
e meu quarto mais ainda.
O silêncio chega a ecoar,
é um silêncio ensurdecedor.
Nada acontece.
Está muito quente,
que calor,
e não tem nada para fazer,
além daquilo que não
tenho a mínima vontade
de fazer.
Fico irritado,
qualquer coisa que come
queima em meu estômago,
que impaciência...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta

Hoje é sexta-feira de pascoa. Nunca vi noite tão vazia. Na rua nenhum carro passa, só a lua a alumia.
Faz um calor danado. Que sexta sinistra.

Ecoooo

Hoje, mandei minhas coisas embora. Meu quarto está vazio chega a fazer ecooooooooo.
Como é estranho o ecooooooo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Procrestinar

Hoje, quinta-feira de páscoa, a manhã está tão agradável. Abri a janela e meu jardim está tão viçoso. Choveu na tarde de antes de ontem. Como aparei a água da chuva, aproveitei para regar as plantas. Depois que abri a janela do meu quarto mais cedo, meu quarto está mais arejado. Vez por outra aparece um sanhaço para comer a banana que sempre ponho sobre o muro à sombra da acácia. Agora mesmo tinha um casal. Enquanto tudo isso vai acontecendo ouço a rádio RNE que toca boas músicas clássicas. Agora mesmo, sinto falta de minha família reunida em Serrinha. Em manhãs como essa, costumávamos tomar café todos juntos, ver a missa. Ficávamos todos em casa. Meu pai não ia para a roça nem as meninas saiam de casa. Era muito bom. No almoço não comíamos carne vermelha, comíamos peixe. A noite tinha uma ceia. Na sexta jejuávamos, não comíamos nada. até o almoço. E hoje estou eu aqui só. Estudando para concurso. Quanto sacrifício para nada.  Onde estão os meus princípios, acho que perdi todos nessa ânsia pela busca do saber ou do ser. Não sabia que com o passar do tempo tudo se estreitaria tanto. O tempo é sempre muito pouco para tudo que tenho e quero fazer, às vezes só procrastino e mais nada...
Hoje é véspera de um dia santo e sigo feito um bruto na busca pelo capital. Talvez tenha tudo ou nada.
Ao menos tenho meu quarto e jardim para me trazer a realidade do nada, da vida e esquecer de tudo isso e mais nada.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ansiedade

Os dias se arrastam quanto estamos ansiosos.
Nem percebemos nas belezas das flores
ou se quer saímos a noite para ver
a lua cheia. O silêncio da noite
nos convida para observa-la,
mas ficamos em nossos mundos
fechados com nossas ansiedades.
Hoje a lua tá tão linda
e chamativa.
Eu até tento, mas minha mente acha
que não tem tempo...
Ansiedade.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Que tem no jardim

Na minha casa fiz um jardim
e ofereci as plantas adubo e água,
as aves frutas doce.
Que seria de minha casa
se não fossem as flores do jardim
e o canto das aves?
É preciso dar para receber.
A acácia dou atenção
e ela me dá sombra e flores
e folhas. A acácia acha que
tenho que trabalhar para ela
pois meu jardim tem sempre folhas
secas que tenho que varrer
sem reclamar.
Tem uma opuntia de flores
vermelhas
que nunca atrai beija-flores
ao menos não vejo.
Tem uma nephrolepsis
que é bela e uma dichorisandra também.
Bem tem muitas coisas no meu jardim
e o que voce vê no seu?

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Manhãs frescas

A luz da manhã que alumia o meu quarto
enche meu jardim de alegria e viço.
Faz brilhar as folhas da alamanda
e faz refletir a beleza de todo o jardim.
E permanece por todo o dia
no meu quintal.
As manhãs são sempre frescas
graças a sombra de minha acácia.
Em poucos dias não terei
mais meu jardim.
Tu luz sempre estará aqui,
cuida de minhas plantas,
Sentirei saudades!
Sortudo será quem
aqui vir morar.
Bem tenho que aproveitar
a beleza do meu jardim
que tanto me fez e faz feliz.
Este mês será meu último
mês de amizade com
meu jardim...

domingo, 1 de abril de 2012

Fim de domingo

A noite cai e escurece meu quarto.
E fico assim só no escuro.
Nem uma ave cantando,
nada acontecendo.
No céu a lua e as estrelas
estão bem acessas,
o vento corre solto
pelas tuas vazias
é domingo.

