quinta-feira, 19 de maio de 2011

Silêncio da manhã

O silêncio da manhã.

Ainda está escuro, a sombra da noite não partiu.
A lua prateada brilha serena no céu, mas o tempo
é chegado. As horas anunciam a chegada do dia.
Aurora começa a acender suas brasas e logo
chegará o sol.
Todavia neste momento vivo o silêncio.
O meu corpo como o dia desperta
de uma noite de sono, neste momento tudo
é silêncio.
Um silêncio escuro e frio.
Dentro de casa nada se mexe,
nada se ver.
Através da janela o frio atravessa
frouxo trazendo de fora
o silêncio frio.
E minha mente desperta.
e começa a funcionar,
e encontra no silêncio paz.
Vivo  um intenso silêncio.
Ouço o respirar das pessoas
em suas quentes camas.
Além disso tudo é silêncio.
Na cozinha as baratas se recatam
leves. Os ratos voltam para o escuro dos esgotos,
e os morcegos mordem suas
vítimas cautelosamente,
então no silêncio desperta o dia,
mais um dia, que pode ser o último
dia, o melhor dia,
mas o dia faz segredo
e em silêncio desperta a terra.
Gosto de sentir o silêncio da manhã,
de tocar no silêncio da manhã,
pois é frio,  é belo,
é fantástico.
Quando era criança
e nas noites de São João
tinha um ritual de acender a fogueira,
papai se encarregava
de tudo e eu apenas ajudava.
Aquilo era como o nascer do dia
silencioso, o fogo precisava de
atenção para pegar, para acender
então ficávamos calados
até o fogo pegar,
acho as vezes que o fogo também curte
o silêncio para despertar.
Então a noite  como o dia
começavam depois que se fazia
brasa, e chama,
e só através do silêncio despertava
a beleza da noite, do dia.

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