sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Pessoas pensantes

O sol nu no céu azul,
despede-se do dia,
logo a lua nascerá
e sua luz caminhará
no lago.
Estrelas apagadas,
a luz dos postes
refletidas no lago
torna-no tão belo.

No céu aviões
passam,
e os  carros
que se acumulam nas pistas
e roncam...
Pessoas impacientes.
O sol se foi
a lua veio
e os casais namoram
a luz da lua...
Ruas vazias,
casais em casa
vivendo suas vidas
em silêncio
algumas pessoas caminham.
Em que pensarão?
Na lua?
No sol que se foi?
Quem sabe...

Sexta, sesta



Sexta-feira, a semana demorou uma eternidade, mas hoje que é sexta até parece que a semana voou.
Sexta-feira tem algo de especial, faz-nos sentir mais leves. Ah, hoje podemos fazer um capricho a mais conosco. Chegar em casa mais cedo se alguém nos espera ou mais tarde. Podemos relaxar e comer aquela pizza tão condenada durante a semana.
Na época de faculdade aproveitava as tardes de sexta para ir a biblioteca ler algo que gostava e ficava lá namorando os livros, escolhia um e ia para a sala de estudantes com ar condicionado, às  vezes não lia nada, mas ficava ali na companhia daquela obra, só a sua presença, sua existência já me deixavam feliz. Naquela época não tinha internet tão acessível. Não tinha como bater papo com os amigos da net, a vida era mais real.
Então ia para o Biociência e ficava de papo com os colegas ou voltava para casa e como morei em residência universitária o que não faltava era gente para papear. Meus queridos amigos que hoje estão tão longe, papeio com alguns via tim.
O tempo passou, as coisas mudaram, mas a sensação boa de que hoje é sexta continua a mesma. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quando o tempo se arrasta


Sabemos que não temos tempo para ter tédio. Mas de que isso nos adianta. Se temos uma tarde inteira para fazer algo que não estamos com a mínima vontade e tempos o poder de decidir se fazemos ou não ou somos forçados a fazer.
Ah, quando a coisa anda sem graça que desgraça que fica o tempo que se arrasta feito lesma.
Que tarde. Não me concentro. Ouço o eco das palavras usadas por pessoas sei lá.
Ou ouço o som de máquinas...
E a tarde se arrasta lenta.

O mundo em minha frente

O mundo todo em minha frente.
O mundo todo em  minha mente.
O terceiro mundo.
O mundo abstrato.
O mundo que representa fato.
Eu sou apenas um pouco do virtual
e do material.
Preciso de um itinerário.
Pois todos os mundos são tão grandes
e minha mente tão sutil
e curta.
Preciso estender minha mente,
minha vida através das palavras
e mostrar aos outros
todo o meu mundo em minha frente.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Lua

Olho para a lua
que reflete boas memórias.

A lua é tão bela e singela.
Quantos romances a lua não pastorou.

Quantos olhares não absorveu.

A lua está sempre lá
e nós faz viva boas memórias.

Quanto não nos esquecemos da lua nesta vida
competitiva?

Ah, lua tenho saudades dos bons momentos,

Agora estou aqui só eu e tu.

Lua via lua,

que bom que estais cheia
e me enche de saudosismo.
Eterna lua.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Oração

Quando o dia nasce, renova a esperança.
Quando o sol aparece e o escuro da noite
cedo parte, inicia um novo dia.
Todos os dias são peculiares,
no entanto, nos que nos acostumamos
fácil com os acontecimentos e fatos,
tudo parece tão semelhante.

Cada momento é único,
temos que faze-lo especial.
Façamos de nossos dias
as melhores cosias de nossas vidas,
mesmo que pareça difícil.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Acumulada

A noite fria e escura
deixa o vento escorrer
pelas ruas, nuas.

As luzes rutilam
longe.
Luzes frias
na noite vazia.

É segunda-feira
e os jornais estão
recheados de notícias
acumuladas.

É noite de segunda-feira
e o corpo acumula cansaço.

domingo, 26 de agosto de 2012

Domingo

E o dia se parte longo.

Ah, o domingo. O domingo nos deixa mais preguiçosos.
Dormimos até mais tarde, acordamos e ficamos na cama, lendo um bom livro só
ou melhor ainda namorado. Temos que nos contentar com os livros quando estamos
distantes de nossos amores.
Então levantamos e tomamos um café almoço
e almoçamos um almoço janta.
E a tarde vai se enterrando lentamente.

Poxa! que  bacana morar em Brasília, pois podemos aproveitar para caminhar e fazer o que gosta
ao ar livro. São tão grandes os espaços. E os domingos tão claros.