sábado, 31 de março de 2012

Estações

Quando mudam as estações as plantas sentem que muda o clima
e toda a fisionomia do ambiente. As cores são realçadas ou apagadas
e a natureza ganha novos aromas. A natureza se prepara
para as mudanças que sempre aconteceram e permanecerão
acontecendo. Embora a natureza passe sempre por esse processo,
parece que ele é sempre causa trauma porque a natureza
está constantemente se renovando. Somos parte da natureza
e sofremos com as mudanças, mas nos adaptamos ou não
ou as coisas caem no esquecimento. Ainda bem que as flores
nos roubam e nos ensinam sobre a sublimidade da vida
que flui feito rio a baixo em busca do mar.
Devemos sempre aprender com as estações.

quinta-feira, 29 de março de 2012

A porta do tempo

O fim da tarde foi tão belo.
Sai para pedalar e respirar
o ar que que escorre nas ruas.
O céu estava tão limpo
e o vento era frio.
Aos poucos o sol
se escondia atrás das grandes árvores.
Pedalava sem pressa,
bem devagar olhando
para as ervas, arbustos
e árvores tentava
como sempre faço
classificá-las em minha mente,
mas o céu tomou
toda minha atenção.
O céu era todo azul
com nuvens brandas
desfiadas feito fibras
de algodão esticadas.
Parei e fiquei contemplando
por um longo instante,
um instante divino
e por um momento
vi que aquele planeta
que surgia no poente
trouxe a lembrança
de muito tempo atrás
quando ainda sonhava entrar
na universidade.
Voltei no tempo
foi como se cai-se
a ficha, tanto tempo
passou e parece que nada
aconteceu.
Aquele planeta
foi como uma porta que
num instante viajei para
o massado e para o futuro
tanta coisa que esperava
que aconteceu e que nem curti.
Ah, a tarde.
A bela tarde
disse que era para
eu parar e viver mais a vida,
porque tudo
passa sem que percebamos
e quando percebemos
o tempo já passou. 

Fria manhã

Embora a manhã tenha nascido ensolarada, faz frio. Um brisa gelada entra pela janela. Através da janela posso ver quanto está belo o meu jardim. A dichorisandra está florida, a nephrolepsis está viçosa e a alamanda parece sentir frio, pois está sem flor. Um sabiá canta na acácia. Meu coração parece uma manhã de outono. Sinto um frio na espinha. Vou mudar de cidade e de jardim e de ambiente. Eu que tanto amei esse outono Paulistano, agora tenho que partir e aprender a viver em outros outonos e outros lugares. Eu que já vivi a vida sem outono só de verão e inverno. Hoje sinto ter que ficar sem outono. Viver é mudar como as estações. Na transição é difícil, mas logo se supera. E a manhã continua fria e o dia segue, como a vida segue.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Noite fria

Seja bem vinda noite fria.
Ai que alegria poder
tomar ducha quente,
vestir um pijama
e depois tomar
aquela canja quente.
E poder conversar,
ver um filme
e dormir de conchinha.
Seja bem vinda noite fria.
A vida fica com mais alegria
quando se sente feliz,
depois de um longo
verão de dias
longos e quentes
seja bem vinda  noite fria.

Outono

O outono já chegou
e apenas hoje o dia se revelou
com a face de outono.
O dia está nublado
e o mundo cinzento
através da janela
uma fria brisa vem de longe.
Eu bem imaginei
que a chuva que caiu
ontem traria
o outono.
Gosto do outono.
Bem vindo sejas.

http://www.youtube.com/watch?v=pSdth1yTuzk

Despertar após a chuva

Após a chuva o jardim fica tão viçoso
que chega a ficar mais belo.
As folhas e gemas vigorosas
crescem pacientemente.
Nos troncos das árvores
e nos velhos muros belos
musgos pintam de verde
os paisagens e me enchem
de esperança.
A manhã vai crescendo
como a alamanda.
E aqui no meu quarto
vou despertando
preguiçosamente.

Manhã

A manhã nasceu silenciosa e úmida,
uma sirirca, uma pomba e bem-ti-vi
cantavam felizes.

terça-feira, 27 de março de 2012

Alimenta tua alma

Sob o sol,
sob o solo
plantai uma semente,
e aguardai com esperança,
trabalhando todos os dias
e se livrando
dos males da indisposição.
Trabalha com esperança
tua semente vai germinar
e crescer e frutificar
e te dar sombra.
Sabemos que o sol
nasceu para todos,
mas a sombra é para poucos.

Não importa o calor do sol,
trabalha com esperança
que dias melhores virão.

Dos campos queimados
brotam lindas flores.

Curva teu corpo
e trabalha,
alimenta tua alma
com sonhos e esperança,
a vida é curta para
quem viveu muito
e longa para quem viveu
pouco.
Trabalha e alimenta tua alma.

