domingo, 1 de março de 2015

Contemplar a noite

A noite fui a sacada e sentei numa cadeira,
Fiquei ali olhando para o céu,
Quando se olha para o céu
Não se espera que as estrelas mudem de lugar,
Não se espera que se veja um cometa,
Não se espera nada quando se olha para o céu,
Simplesmente, quando se olha para o céu,
Se contempla sua imensidão, sua infinitude,
Às vezes até sabemos que estamos em alguns caso
Percebendo a luz de uma estrela que partiu de sua fonte a mais de duzentos anos...
Todavia o que isso nos diz?
Nossas gerações anteriores observavam o céu,
E ainda mais que hoje,
Na infância eu o fazia com maior constância,
Não tínhamos eletricidade em casa...
Quantas horas não contemplei o céu?
Para mim o céu noturno sempre foi um fio de esperança,
Eu olhava para a estrela dalva no poente e silenciosamente fazia o meu pedido,
Baixinho dizia para o senhor o que almejava...
E o céu pré-aurora é tão lindo...
Então, paro e contemplo o céu,
Sinto-me mais próximo de minha infância
Onde a felicidade era constante,
Sinto-me mais próximo de meus antepassados,
Um dia serei só poeira, e espero que meu espirito vá para qualquer uma dessas estrelas.
Não posso esperar nada...
Nem que olhes o céu, nem que nus comuniquemos pelo céu,
Ou pela lua, pois você como as estrelas acendem  a noite
E depois é ofuscada pelo sol...

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