Vamos caminhar no eixão e terminar a caminhada ao lado do lago.
E ver o sol se por no mais lindo horizonte sob um belo crepúsculo.
Aviões no céu, pessoas andando de skate ou patins ou bicicleta ou só caminhando.

Que delícia!

Eco

O eco do mundo soa na minha janela.
Cortinas abertas.
Que acontece lá fora é coisa do mundo,
mas o  que acontece cá dentro
é faz parte do meu cosmo.

Vou ficar quito.
Porque o tempo não para...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O silêncio instrutivo dos livros

A noite fria e solitária me aguarda.
Volto para casa e o que me anima?
Ainda bem que não tenho televisão.
Os livros silenciosamente contam-me
histórias da vida humana.
Calado em minha sala em que nada acontece.
Estou só. A luz branca que os ingleses não
gostam clareiam meu pequeno recinto.

Poesia, romance, filosofia sobre tanta coisa
me fala Borges.
Sobre tanta coisa da vida.

Só o silêncio frio de minhas paredes brancas
falam-se sobre isso.

A minha janela dá para o nada.

Amanhã é sábado.

Quem sabe não surge alguma boa ideia e eu  poderei
escrever em meus cadernos
sem graça...

Neste momento quantas pessoas pensam igual a mim
ou queria está sentindo o que sinto.
Neste recinto...
Silêncio.

Tarde de sexta-feira

A tarde se vai serena, suave e pequena.
A tarde se entrega a noite, vermelha feito rosto pudico de uma virgem.
E quando a tarde se vai
e quando a tarde se entrega a noite.
Sopra o vento frio,
sopra o vento frio.
O céu está tão azul.
O céu parece nu.
Nuvens passam movidas pelo vento...
Nuvens passam arredias
suaves e vazias.

Ah,
A tarde...
A tarde de sexta-feira.

A tarde fria de sexta-feira,
faz-me reviver,
faz-me agora sofrer.

Mas é tarde de sexta-feira.
Quem dera aquela maravilhosa pizza.

O tempo passou
e me levou para longe
de tudo que eu gostava,
de tudo que amava.

Restou esperança e solidão.

Organizar

Por que organizamos as coisas neste mundo desordenado?
Não são todos, mas muitos de nós temos a mania de deixar tudo organizadinho em seu devido lugar. Tudo o mais simétrico possível.
Mas organizamos pelo prazer de organizar ou pelo prazer de desorganizar?
Organizamos para resgatar o que buscamos no devido instante.
Não consigo responder sem questionar.
Acho que organizamos porque aprendemos com nossos antecessores.

Sabe-se lá.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tempo, relações e suas ferramentas

Apesar de ter nascido no mundo contemporâneo. Cresci num mundo onde as informações se davam através das conversas corriqueiras, quando mais distantes através do rádio e através da televisão das coisas muito distantes que nunca iriam afetar no meu cotidiano. Não faz muito tempo na minha escala de vida, onde as coisas eram bem mais simples. Quando não existiam tantas ferramentas tão maravilhosas como o celular e o computador. Sei que ambos são apenas canais de informações. Sei que estes canais já estão ultrapassadas. Pois os celulares que não são apenas celulares e sim verdadeiros computadores e os computadores viraram Ipad e genéricos, onde podemos acessar qualquer tipo de informação, inclusive o que está acontecendo com um conhecido em Deli. Reafirmo com convicção "qualquer informação", até mesmo, hipoteticamente falando, que roupa uma amiga minha que mora em outra cidade está vestido. No entanto, nós pobres seres humanos não sabemos como lidar com essas informações. Certamente estas informações afetam nas relações entre as pessoas.
A internet e suas ferramentas como as redes sociais quebrou a barreira da distância física existente entre as pessoas. As possibilidades de relacionamento entre as pessoas são infinitas. Estas possibilidades tornam as relações muito líquidas termo finamente cunhado por Zygmut Bauman, um famoso sociólogo polonês.
Através da internet podemos conhecer pessoas de qualquer idade, cor, sexo ou classe social. Poderia elencar muitas outras categorias. Na internet podemos sermos o que quisermos, pois ali somos um avatar.
Na internet como disse somos avatares e como estes personagens somos tudo que quisermos, sem falha. Podemos nos vestir de uma ferradura e partimos para o mundo seguros. Qualquer coisa que acontecer basta desligar da tomada e o problema está resolvido.
No entanto, somos pessoas reais e sabemos que estamos mexendo com o sentimento alheio. Há aquelas pessoas que se preocupam com os sentimentos alheios e aquelas que não se preocupam.
Na verdade parece um jogo em que o mais forte ganha. E a internet é uma ferramenta que é usada para estas coisas.
A pessoa está no seu relacionamento real, orgânico numa boa. Se algo dar errado um dia, a pessoa já olha de lado, se segue mais vezes. A pessoa perde o interesse. Sim basta ligar a internet ir lá e selecionar uma pessoa que não tem este defeito e pronto. Acaba o relacionamento e começa outro.
Antigamente, a prática da separação era coisa de atores e atrizes. Hoje não. Não sei se esta assertiva é coisa do meu mundinho.
Hoje, vejo pessoas se separando por qualquer motivo. E estão se casando  mais vezes, como se cada casamento entrasse no currículo, mais um sobrenome.
Tudo parece tão simples. Seria simples se não envolvesse sentimentos, angustias profundas.
Sim, cada vez mais vejo que as relações são mais líquidas e vejo as pessoas angustiadas, muito mais angustiadas que antes. São tantas dúvidas. 
Na verdade ainda estamos aprendendo a lidar com isso. Talvez já hajam pessoas que lidam muito bem com isso.
Eu não, ainda não. Sinto muita angustia quando tenho uma grande dúvida.
As relações são complexas e tendem a maior complexidade sempre.
Antes de qualquer coisa, na dúvida é preciso se conhecer primeiro para poder ter certeza que tudo não vai se tornar líquido. É preciso está convicto para o reatamento ou para o novo. 





quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Brasília

O tempo.
Como o tempo está seco
e como o vento está frio.
Este clima louco do planalto
com dias, assim como as noites
claros e limpos.
Bordados por lindos crepúsculos.
Brasília linda capital,
doce distrito federal.
Que teus filhos sejam sempre felizes.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Deleite

Mal acordo, antes mesmo de tomar o café, tenho fome de fatos. Tenho sede de palavras. Acordo e reviro-me no colchão buscando alguma ideia, alentar meus medos e minhas dúvidas. Penso que hei de fazer hoje para meu dia ser melhor. Sempre ouço minha consciência falar tem que publicar...
Então abro o leptope e me ponho a ler as manchetes. Assim como um garimpeiro busca uma pepita, ou algo de valioso que lhes dê o que comer por alguns dias ou mesmo por aquele dia. Como um mendigo que busca um fiasco de alegria, uma moeda. Eu busco aquela alegria instantânea, mesmo que curta. É o meu garimpo são os jornais e revistas que posso acessar. Conheço muitos colunistas, e sei quais deles podem me servir com uma boa leitura, não me surpreende quando encontro um bom texto vindo deles. Mas vibro quando encontro algum texto excelente de uma pessoa desconhecida. Na verdade queria ser como eles, um escritor.
Depois vem a fome do corpo, tomo meu café se possível acompanhado de um bom chá. E vou para o trabalho e vivo o meu dia.
Aos fins de semana, não espero a presença das colunas, mas de uma boa companhia. Sim alguém com quem possa passar o dia de preguiça, tomar um café ralo, ir ao shoping comer um bom almoço e ver um filme e passar o dia todo numa boa, recuperando-me para a segunda...
A vida é feita destas pequenas coisas, mas nem sempre nos deparamos com essa doce rotina.
Conheço muitas pessoas que só pensam em trabalhar e ganhar posição e dinheiro e me falam que perco muito tempo lendo jornais e vivendo... Meu curriculum e as publicações não surgem. Sinto-me um vagabundo. Já me preocupei mais com isso e acabei me esquecendo da vida.
Hoje prefiro o sabor o prazer imediato das leituras, o sabor do chá e os fins de semana.
Minha amiga Ruth disse que tudo que é bem feito requer muito esforço.
Desisti de ser o maior botânico do mundo, embora continue comendo muito, para ser um simples mortal, ao menos sabendo o que ocorre ao meu redor.
Talvez seja feliz ou não.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Novo!

O tempo no Cerrado,
o tempo no planalto
é tão estralho.
O céu está sempre azul,
e a noite apenas o véu da luz
das estrelas cobre o céu.
Um frio quente e seco
toma conta do mundo.
Tudo é tão novo para mim.
Tenho medo do novo.
As vezes essas coisas me deixam assim
sorumbático...
Sabe lá o que nos seguirá,
mas quem sobreviveu
ao tempo
o que há de temer?
Tudo só pode passar ou ficar
é a sina da vida.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sempre

O silêncio toma conta de mim.
É noite em meu peito.