Madrugada

Às vezes acordamos de manhã,
mas tudo continua escuro dentro
de nós. Nem mesmo o canto
das aves ou o perfume e a beleza
das flores nos faz acordar.
A vida é tão curta
para sentimentos escuros.
Acho que são as dúvidas
criando fossos
em nossos caminhos,
pondo pedras. Sei lá,
quem sabe não é o nosso medo
e mudar.
Saia sol, alumia
nossas mentes, nossas ideias
e nossos corações,
pois não vale a pena deixar
que a madrugada se expanda
manhã a dentro.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Tarde ociosa

Coqueiros e carnaubeiras
que anunciam o vento
do nascente.
Vejo o brilho em suas folhas
a acenarem
para o vento.
Passa tempo,
passa vento.
As vezes me cansava
de ficar te olhando,
não sei o que estava
esperando.
Que o vento chegasse?
Carnaubeiras e coqueiros,
no árido chão
é preciso ter paciência
nessa vida...

Meio

Meio dia,
o sol no meio do céu,
cigarras cantam
para alegrar o nada.
As árvores verdes
e as flores das ervas
murchas.
Uma pomba canta,
sanhaçus cantam.
Nada se mexe,
nem uma brisa passa.
O sol faz o asfalto arder
de calor.
Tudo está tão
meio dia dentro
de mim.

domingo, 25 de março de 2012

Janela aberta

Uma janela aberta mostra o mundo além das paredes do quarto. O mundo é tão vasto além das nossas janelas e das nossas visões. Pela janela vemos as nuvens de algodão que são levadas pelo vento no céu mundo a fora. Muitas vezes faço questão de ver nas nuvens formas de animais e de seres imaginários. Adoro ver o céu azul ou mesmo o céu coberto de nuvens que chovem molhando as ervas e as árvores. E quando me sinto entediado das minhas coisas do meu quarto ou das palavras dos meus livros que me revelam mundos que quem sabe nunca verei vou a janela pra ver o mundo e não pensar em nada. Vou até a janela olhar para o mundo que me é revelado. E fico na janela só  observando sem tentar pensar em nada percebendo o mundo que me é revelado das mais diversas maneiras, através das formas, cores, odores dentre muitas outras. As janelas ligam dois mundos. O mundo subjetivo que buscamos organizá-lo e o mundo além de nossos seres que precisamos explorar. O importante é tentar ver o mundo de maneira diferente todos os dias.

sábado, 24 de março de 2012

Crepúsculo

Ah, como é bela a tarde
quando acesa feito brasa.
e  o céu azul vai escurecendo
e as nuvens se tornando
encarndas feito brasas
e ao poucos vai
se apagando
sumindo
até
ficar tudo escuro.
feito carvão.


Manhã de sábado

As manhãs de sábado são tão agradáveis. Nelas podemos fazer tudo que mais gostamos. Podemos ficar deitados todo o tempo, lendo ou e sairmos para fazer uma caminhada. As manhãs de sábados são sempre muito nossas diferente de todas outras manhãs. Sempre gostei. Lembro que quando era criança meu pai ia fazer a feira na cidade. Eu e minhas irmãs ficávamos ansiosos aguardando a chegada dele, pois sempre trazia confeitos. Para nós não havia a palavra doce ou balas, existia sim o nome confeito. Adorávamos confeitos de mel, maluquinhas e confeitos de vários sabores. As balinhas eram divididas em número igual entre os irmãos.
O tempo passou e as manhãs de sábado continuaram deliciosas.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Pensar

Por que, muitas vezes, não conseguimos pensar em nada se temos tanta coisa para pensar?
Não sei nem como responder. Pensar requer muita energia. O nosso cérebro consome muito ATP (adenosina tri-fostato), molécula produzida a partir da quebra dos açucares, por isso talvez evite pensar. Pensar no entanto é essencial para a sobrevivência do ser.
A parte esta ideia biológica. Parto para os pensamentos de Pessoa, o grande poeta, que dizia que pensar é está doente dos olhos.
"Pensar é está doente dos olhos".
Segundo o poeta pantaneiro Manuel de Barros "Pensar é rever".
Há diversos conceitos para esta ação "PENSAR".
Acho que pensar é, antes de tudo, consolidar as informações que obtemos através dos sentidos. Atualmente estas informações são tantas e tão diversos e disseminadas nos canais. Imagine se fossemos contratados a organizar um sebo onde nos depararmos com pilhas de livros. A primeira ideia é que levaremos muito tempo para organizar toda a bagunça. Primeiro temos que escolher que categorias de livros nos dar mais prazer em conhecer e começar a organizar a partir dai.
Creio que o mesmo serve para organizar os pensamentos e consolidar os conceitos. Talvez não seja uma ideia correta, mas certamente pensar da maneira mais simples e partir dai par ao complexo e entender o todo.
Talvez não ajude essa minha ideia. Porque muitos pensamentos nos deixam confusos. Antes de tudo temos que  inspirar, ficar calmos e dar um início a atividade do pensar. Talvez o Pessoa tenha dado uma grande dica quando disse que pensar é esta doente dos olhos. Já pensou em parar e apenas observar o mundo que o rodeia? Só olhar sem pensar em nada e tentar perceber nas formas, nas corres, nas posições. Isso mesmo ver o mundo. Senti o aroma, a temperatura ouvir os sons em sua volta.
E então entrar nos pensamentos do poeta pantaneiro, onde estas sensações irão fazer recordar de outras situações em que vais rever tudo, vai está pensando.
As vezes é preciso fugir da realidade para voltar a esta realidade cheio de energia e então vais voltar a gostar de pensar.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Primeiros passos

