terça-feira, 19 de abril de 2011

Monte Verde

Hoje tive um dia excelente. Acordei cedo como sempre e fui para a universidade. Cheguei no horário e na entrada encontrei o João técnico do laboratório nos cumprimentamos, em seguida ele me convidou para ir para Monte Verde em Minas fazer uma coleta de material botânico para as aulas da disciplinas BT380 da disciplina de criptógamas. Estavam presentes como equipe os professores Jorge Shephed, André Olmes, Ana Tozzi e Maria do Carmo, as pósdoutorandas Ana Paula Fortuna e Jacira Rabelo, os doutorandos eu Rubens Queiroz e Tânia Moura, o técnico João Galvão e os graduandos Pedro e Tamara Pan. Essa viagem geralmente é realizada todos os semestres em que é aplicada a disciplina de Criptógamas. O Arrumamos todas coisas e esperamos a hora da partida que fui às 8:30 horas. Fomos então todos empolgados para o campo. Passamos na casa do professor Shephed para que ele fosse conosco. Passamos numa venda da esquina mais próxima da casa dele para comprar pilhas, então aproveitei para comprar uma lupa de mão. Logo em seguida pegamos a rodovia Dom Pedro até Atibaia e de lá tomamos a Fermão Dias, passando por Bragança e Extrema no estado de São Paulo, já chegando em Minas paramos para tomar um café e ir ao banheiro num destes restaurantes de estrada, que não é daquelas grandes redes, mas sim um lugar com o ambiente é muito agradável, à moda mineira, bem estilizado, com produtos mineiros doce, queijos, cachaças, louça de barro e comidas mineira. Um lugar lindo que fica em frente a serra do Lupo. Seguindo a viagem passamos na cidade de Camanducaia e seguimos para Monte Verde. Após sair de Camanducaia entramos na estrada de Monte Verde que é cheia de curvas e ladeiras com paisagens belíssimas onde podemos ver nas encostas árvores me Macherium hirto planta que me chama atenção pela beleza, podemos ver longe lindas montanhas que as vezes toca nas nuvens ou as nuvens tocam nelas? Enfim, antes de chegarmos na cidade de Monte Verde paramos próximos aos barrancos para fazemos nossas coletas, lugar que pude observar ser reflorestado para a extração de madeira. As plantas usadas no reflorestamento eram Pinus e Eucaliptus. Então começamos o reconhecimento da área, seguido de observações das plantas, em seu ambiente natural, explicação de como reconhecer os grupos e finalmente coletas, tudo num clima muito amistoso, cheio de graças e piadas de biólogos, os professores tem muitas histórias e extremo senso se humor, e assim foram acontecendo as coisas num bom estado de espírito que reinou durante todo a viagem. Uma das coisas mais agradáveis que acho é o clima frio da área, adoro clima ameno. Enfim no primeiro barranco coletamos briófitas: musgos Polytricia e Polytricadelphus , hepáticas talosas Synphyogyna e folhosas Isotachis e Antoceros (planta pizza); pteridóficas heterosporadas Selaginella, em estágio reprodutivo, e homosporadas Hupersia e Licopodiella. No segundo barrando coletamos musgos Plagiothecium, Hypopterigium, Ptychomitrium e uma Porriaceae, além de um Protogonatum; pteridófitas Gleichenia. Enfim partimos para o último ponto para coletar uma hepática talosa Marchantia, contudo além da que fomos buscar, acabamos vendo e por fim coletando, um musgo Schlotheimia, hepáticas folhosas Frunlaria e Lejeunea, uma hepática talosa diferente a Metzgeria.
Essa viagem pode ser útil, pois além de aprender sobre Criptogamas, briófitas, pteridófitas e gimnospermas, pude registrar as paisgens através de fotografia, bem como ver plantas do grupo das angiospermas principalmente aquelas que trabalho e portanto tenho mais atenção a família Leguminosae as quais puder ver Collaea, Desmodium affinis, D. uncinatum e Macroptilium; vi também outras famílias Melastomataceae Tibouchina, Sapindaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae dentre muitas outras. No fim da viagem conhecemos o restaurante do Paulo das Trutas que para nossa tristeza estava fechado, então tivemos que nos contentar em tomar uma sopa deliciosa sopa no Restaurante Dom Luiz, onde ao invés de almoçar, jantamos. Tudo regado de muitos papos deliciosos, um ambiente aconchegante. Quando saímos do restaurante um residente local muito simpático veio nos cumprimentar, um cão adorável que se deu muito bem com a Tamara. Em Camanducaia presenciamos uma prossisão da semana de Páscoa, por fim nossa viagem acabou muito tarde, chegamos no campos as 9:40. Foi uma experiência maravilhosa.
Adoro fazer essa viagem por todas as coisas que podemos aprender, registrar e vivenciar. Ir a campo é sempre uma atividade muito rica.

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