Não sei o que pensar e nem o que não pensar.
As frases são curtas em mim. Tão curtas
que não quero falar.
Não quero falar de nada.
Só me resta o silêncio.

A vida passa, passa sem parar.

A vida passa e rir da gente.
Não gosto do silêncio, pois ele me faz por fora
a máscara que muito me apeguei...

Tudo em mim doí, mas não é dor física
é dor na alma.
É dor que tira toda a calma.

Não queremos ver anoitecer...
A noite as vezes soa feito a morte...
sombria e distante...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Noite

A noite escura,
estrelas brilham no céu nu,
grilos cantam
e quebra o silêncio ensurdecedor da noite.

A noite respira o oculto
o medo toma conta do nosso peito.
Algo me falta
fala o silêncio da noite.

O silêncio da noite
mistura tudo
e do perto deixa tudo tão distante...

domingo, 5 de agosto de 2012

Reflexão

Em que hei de pensar?
Que hei de escrever?
Enquanto ouço "Somewhe only we know"
espero meu cérebro me leve a escrever algo interessante. Caso não seja possível apenas ouça a música. Acho linda http://www.youtube.com/watch?v=Oextk-If8HQ

Sou muito monótono. Hoje mesmo acordei no mesmo horário que acordo sempre, exceto quando estou muito cansado ou vou dormir muito tarde.
Assim, pois que acordo penso. Penso muito creio que quando não é o medo da morte que me assola penso coisas boas que me deixam feliz.
Então acordei e fiquei pensando. Minha cabeça parece uma panela de pressão a todo vapor  e calor. Cozendo meu cérebro e produzindo boas ideias. Uma boa comida. Sirvam-se.


É chegada a hora de partir. Engraçado partir para muito distante. Parto para minha origem que fica tão distante, mas aqui não é o distante? Sim aqui é o distante, o velho, o organizado o clássico e o belo.
Para onde vou é o lugar onde poderia ter vivido sem nunca ter saído de lá.
Minha visão de mundo é muito peculiar de lá.
E lá, não tenha dúvidas, não é o paraíso sequer o inferno.
Foi lá que aprendi a ser quem sou.
Foi naquele lugar que fui gerado.
Foi lá que aprendi a sobreviver, que aprendi os valores e a importância da família.
Mas aprendi que era preciso mais que isso.
Aprendi a importância de construir o meu mundo ter as minhas ideias.
E me fiz quem eu sou.
Se sou feliz com quem sou? Não vivo me reinventando e aprendendo.

Aqui no velho mundo diferente de onde vi onde as coisas são por si só o que são.
Uma foto na parede é só uma foto, não retrata uma história e não exala orgulho, não lá significa apenas o velho. Somos muito jovens para nos atermos a nossas histórias. Histórias belas são aquelas contadas pelos outros.

Aqui não para todas as coisas se cria uma história...
E o velho torna-se clássico.

Ah, que seria de mim senão fosse o Borges?
Não teria despertado para minha história, minha própria história.
Foucault me ajudou a me compreender e me aceitar como ser, a me humanizar e Borges me mostrou o caminho da construção da própria história e hoje fatos se conectam e a vida se revela muito mais complexa e bela.
Tenho uma amiga filosofa que sempre me falou que a vida é ação.
Hegel falava de relações e possibilidades...

Hoje confesso que a vida me é mil vezes mais palatável.
Ainda bem que os instintos muitas vezes fala mais alto.

Estou de volta a minha terra. E é hora de reavaliação e reconstrução.

é isso, mais nada.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Alma

Quão profunda e misteriosa é a nossa alma. De onde ela vem? Como ela se faz? Para onde ela se vai quando nosso corpo desfaz?

A alma é tudo que conseguimos entender da vida, é nossa compreensão de mundo, nossa constituição como entendimento.

Milhares de anos se passaram para que a nossa espécie através da cultura
enriqueça e torne nossas almas mais puras.

Mas dominamos nossos instintos? Nossas almas?



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Mundo

Como é vasto o mundo e como sou pequeno. Sou um pequeno mundo neste vasto mundo. Vou juntando o que quero para construir o  meu mundo. As vezes meu mundo é tão profundo e as vezes tão superficial. O mundo é tudo que me cerca, que me ensina e que me faz o que sou.
Há dias que estou vazio, outros dias cheio. Em parte sou em quem decido como vai ser o meu  mundo, mas existe uma força maior que decide por mim.
Como é vasto o meu mundo.

Linguagem intuitiva

 Quem conhece a linguagem dos pássaros, Quem conhece a linguagem das flores, Quem conhece a linguagem dos rios, Quem conhece a linguagem do ...

Gogh

Gogh