Os primeiros passos são os primeiros movimentos que damos em direção a liberdade e a autonomia. Desconhecemos tudo e ao darmos os primeiros passos o mundo nos é revelado mesmo que timidamente. Os nossos sentidos revelam o mundo e nossas curiosidades. Queremos ingenuamente ter o mundo dentro de nós. Assim, dados os primeiros passos ganhamos autonomia, liberdade e escolha daquilo que nos chama atenção. Somos atraídos pelas cores, pelos sons, pelos odores e nesta direção são dados nossos primeiros passos. O belo e atraente sempre nos guia. É preciso ter um alvo para poder dar os primeiros passos. A verdade é que sempre cremos que estamos dando passos sempre na direção correta, mas o mundo é tão grande e tudo parece tão correto. É preciso senti-se seguro e protegido para dar os primeiros passos, as vezes é bom esquecer o mundo que nos rodeia e seguir sempre em frente, mesmo que seja impossível não perceber as flores que nos cercam, caso perca a atenção podes não dar o primeiro passo, por isso seguir sempre em frente é necessário. Ganhada a autonomia o resto torna-se evidente, mas é preciso ter em mente
que os primeiros passos são essenciais para uma vida contente.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Poeira de sol

O sol da tarde tingiu
de vermelho nuvens
escuras ou eram azuis.
E a luz vermelha
parecia poeira
no espaço
que se decanta
lentamente, lindamente.

Eu me senti
menor do que sou,
um ponto
imerso no nada,
um ponto escuro
que sumia na noite
nua.

A gente se sente tão pequeno
diante da beleza da natureza.

Fico sempre emocionado
com o crepúsculo
seja ele no aurora
ou no por do sol.

Estes estremos
são como o mar
e nos revelam
quão pequenos somos,
menores que grãos de areia.

Nos somos verdadeiras
formiguinhas
muitas vezes desunidas.

Mas o por do sol de hoje
me revelou seu esplendor
e minha natureza
sentiu-se feliz

Pastorinha

No campo vasto, onde a grama cresce viçosa, forrageiam as belas ovelhas. Seus movimentos rápidos aparando a grama soam constantemente. A pastora e o cãozinho pastoreiam horas a fio sem percebem que as horas passam enquanto a grama é aparada. A pastorinha não acha um tédio observar as ovelhinhas comendo sem parar porque as ama. E fica ali pastoreando esquecendo-se das horas, ai delas se não fosse o sol para alertar sobre o tempo. Se alguma se tenta se afastar do rebanho o cãozinho sai ladrando e a pastora respira fundo. Que virá pela frente? Manhã e tarde. Será que a pastorinha já nomeou cada ovelha?  Suas companheiras de existência as ovelhas nada pensam só forrageiam. Pastorinha doce e amiga segue sua vida sem nada esperar a não ser suas ovelhas pastarem. O vento vez por outra sopra fazendo ervas e cabelos dançarem. Ah pastorinha que monotonia, mas tem tanta coisa para ser nomeada, tantas formas a serem conhecidas ou nada. O tempo pastorinha, ensina a ter paciência e que na vida tarde ou cedo tudo chega.

terça-feira, 20 de março de 2012

Existência

Nesse mundo
em que estamos condenados
a ser matéria inerte.
Nos tornamos imortais
ao fazemos versos,
música, arte e cultura.
Delineamos nossa existência
ao imprimirmos
nossas ideias na matéria...
O tempo há de nos apagar,
mas nossa obra
se não virar estrume
nada há de apagar...

Chuva

 A Chuva é plena, Ela nos envolve, nos aconchega, Ela é tão plena que toda a natureza se recolhe para contempla-la As aves se calam pa...

Gogh

Gogh